Meus amigos, vale mesmo a pena perder tempo (que é como quem diz 15 segundos) com este poste sobre a greve geral. Nele, o autor tem o mérito de conseguir reunir de forma inocente e singela um conjunto de lugares-comuns da direita ignorante (sim, porque nem toda a direita fala assim) sobre o exercício da greve. A determinada altura refere JCD que «hoje em dia [...] já quase ninguém faz greve no sector privado», apenas meia dúzia de trabalhadores-piratas das empresas dos transportes e funcionários públicos.
Isto até nem está longe da verdade e a razão é simples: neste País, onde a democracia ainda é imberbe, há muitos patrões e chefes como o JCD que confundem o exercício da greve com preguiça e comunismo e que escrevem a expressão «direito inalienável» [à greve] em itálico. Pois, fique este senhor a saber se eu estivesse a seleccionar um trabalhador entre dois empregados de uma empresa dirigida por um qualquer JCD, não hesitaria em escolher o grevista: seria com certeza corajoso (sem receio de enfrentar um chefe autoritário e ignorante), abnegado (perder um dia de salário e enfrentar a desconfiança do chefe), empenhado (nas suas ideias, certas ou erradas), franco (aderir a uma greve é feito à vista de todos) e teria de ser mesmo muito bom e diligente para não ter sido ainda despedido.
PS: Gostei também da foto do Carvalho da Silva em jeito de feio, porco e mau, mesmo a pedir um tiro na cabeça.
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1 comentário:
para quem se diz contra o estado de bovinidade, o mugido é muito parecido com a manada
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