segunda-feira, 21 de abril de 2008

A inflação não é a mesma para todos

Já se suspeitava, mas o Público quantificou o fenómeno. Quanto menor o rendimento maior a inflação sofrida. Para os 10% dos agregados familiares mais pobres, a inflação homóloga rondou os 3,5%, enquanto para o decil mais favorecido esta foi de 3%. A razão é simples: os preços têm subido de forma mais acentuada nos bens essenciais que, por serem essenciais, são consumidos em quantidade igual por todas as famílias, independentemente dos seus rendimentos. Em causa estão sobretudo os alimentos e a habitação. E, conforme salienta o artigo assinado por Sérgio Aníbal, as diferenças entre taxas de inflação seriam ainda mais acentuadas caso os cálculos levassem em conta a desagregação dentro da classe de bens alimentares, onde os bens fundamentais (como o leite ou o pão) sofreram os maiores aumentos.

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