segunda-feira, 19 de abril de 2010

Passos para um país ainda mais fracturado

O objectivo do "tributo solidário" desta novilíngua é claro e não passa por políticas de criação de emprego ou de combate às desigualdades. O economista Miguel Frasquilho, actual vice-presidente da bancada parlamentar do PSD, numa intervenção considerada inconveniente, fixou o objectivo final de todos os esfarelamentos dos direitos sociais: reduzir salários. O resto da minha crónica no i pode ser lido aqui.

10 comentários:

Caporegime disse...

O que gera riqueza é o trabalho, não o emprego!

Se um político quer por a trabalhar quem está parado.. que flagelo.. meu deus!

Se um político põe a hipótese de, numa situação extrema, se reduzir os salários mais altos da administração pública.. como será o do João Rodrigues.. que incómodo se torna para os defensores da economia estatizada e pouco focada no mérito. O POVO consome mais do que produz.. se O POVO não tiver a responsabilidade de consumir menos e produzir mais, o mercado tem a legitimidade para os fazer ganhar menos.. chama-se a isso equilíbrio.. o caminho oposto é o “eterno” endividamento crescente.

Eu votarei PASSOS COELHO!

Bruno Silva disse...

"Esfarelamentos dos direitos sociais"

O sr. joão rodrigues, que certamente se acha bastante douto em economia (se não o achasse não seria um activo editor de um blog sobre o assunto) sabe que se ainda tivéssemos o Escudo este já teria desvalorizado "à força toda", fruto dos défices das balanças e do endividamento externo. Isto traria inevitavelmente um decréscimo do poder de compra aos portugueses, o que seria necessário de forma a balancear automaticamente o saldo da BP, e traria maior lucro para os "capitalistas" exportadores. Mas, curiosamente, o sindicalismo ficaria calado.
Agora que estamos numa união monetária e que, portanto, não temos uma dinâmica monetária própria, as coisas deveriam dar-se pela via dos salários, como é lógico. Politicamente incorrecto, mas lógico. É o que tem acontecido de uma forma mais drástica para alguns, vão para o desemprego e depois têm que aceitar salários BEM mais baixos, fruto da realidade do mercado, enquanto os restantes lá se agarram aos "direitos adquiridos" e se acham intocáveis da frieza dos mercados (como se eles não fizessem parte da facção mais importante dos mesmos, os consumidores), que ganância... o nevoeiro ideológico turva-vos a vista!
P.S. (D) – Eu também votarei Pedro Passos Coelho

Anónimo disse...

Estes individuos são mas é tolos.
Mas qual emprego, qual trabalho.!
Então alguém no seu perfeito juizo acredita que os 600 e tal mil desempregados (eles até são mais...mas enfim...as estatisticas são o que são...), estão em tal situação porque querem.!!!
Quem assim pensa, devia era estar desempregado e passar pelo martirio que se segue e logo mudaria de opinião.
Quando se tem a barriga cheia, como esse tal Passos Coelho (eu de Coelho gosto mas é com ervilhas ... mas o que não gosto é de Coelhos armados em homens...) sempre se pode dizer as mais parvas barbaridades.!!!
Vivesse ele e os alarves que tanto o apoiam com um salário minimo de miséria e logo veriam o que é viver neste país onde as chamadas elites mais não são do que abutres.

Caporegime disse...

Não é uma questão de ser ou não por vontade própria, onde viu isso escrito? É só a verificação tácita de que estão parados e sem produzir.. e não vem mal nenhum ao mundo se fizerem serviço comunitário.. (garantindo-se sempre tempo para continuarem a busca por um novo emprego ou terem formação).

Mas sabe qual é a realidade? Aqui na minha terra chegou a um ponto ridículo, e imagino que seja assim pelo país todo, o número de pessoas que vão às empresas com os papeis da segurança social pedir apenas "o carimbo". Quando confrontadas com a oportunidade de trabalhar recusam, e quem se recusar a "pôr o carimbo" ainda é insultado! Isto é escandaloso!

Sabe o que diminuía o desemprego e aumentaria os salários? Mais investimento.. mas com este estado que suga as empresas até ao tutano com uma carrada de impostos directos e indirectos (isto num país com um capital humano que convenhamos… não é atractivo por si) faz com o investimento seja repelido mesmo antes mesmo de entrar!

Anónimo disse...

Tadinhas das empresas.!
Tenho tanta pena delas que nem consigo dormir.
O pior é que, fiscalmente falando, qualquer trabalhador por conta de outrem ou mesmo por conta própria, em média, paga mais impostos.
A titulo de exemplo, veja-se só o caso dos Bancos( essas grandes e louvaveis instituições, se bem que parasitas e piores do que a Máfia...), que, proporcionalmente, pagam menos impostos que qualquer trabalhador.
Assim, com situações destas e outras semelhantes( por norma, aliás, qualquer empresa paga menos IRC do que um trabalhador paga IRS) não há dúvida que o endividamento do Estado só pode aumentar.
Quer-me cá parecer que se o Estado sugasse as empresas, como se diz, o orçamento não estaria tão deficitário.
O problema é que se assim fosse, menos lucros haveria para distribuir e isso é que não se pode permitir, não é.!?
Já se sabe que quem investe o seu dinheiro quer ser remunerado.!
Mas isso não significa que essa remuneração seja total e completamente imoral e mesmo obscena como acontece, por ex, com os bancos (sempre eles), as petroliferas e muitas outras, num rol sem fim.

João Aleluia disse...

Ena, o que me surpreende neste post é como é que alguem consegue ver ideias em Passos Coelho, boas ou más, quando nem ele, nem nenhum outro politico neste país, tem ideias nenhumas.

Caporegime disse...

"Tadinhas das empresas.!
Tenho tanta pena delas que nem consigo dormir."

Um atitude basicamente estúpida...

Primeiro: Os "capitalistas" caso não saiba, também pagam IRS sobre os lucros já taxados em sede de IRC.. e com taxas bem superiores a do comum dos trabalhadores.

Ponto dois: O IRC não é o único imposto que as empresas pagam, só em segurança social é uma barbaridade e some-lhe o IS, IMT, IMI, ISP...

Ponto três: o investimento gera empregos e melhores condições para os trabalhadores. Mas o investimento é LIVRE, como assim deve ser. Se o investimento em portugal não garante emprego nem boas condições para toda a gente é porque não existe um ESTÍMULO suficiente para que cá se invista. Enquanto maior a carga fiscal sobre as empresa, maior fica o ego da esquerdalha, mas menor o estímulo ao investimento e menores são as oportunidades para o povo... capisce?

Com a actual carga fiscal que existe em Portugal você já criou alguma empresa? não pois não? pois.. bem me parecia.. então olhe primeiro para si antes de fromar argumentos contra o ponto acima referido.

Claro que existem outras fontes de atracção de investimento.. mas nessas também estamos na miséria e isso não vai mudar nos próximos anos... mas pronto.. continue agarrado à sua ideologia patética e fascista (a roçar o marxismo mas sem ser o marxismo puro)

Anónimo disse...

Este Caporegime deve ser isso mesmo "caporegime".A Cosa Nostra, como é sabido, está por todo o lado.
Estúpido será a mâmã e o papá.
A direita, que apenas sabe sugar, quais vampiros mal-cheirosos, devia era ser taxada até pelo ar que respira.
Assim ainda podia ser que algum dia restituissem á sociedade o muito que dela têm roubado.

Caporegime disse...

A direita tem sugado... o seu pai devia lhe contar essa historinha do "bicho mau" para adormecer e você ficou com isso na cabeça...

eu sou trabalhador por conta doutrém.. e sou de direita.. o que tenho eu sugado?

Anónimo disse...

Além de caporegime é cégueta... pois que se coloca ao lado (talvez mais correctamente seja debaixo...) de quem apenas pretende lixá-lo e o lixa de facto.
Será que os trabalhadores por conta de outrem perderam a consciência de classe.
Infelizmente assim é. Vê-se.