quinta-feira, 3 de abril de 2008

O senhor que se segue

Depois de tantos sacrifícios pela nação, Jorge Coelho prepara-se para assumir definitivamente a sua nova faceta de empresário, tornando-se no novo presidente da Mota-Engil. O mais grave não é a notícia em si, mas o facto de já poucos se indignarem com as tímidas fronteiras que separam os ex-governantes da gestão das grandes empresas privadas. Basta olhar para os conselhos de administração dos grandes bancos e empresas para perceber que, antes de Jorge Coelho, muitos outros seguiram trajecto semelhante. A que preço? E à custa de quem?

8 comentários:

Filipe Melo Sousa disse...

Depois queixem-se.

Anónimo disse...

Já muito pouco os distingue (provavelmente nada) do D
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Percurso invejável: primo por afinidade de Murteira Nabo, Macau, PS (militante), PS (homem aparelho, ministro), PS (militante), comentador da superfície e finalmente a Mota-Engil.

João Ricardo Vasconcelos disse...

Estar na política, no partido certo, é um investimento. Os nossos avós já o diziam e os tempos actuais continuam a confirmar esta verdade tão antiga.

Acho graça quando algumas vozes ainda vêm falar dos sacrificios a que se sujeitam todos aqueles que assumem cargos públicos.

Luis Gaspar disse...

Não sei se isto não será um preço necessário para pagar pela democracia. A verdade é que para haver democracia em portugal o poder político tem que agradar a muita gente. Isso merecia discussão.

Anónimo disse...

Se isto é uma democracia em que existem famintos, andrajosos,miséria escondida,não é uma Democracia.É uma espécie de democracia que esconde a ditadura de quem tem dinheiro e logo, poder.
e,estes casos,não sao mais que a corrupção com o disfarce da excelência,de sacrificio à causa pública,e as tertas todas incluindo o nojento argumento da inveja,próprios da cobiça.PQP.

Filipe Melo Sousa disse...

Se isto é uma democracia em que existem famintos, andrajosos,miséria escondida,não é uma Democracia.

vai criar riqueza por decreto? ;)

Anónimo disse...

Riqueza não falta senhor Filipe Melo... está é mal distribuída!

Quanto à promiscuidade entre a política e os grandes grupos económicos, uma das coisas que me faz impressão é o facto de muita gente se queixar dos políticos terem salários e reformas muito elevados e, ao mesmo tempo, aceitarem sem grandes problemas que os políticos mal acabem o mandato arranjem logo emprego como directores ou gestores de um grande grupo económico.

Filipe Melo Sousa disse...

mas quem disse que existe interesse de distribuir aquilo que é por direito de quem produz, por entre aqueles que não contribuem nada para a sociedade?