quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Sócrates fez tudo o que pôde mas não conseguiu a recessão

O mesmo organizador da conferência The Economist realizada esta semana (ver poste anterior) diz ainda outra grande verdade que só não vê quem não quer. O musculado programa de consolidação orçamental, imposto pelo pacto de estabilidade e crescimento, que o Governo português adoptou tem pesados custos no desempenho económico. Em entrevista ao Jornal de Negócios, Nenad Pacek diz que José Sócrates tem razões para estar satisfeito. Porquê? Porque "quando se tenta reduzir o défice orçamental na magnitude conseguida pelo Governo português, normalmente não se consegue escapar a uma recessão. E o Governo português conseguiu-o. O crescimento foi muito moderado, é verdade, mas tendo em conta as circunstâncias trata-se de um êxito considerável". Agora, imaginem como teria sido se a Europa e Portugal não seguissem a cartilha liberal do pacto de estabilidade.

1 comentário:

Pedro Sá disse...

E aliás se desse recessão teria mesmo que ser. O Estado não pode ter défice, isso é estar a endividar-nos a todos.

O Governo peca assim por ser muito brando. Todo o investimento público deveria ser cortado para chegar ao défice zero. Só a partir daí se voltaria a investir.