segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Fórum para lucrar com a pandemia


A crise pandémica é uma oportunidade. E o parasitário capitalismo da doença sabe-o. Não lhe basta capturar 47% do que o Estado gasta em saúde, o que assegura 41% da sua facturação. Querem mais, sempre mais. A sua lógica é clara. 

Nesta e noutras áreas, o Expresso é a voz destes donos há muitos anos: Salvador de Mello, Isabel “melhor negócio do que a saúde só o armamento” Vaz e companhia encontraram-se num CEO Health Forum organizado por este semanário e por uma multinacional de consultoria. Usam o inglês para armar ao pingarelho e porque os EUA são a referência, um grande negócio à custa da saúde pública. 

Em duas páginas, o último Expresso candidamente garante então que “privados querem ajudar a recuperar consultas e cirurgias”. Se fossem fiéis à verdade teriam de escrever: privados, que para nada serviram na pandemia, querem lucrar com mais transferências do Orçamento de Estado. A verdade não floresce nestas circunstâncias materiais.

Bom, e se experimentássemos fazer ao contrário, ou seja, se experimentássemos fazer crescer o SNS à custa dos privados? Afinal de contas, a CUF já foi nacionalizada uma vez... 

18 comentários:

Anónimo disse...

Excelente

Anónimo disse...

E quando os mortíferos resultados do tornar a Saúde num chorudo negócio pornograficamente se mostram na magnífica prestação dos E.U.A. na luta ao covid19, o nosso magnífico Centrão saca das armas de destruição intelectual massiva que são os nosso media e dispara sobre o Orange Trump, pondo na conta de um supremo imbecil as contas de todo um sistema tragicamente falido. Ele há que confundir a nuvem com Juno, pois é dessa bem construída confusão que nasce o bilionário lucro dos vendilhões do Templo da Saúde.

Anónimo disse...

A saúde paga de forma individual é uma forma de expropriação.

Jose disse...

O saque!
O grande instrumento socialista de acumulação de capital.

Imagino que dizer estas tretas seja condição para viver exaltantes sonhos socialistas.

Jaime Santos disse...

Mas se os privados de nada serviram, porque é que agora temos que gastar recursos a nacionalizá-los? Porque para o João Rodrigues a 'knee-jerk reaction' contra as rendas do privado é transformá-lo em público.

Assim a modos como a ideia de nacionalizar o NB, sem que, com franqueza, a gestão pública mostre resultados exactamente famosos face aos do privado (são as duas desastrosas, convenhamos).

O privado está muito bem a actuar em lógica de mercado. Quem a ele quiser recorrer, paga os seus serviços, afinal pode até descontar as despesas de saúde no IRS.

E deixe lá os ricos que querem ser tratados no privado sê-lo, a suas expensas, em vez de irem entupir o sector público (sendo que, como pagadores de impostos, têm naturalmente todo o direito a fazê-lo).

E se o privado não se aguentar com o que já recebe por via das convenções e com a lógica de Mercado, pois bem, que abra falência...

Aleixo disse...

Se a vanguarda esclarecida,

instalada nas cúpulas da esquerda,

não fosse uma ávida seguidora da agenda do Expresso!!!...

Anónimo disse...

Não foi por acaso que MRS escolheu para a primeira visita oficial a um hospital, enquanto PR, o hospital de V.F. de Xira - uma das PPP's dos mellos/cuf.
Curiosamente, diz-se que ambas as PPP's dos mellos (a outra é o hospital de Braga) acabaram no fim do prazo dos 10 anos do contrato inicial.
Nada de mais errado: o que acabou foram as PPP's da gestão clínica; as PPP's da construção dos edifícios têm um prazo de 30 anos. Ainda faltam 20 anos.

Alhosvedrense disse...

Isso sim era de valor... Aliás, nunca percebi porque é que num momento de excepção e de crise sanitária aguda os hospitais privados não ficaram debaixo da alçada do SNS... Isso sim teria sido serviço público.

Anónimo disse...

Quem está instalado nas cúpulas neoliberais ê o Aleixo

Outro nick do joão pimentel Ferreira

O expresso ê apenas a flor usada na lapela para disfarçar

Anónimo disse...

Esse palavreado em inglês das elites ditas esclarecidas é a prova do amor das ditas elites pelos senhores à força

Este espírito de mordomo servil vem de quando? Da base das Lajes?

Anónimo disse...

Esclarecedor este excelente texto.

Anónimo disse...

A saúde é um direito ??? acho que não, um accesso a cuidados e tratamentos de saúde isso sim é um direito, a saúde é um assunto de cada um .

JE disse...

Mais claro que "isto" é difícil

-É inegável que o parasitário capitalismo da doença captura 47% do que o Estado gasta em saúde, o que assegura 41% da sua facturação.

-É inegável que o Expresso é a voz destes donos há muitos anos

-É inegável que Isabel Vaz fez esta afirmação que lhe cabe na sua cobiça desbragada: “melhor negócio do que a saúde só o armamento”

-É inegável que Salvador de Mello, Isabel Vaz e companhia encontraram-se num CEO Health Forum organizado por aquele semanário e por uma multinacional de consultoria

-É inegável que usam o inglês para armar ao pingarelho

-É inegável que os privados abandonaram o barco na pandemia

Perante isto o que faz Jaime Santos? Nem uma palavra sobre o denunciado por JR.

Mas:

-Temos a solidariedade de JS com os referidos privados e a favor das rendas dos referidos privados

-Temos o uso em inglês em jeito de 'knee-jerk reaction"- Para armar ao pingarelho?

-Temos o piscar de olhos cúmplice ao NB

-Temos mais uma vez o insulto à gestão da coisa pública. Quando se mete a raposa no galinheiro,dá no que dá. (Quando será que JS aprende que não basta a coisa ser pública.É preciso geri-la, sem a casta dos interesses do bloco central de interesses e seus afins, afilhados e padrinhos? Era botar os olhinhos na gestão da banca pelos trabalhadores. Olha os casos de corrupção que ocorreram)

-Temos a confirmação da defesa da lógica de mercado dos privados. Esquecido está da forma como estes parasitam o Estado.

-Temos que os ricos devem ter acesso aos privados. Para não entupirem o SNS. Este é só para os que podem ficar entupidos

-E temos que se o privado não se aguentar com o que já recebe por via das convenções e com a lógica de Mercado, ou seja dos 47% do que o Estado gasta em saúde e que assegura 41% da sua facturação, pois bem, então que abra falência...

JE disse...

Percebe-se assim que Jaime Santos esteja satisfeito com o que se passa.

E que se posicione, desta forma no mínimo cúmplice, com a presente situação na saúde,em prol da parasitagem do Estado pelos privados.

Está bem. Está confortável. Com os privados negócios, com o Expresso, com os arranjinhos do expresso, com os ricos, com a ajuda do Estado aos privados

É uma pessoa feliz JS e ainda mais por desancar em quem desanca entre as coisas em que JS se sente bem.


Mas quando perante o desafio indicado por Nuno Teles: “Não faz sentido não aproveitar todos os recursos disponíveis ao Estado para fazer face à crise”, aumentando o investimento público,o que faz JS?

Desaparece-lhe o seu ar de satisfeitinho, o aspecto bonacheirão a pregar a doutrina dos privados interesses. Pelo contrário, apocalíptico dispara:

" o futuro não é igual ao passado. Era suficientemente mau se fosse, mas para mal dos nossos pecados é provavelmente muito pior..."

Estas "solidariedades" é que o tramam, a ele, JS. Estas bênçãos ao Capital predador, misturadas quando necessário, com a ameaça da praga dos sete anos se porventura se se mexer no pote deles...

Mais palavras para quê?

JE disse...

Uma das coisas que esta pandemia tem mostrado é que a saúde não é um assunto de cada um.
É um assunto da sociedade como um todo, que ultrapassa a questão individual e os interesses próprios de cada um

Como a realidade tem mostrado. A saúde é uma questão pública, do interesse público e colectivo. E não come à mesa com individualismos, que podem ameaçar a sociedade como um todo.

JE disse...

( para as idiotices histriónicas de jose já demos...

Do saque falam melhor os seus correligionários e compinchas. A alguns até tratava por terratenentes e desbragava-se em elogios néscios.

Pelo que se prescinde de lhe dar mais corda, para viver esses exaltantes sonhos entre os seus saqueadores)

Ana Maria disse...

A alimentação também é um direito, mas tal implica que não possa haver pessoas a fazer negócio com a venda de alimentos?

JE disse...

"Ana maria" já repetiu exactamente a mesma treta sobre a alimentação.

Usava na altura o nickname de aonio eliphis.Mais outro em uso pelo tal joão pimentel ferreira.

De como se mistura a saúde com a respeitável tasca do Zé ou com o Gambrinos continua a ser um mistério.

(Mas os olhos do pobre até lhe brilham com a cobiça)