quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Beneficiários

O nosso problema é dinheiro. Somos tesos e estamos falidos. O Estado está demasiado presente na vida dos portugueses e das empresas. Esta é uma das minhas minha preferidas: os portugueses vão ter que decidir se querem uma sociedade socialista ou capitalista. Sempre Alexandre Soares dos Santos, claro: “A Sociedade Francisco Manuel dos Santos SGPS foi a empresa privada que recebeu mais benefícios fiscais relativos ao ano fiscal de 2012, com 79,9 milhões de euros.”

Entretanto, ficámos a saber que o Estado garante 53,8% das receitas da Espírito Santo Saúde, liderada por Isabel Vaz, a que um dia reconheceu que melhor negócio do que a saúde só mesmo a indústria de armamento. Recupero a pertinente análise recente de Manuel Esteves: “O que levou o Governo, sempre tão diligente no cumprimento do memorando da troika, a evitar cortes nos benefícios prestados pela ADSE não foi a saúde dos funcionários, mas sim a saúde financeira dos grupos privados de saúde.” Os grandes grupos económicos estão sempre seguros, de facto.

2 comentários:

Anónimo disse...

A cada dia que passa é mais deprimente viver neste país onde um governo ( coisa inédita e inacreditável num país civilizado.!) declarou guerra a aos cidadãos e em particular aos funcionários públicos e aos reformados e pensionistas.
Para o cidadão( que não para os grupos económicos) este governo é, de facto, uma negação pura e simples e o maior embuste que alguma vez este país viu.
Espero que seja rapidamente varrido.


R.B. NorTør disse...

Caro Anónimo,

Não deixando de concordar consigo, apraz-me lembrar dois factos:

1º - este governo, até onde se sabe, não nos foi imposto. Este governo foi escolhido por uma maioria dos portugueses, maioria essa que também alinha nessa guerra aos funcionários públicos e a tudo o que tenha associado a palavra Estado.

Pode até acontecer que esses portugueses estejam mal informados, dando assim a mais cabal das provas de que o nosso sistema de ensino é podre (e que Nuno Crato apenas o aprodece mais). Até pode acontecer que esses portugueses não sintam que o Estado somos nós e que quando fazem guerra ao Estado, é a eles mesmos que a fazem.

2º - Segundo algumas sondagens, esses portugueses ainda são 25%...