sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Ainda 2014

Em matérias de previsões é melhor tentar seguir Keynes – “mais vale estar vagamente certo do que rigorosamente errado”: a recuperação da procura interna e a descida do desemprego recentes e tímidas poderão ser postas em causa com a nova ronda de austeridade inscrita no orçamento, sendo estes os grandes riscos nacionais. Embora, tenhamos sinais de estabilização internacional, em geral, e da zona euro, em particular, fruto da ação dos bancos centrais ou da atenuação da austeridade, a verdade é que para esta periferia europeia a situação continuará a ser difícil, dada a persistência no erro austeritário, que prosseguirá qualquer que seja o destino tão discutido – programa cautelar ou segundo resgate –, de resto facilitado por governo subserviente, ou dada a tendência para a apreciação do euro.

Eu não lidero nada, mas pediram-me a chamada antecipação no Negócios.

1 comentário:

Alvaro disse...

"Recuperação da procura interna"?
Bom, um crescimento do PIB de 0,2% do 2° para o 3° trimestre, foi o mesmo que um restaurante numa praia fazer €9.000 de negócio no 2° trimestre e €9.018 no 3° trimestre, o das férias. Qualquer proprietário de um restaurante assim acharia que o negócio ía de mal a pior pois tinha perdido o trimestre das férias.
É é estranhar que os governantes de um país turistico como Portugal embandeiram em arco com valores desta ordem.