terça-feira, 16 de junho de 2020

Novo banco, velhos hábitos


No jornalismo escreve-se a primeira versão da história. Cristina Ferreira escreveu mais um bom capítulo da história do Novo Banco: baseados na avaliação de uma auditora internacional, o Banco de Portugal e o BNP Paribas, um banco multinacional francês, garantiram, num memorando confidencial de 2015, que o Novo Banco tinhas as “contas limpas”.

Perante isto, volto a colocar a questão ao Ministério das Finanças e ao Banco de Portugal:

Como querem que haja confiança no sistema se aparentemente não têm capacidade técnico-política para auditar e inspeccionar os bancos de forma autónoma, sem dependerem de empresas internacionais de imparcialidade mais do que duvidosa?

A resposta é parte de um problema institucional mais geral de enfraquecimento das capacidades do Estado, de construção de uma dependência que também é cognitiva. A nomeação de António Costa Silva para fazer um plano tornou este problema ainda mais claro.

Entretanto, confirma-se o que a lógica dos incentivos já permitia antecipar desde o início: os abutres que foram colocados no Novo Banco por Mário Centeno, Carlos Costa e pelos burocratas do eixo Bruxelas-Frankfurt, com a ajuda bem remunerada de Sérgio Monteiro, preparam-se para comer o fundo de resolução até ao último euro.

Hoje ficámos a saber que “a injecção no Novo Banco em 2021 é automática em ‘cenário de extrema adversidade’”. Se não fosse a pandemia seria outro pretexto adverso qualquer: “ora, o que acontece é que essa imprevisibilidade não nos permite dizer quanto é que vamos buscar”. Vão buscar tudo. António Ramalho teve um aumento salarial avultado para poder falar com esta desfaçatez. Há muito mérito nisto, parece.

E por falar em mérito: se a Assembleia da República não conseguir travar, o Governo prepara-se para substituir Carlos Costa por Mário Centeno na sucursal de Frankfurt. É, na realidade, uma solução de continuidade, dado que ambos têm experiência em transações com infernos fiscais, ambos aplicaram o princípio do pagam, mas não mandam, e ambos pensam como se estivessem no centro, estando numa periferia monetária e financeiramente colonizada.

O que pode correr mal neste novo contexto depressivo?

21 comentários:

Geringonço disse...

Governo de Trump recusa-se a divulgar os beneficiários de 500 biliões de dólares em fundos de resgate corona vírus.

https://www.nakedcapitalism.com/2020/06/speaking-of-looting-trump-admin-refuses-to-disclose-corporate-recipients-of-500-billion-in-coronavirus-bailout-funds.html


Mais um exemplo do funcionamento das oligarquias liberais, pilhagem institucionalizada!

Para a Posteridade e mais Além disse...

o que pode correr mal? tudo, no fim de contas podemos ter em 2023 um banco que não se aguenta no mercado e vai falir como o BES o Banif ou o Banco Popular

Anónimo disse...

Tudo se resume a alimentar as oligarquias.
Há uma cortina de fumo político-mediática absoluta que esconde a realidade do NB, que é alimentada com dinheiro do contribuinte, que financia TODOS os partidos, TODOS os órgãos de comunicação social e TODAS as redes sociais.
Cristina Ferreira arrisca muito ao investigar esta choldra.

Jaime Santos disse...

O que pode correr mal? Tudo, como já disseram outros acima.

Quando se disse em 2014 que o NB não custaria um cêntimo ao contribuinte, obviamente que ninguém acreditou. Mas o NB, assim como o BANIF, é o preço que se paga pela manutenção da CGD na esfera pública, depois dos disparates de gestão por lá cometidos.

Quase que digo que mais valia tê-la vendido também... É que a CGD não é nenhum Banco de Fomento...

Pior do que pagar e não mandar é fazer de conta que se manda e continuar a meter dinheiro em negócios mal geridos.

Aliás, o risco é exactamente esse no caso da TAP, cuja falência ninguém pode dizer que represente um risco sistémico, ou cuja pertença a privados não tem implicações para a soberania (ao contrário da ANA ou dos CTT)... Há Países (Suíça, Bélgica) que deixaram falir as suas transportadoras de bandeira.

Deve ter sido a coisa mais acertada que Pedro Nuno Santos disse em toda esta história, a possibilidade de deixar aquilo falhar...

E não, João Rodrigues, o problema não é apenas o Neoliberalismo. O problema é também uma visão do Estado, a do tal Estado Estratega de que você falava, em que se atira bom dinheiro atrás de mau dinheiro para manter na órbita do Estado o que deveria ou ser privado ou se calhar ter falido há muito.

Ou pensa que lá porque o PCP não está no Governo desde 1975 que essa visão não tem aderentes no PS, PSD ou CDS? Dá emprego a muita gente, incluindo a gestores públicos, que têm feito um lindo serviço.

Que me adianta que sejam eles a gastar mal o dinheiro, em vez dos Ramalhos desta vida? Sai-me do bolso na mesma...

É que esse dinheiro, o tal que agora pagamos mas depois não mandamos, daria muito jeito investido nos serviços públicos, a começar pelo SNS. Ou até na ferrovia...

Não nos venha por isso contar histórias sobre visões alternativas que deram piores resultados do que aquilo que temos...

O PCP e o BE acreditam que as nacionalizações seriam o milagre que precisaríamos para recuperar a soberania e a viabilidade das nossas empresas. Cabe-me lembrar-lhe que Thatcher chegou ao Poder na Grã-Bretanha precisamente porque a visão de Wilson faliu (ver o seu discurso de 1963). E que Mitterrand deu igualmente com os burros na água muito depois dos disparates da nossa 'Economia de Abril'.

E da falência do modelo do Bloco do Leste nem vale a pena falar.

E também não me parece que os trabalhadores portugueses olhem para o capitalismo autocrático chinês que você venera com bons olhos...

Quando alguém critica, convém sempre perguntar qual a sua visão alternativa. Sucede que a do João Rodrigues é absolutamente desastrosa...

Para pior, já basta assim...

Preocupem-se mas é em exigir que o Estado gira bem aquilo que deve efectivamente gerir e que regule direito aquilo em que não deve meter os dedos.

Não deixa de ser curioso que em toda a história do capitalismo no pós-guerra, a Economia que melhor resultados teve, que mantém apesar de tudo serviços públicos decentes, foi a vossa odiada Alemanha, que nunca perdeu tempo com nacionalizações e nunca sofreu um backlash político por causa das crises do capitalismo industrial...

Se os neoliberais chegaram ao Poder a culpa foi de que quem lá estava antes deles falhou... Miseravelmente...

Anónimo disse...

Ahahah

As falcatruas da gestão privada é o preço a pagar pelos disparates da gestão da CGD?

O que se passa com. Jaime Santos? Que desespero este para assim investir contra o banco publico( (gerido pelos europeistas néscios do bloco central de interesses -mais o submarino do PP)?

O que se passa para JS tentar branquear assim a gestão privada, onde a corrupção se mistura com um posicionamento ideológico próprio da vampiragem?

Que vergonha JS

Que vergonha JS

Ass JE

João Pimentel Ferreira disse...

A propósito da pequena crise política que se instalou a com referência a mais uma injeção de capital no Novo Banco por parte do fundo de resolução, importa referir o seguinte: 1) o estado emprestou o dinheiro ao fundo de resolução e este pagará de volta ao estado com juros. Não há razão nenhuma para acreditar que o estado não verá o dinheiro de volta, porque a entidade devedora é o fundo de resolução onde todos os bancos participam, i.e., não é o Novo Banco que fica a dever ao estado; 2) o Estado não é a única entidade a injetar dinheiro no fundo de resolução, aliás o Primeiro-Ministro referiu no parlamento que o Estado contribui apenas com cerca de 1/3, sendo que o restante é dinheiro do setor bancário e de outras entidades privadas; 3) o Novo Banco é um banco privado, e como tal se há fraude ou má gestão, compete aos tribunais e não ao executivo atuar, de acordo com o princípio da separação de poderes e do estado de direito; 4) o fundo de resolução já devolveu ao estado cerca de 500 milhões de euros de anteriores empréstimos concedidos pelo estado; 5) a CGD que tinha muito menos imparidades custou-nos cerca de 4 mil milhões de euros (dinheiro directo, sem retorno, ao contrário do presente caso que é um empréstimo) o que é um presságio do que seria uma nacionalização. Com o fundo de resolução o dinheiro será devolvido com juros, a longo prazo, mas será devolvido. Uma nacionalização (BPN, por exemplo) representaria dinheiro a fundo perdido sem qualquer retorno para o erário público.

Ao contrário da opinião publicada por muito comentariado avençado, a resolução do BES feita pelo anterior executivo de Pedro Passos Coelho foi indubitavelmente a menos má das soluções para o erário público e para os depositantes; basta para tal comparar com o que sucedeu no BPN, na CGD ou no Banif, onde o estado injetou dinheiro sem qualquer garantia de retorno. Claro que poderia também colocar-se a hipótese da total liquidação do BES, todavia, basta observarmos o caso dos denominados "lesados do BES" e a sua respetiva indignação nas ruas assim como as acções judiciais que colocaram nos tribunais contra o estado português, para observarmos que tal foi apenas um pequeno presságio e uma pequena amostra do que representaria ter milhares de depositantes a perderem as suas poupanças de um dia para o outro.

O PCP e o BE até têm uma posição deveras coerente nesta matéria, pois afirmam que não estão dispostos a colocar um cêntimo na banca privada e assim atuaram em conformidade no parlamento. O que não nos referem, como aliás é prática recorrente na sua demagoga e inconsequente retórica política, é que se o BES falisse teríamos milhares de depositantes sem as suas poupanças, ou alternativamente no caso da nacionalização, teríamos um encargo para os contribuintes muito superior ao que foi efectuado.

Como súmula desta longa ópera político-financeira, pode-se simplesmente afirmar que indubitavelmente a decisão do executivo de Pedro Passos Coelho foi a que melhor defendeu os interesses dos contribuintes e dos depositantes, basta observar que o presente executivo, apesar da má venda, manteve o modelo de resolução. Não foi por certo a solução perfeita, pois continuam a aparecer imparidades nos balanços do "banco bom", mas foi sem dúvida a menos má das soluções, considerando quer o interesse do Tesouro público, quer o interesse dos milhares de depositantes.

Augusto disse...

O sr. Pimentel acredita no Pai Natal, continue assim ...

João Pimentel Ferreira disse...

Caro Augusto, o Pai Natal é vermelho, não sou eu quem acredita em mitos vermelhos

Hermenegildo Lopes disse...

A solução adoptada para o NB, pelo governo de Passos Coelho, foi tão boa, tão boa, que nenhum outro país resolveu adoptá-la, em circunstâncias análogas...

João Pimentel Ferreira disse...

Caro Hermenegildo Lopes, qual solução proporia então? O estado enterrar os vários mil milhões e nunca mais ver o dinheiro de volta, como aconteceu no BPN, no Banif e na CGD? O estado verá o dinheiro de volta porque a entidade credora é o fundo de resolução onde todos os bancos contribuem. Com o fundo de resolução o encargo é distribuído por todo o sector bancário, num caso de nacionalização o encargo ficaria unicamente sobre os cotnribuintes. E veja o BPN, mal o banco ficasse sanado, o PS voltaria a privatizá-lo. A resolução do BPN essa sim foi um assalto.

Paulo Marques disse...

Os bancos, falidos, hão de pagar o dinheiro, um dia, sem juros, e depois de descontarem a perda no IRS.
Conte outra.

João Pimentel Ferreira disse...

Caro Paulo Marques, onde foi buscar a ideia do sem juros? O estado empresta ao fundo de resolução com uma taxa de juro superior àquela que a República obtém dos mercados via BCE.

JE disse...

A proposta de joão pimentel ferreira pedro aonio eliphis é a proposta dum troikisto/passista, lambe-botas o suficiente para não ter vergonha

Ele até apareceu montado na segunda derivada a tentar demonstrar que o traste do Coelho tinha razão

Também é a proposta dum neoliberal de gema,a tentar passar o dinheiro do contribuinte português para os bolsos da banca alemã e holandesa.Ou não fosse um pequeno vende-pátrias, assim do tamanho intelectual daquele néscio ministro holandês

Também tem aqueles rebates idiotas de fazer daquelas afirmações que, de tão taxativas, parecem saídas do vómito de qualquer bolsonarista evangélico, a pregar a boa-nova e os méritos da banca e dos desenlaces encontrados para ele

Pelo que, atendendo a estarmos perante um modelo do género, profundamente desonesto e aldrabão, nos abstemos( por enquanto ) de lhe desmontar as ronhas, as aldrabices, os credos e as manhas

O "para a posteridade" é a outra face ( idiota) da face (idiota) de pimentel ferreira.

Ora, para coisas deste calibre já demos o suficiente.

JE disse...

Já agora o anónimo de 16 de junho de 2020 às 13:59 é o mesmo pimentel ferreira que assim mostra mais uma vez o quilate dum desonesto e aldrabão neoliberal.

Sai ao padrinho, o Sérgio Monteiro.

JE disse...

Daqui

http://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2020/05/os-abutres-do-novo-banco.html

“O Novo Banco passou milhares de bens imobiliários avaliados em centenas de milhões de euros para a Hudson Adviser, uma sociedade que tem como accionista o fundo norte-americano Lone Star que também controla a instituição. A empresa acabou de se instalar no último andar de um prédio de Lisboa, que pertence ao Novo Banco (...) No pacote agora confiado à Hudson Advisers encontram-se activos considerados problemáticos, isto é, os que são difíceis de rentabilizar e de vender. E que já justificaram o registo de imparidades que resultaram em perdas para o banco e explicam grande parte dos elevados prejuízos compensados por verbas públicas. Mas outros activos estão classificados como tendo grande potencial. E neste grupo está, por exemplo, o edifício sede do Novo Banco, situado na esquina da Avenida da Liberdade em Lisboa com a Rua Barata Salgueiro, avaliado em cerca de 40 milhões.”

O Governo espera o quê destes abutres? Audite-se e nacionalize-se. Entretanto, o descaramento de Centeno não tem mesmo limites."

( Paulo Coimbra)

Uma leve ideia do motivo pelo qual o comentarista avençado do pimentel ferreira anda por aqui a lavar o rabo dos trafulhas

JE disse...

E continuamos à espera das justificações de nova injeção no Novo Banco. "Uma farsa no meio da tragédia. E isto sem que se saiba da sordidez que para lá vai; por exemplo, sem que se saiba quem é que está a comprar a baixo preço activos do banco para, sei lá, os revender. Esta sordidez só pode começar a ser superada com uma auditoria a fundo, seguida da inevitável nacionalização, há muito necessária, do Novo Banco, tendo em conta a sua importância e a melhor experiência internacional distante e recente".

Claro que quando se fala em nacionalização, os homens de mão da banca,os vende-pátrias assim pequeninos ficam com azia manifesta.

Olha para ele a fazer aquelas fitas de virgem impoluta sobre o BES...

João Pimentel Ferreira disse...

Olha o Cuco algarvio, está de volta.

Anónimo disse...

"O Novo Banco é um banco privado, e como tal se há fraude ou má gestão, compete aos tribunais e não ao executivo atuar, de acordo com o princípio da separação de poderes e do estado de direito"

Quem diz isto é ignorante. Ou aldrabão.Ou vendedor de banha da cobra.

A actividade privada está regulada. A dos bancos, obrigatoriamente. O estado não pode permitir que os caloteiros dos privados interesses comprometam o funcionamento regular das instituiçõe.Mesmo sendo privadas

Quem disse o que está em cima é aldrabão ou ignorante ou vendedor da banha da cobra.

Assim daqueles que não tem vergonha na cara

JE disse...

A linguagem usada por pimentel ferreira aonio eliphis permite mesmo ver que estamos no reino da desinformação

"O estado emprestou o dinheiro ao fundo de resolução e este pagará de volta ao estado com juros. Não há razão nenhuma para acreditar que o estado não verá o dinheiro de volta, porque a entidade devedora é o fundo de resolução onde todos os bancos participam, i.e., não é o Novo Banco que fica a dever ao estado"

O dinheiro recebido pelo Novo Banco para se recapitalizar totaliza 2.978 milhões de euros desde 2017, depois de em 08 de maio o Governo ter confirmado que foi realizada uma nova injeção de capital através do Fundo de Resolução bancário.

O montante transferido nessa semana foi realizado ao abrigo do mecanismo acordado na venda do Novo Banco à Lone Star, em 2017, segundo o qual o Fundo de Resolução compensa o banco por perdas em ativos com que ficou na resolução do Banco Espírito Santo.

Contudo, uma vez que o Fundo de Resolução, entidade financiada pelos bancos que operam em Portugal, não tem o dinheiro necessário às injeções de capital no Novo Banco, todos os anos pede dinheiro ao Estado, a quem deverá devolver o empréstimo ao longo de 30 anos.

Desta vez, dos 1.037 milhões de euros que o Fundo de Resolução colocou no Novo Banco, 850 milhões de euros vieram diretamente do Estado.

Também em 2018, dos 1.149 milhões de euros postos no Novo Banco, 850 milhões de euros vieram de um empréstimo do Tesouro. Em 2017, dos 792 milhões de euros injetados, 430 milhões de euros vieram de um empréstimo público.

No total, o Novo Banco já recebeu 2.978 milhões de euros do Fundo de Resolução para se recapitalizar, dos quais 2.130 milhões de euros foram de empréstimos do Tesouro.

Há tanta razão para acreditar que o Estado não veja o dinheiro de volta que é o próprio presidente do Fundo de Resolução que sublinhou em Fevereiro que, se houver incapacidade de cumprimento das obrigações dos empréstimos, “em virtude de outras contingências que venham a impender sobre o Fundo de Resolução, a solução seria alongar o prazo de pagamento e não tanto aumentar contribuições”.

Ó para o pimentel ferreira a dizer pimentalices e aldrabices

JE disse...

Ó mais pimentelices aonio ferreira

Estado deixa de ganhar dinheiro com empréstimo ao Novo Banco

Os empréstimos do Estado e dos bancos para financiar as medidas de resolução do BES (2014) e Banif (2015) vão ficar mais baratos ao Fundo de Resolução. Custo poderá cair para 0%

JE disse...

Falemos seriamente.

Cucos são uma óptima ideia para se fugir. Ao que se debate e às próprias asneiras. Algo que é pródigo o pobre joão pimentel ferreira, como aqui se demonstra mais uma vez

A impotência é tramada.E ainda por cima deixa marcas, ao expor em toda a sua nudez, a vacuidade dum paleio da treta, dita como vendedor da banha da cobra.

Aprendamos o estilo e o método. Este tipo é, com todas as letras, um aldrabão desonesto. E um vende-pátrias barato