quinta-feira, 18 de setembro de 2008

É o fim do capitalismo? II

Claro que não. Lembro agora um pequeno episódio. Em Abril, o Secretário do Tesouro norte-americano (equivalente ao ministro das finanças) Hank Paulson (o das actuais nacionalizações), deslocou-se à China para, segundo o FT, «pressionar fortemente» o governo a liberalizar a conta de capital, ou seja, abolir os seus controlos de capitais e sobretudo as suas restrições à operação de bancos estrangeiros na China. Como fizeram a maioria dos países. Muitos sob pressão do FMI, ou seja, dos EUA. Os bancos chineses são na sua maioria públicos e o crescimento chinês tem sido financiado pelas poupanças internas (como sempre acontece nos processo de crescimento bem sucedidos...). Wall-Street estava a perder milhões e queria entrar na China. É uma constante da política externa norte-americana desde os anos oitenta. Clinton foi muito mais bem sucedido noutros países. Paulson desta vez não foi. Ainda bem. A China se calhar já se abriu demais. Recentemente, o governo decidiu reforçar os seus sistemas de controlos sobre as operações fnanceiras. Até o FT aplaudiu. A crise, sempre a crise.

Se queremos perceber como chegámos até aqui, temos de perceber como se gerou o processo de financeirização do capitalismo. Temos de sacudir a amnésia histórica promovida pelos economistas neoliberais com uma lata descomunal. Aproveitam-se da invisibilidade destes processos e tentam enganar os cidadãos. No entanto, muitos não têm culpa. A história económica é cada vez menos o forte dos currículos de economia...

2 comentários:

Anónimo disse...

fim do capitalismo?

Mas alguem duvida que o fim do capitalismo só seria concedido
apóz a prática da força dos biliões de explorados contra a força (nuclear )de alguns milhões de representantes desse sistema. (patroes e politicos em geral)

Provavelmente, como maioritáriamente catolicos que somos , sabemos que é isso que irá acontecer...Isso sempre esteve na Bliblia.

O capitalismo desencadeará o apocalipse nuclear, não ha como escapar disto.

Quem torcer o naris a esta fatalidade bem pode esperar sentado.. pela alternativa.

Unknown disse...

Isto não é um comentário.Ouvi a expressão decrescimento e fiquei curioso.Que aconteceria às sociedades ditas desenvolvidas se houvesse politicas de não crescimento e obviamente de distribuição justa.PS-não publicar