segunda-feira, 27 de junho de 2022

Por uma política Ecossocialista


Embora nos seja frequentemente apresentado como um mero exercício tecnocrático, o combate às alterações climáticas é eminentemente político, constituindo um terreno fértil para a contestação e construção de alternativas, desejavelmente à esquerda.

Torna-se imperativo reconhecer que o sistema capitalista explora, simultaneamente, os trabalhadores e a natureza, depende de trabalho reprodutivo não remunerado e assenta e perpetua as desigualdades de género e o racismo. O combate às alterações climáticas parte, pois, da imaginação e edificação de futuros anticapitalistas, feministas e antirracistas.

O resto da crónica pode ser lido no site do setenta e quatro.

2 comentários:

jvcosta disse...

A relação entre o homem e a natureza já tinha sido bem expressa por Marx. Neste sentido, o socialismo dispensa o prefixo eco. O socialismo é por si próprio ecologista, ou não é socialismo.

Anónimo disse...

Concordo plenamente com jvcosta. É como nas xaropadas do «socialismo democrático». Parafraseando o referido comentador, o socialismo é por si próprio democrático, ou não é socialismo.

A necessidade do prefixo «eco» é como a necessidade da adição do adjetivo «democrático». Redundantes, senão contraproducentes. E, no fundo, no fundo, uma incompreensão do que é, ou deve ser, o socialismo.

E não vale a pena vir-se com desculpas de mau pagador que é para distinguir de experiências históricas de construção do socialismo. Quem aprendeu as lições, positivas e negativas, dessas experiências, não tem necessidade nenhuma de disfarçar - e insisto que no fundo empobrecer - o conceito e uma perspetiva desenvolvida e renovada do socialismo, naturalmente ecológico e democrático, sem necessidade de apensos, como se houvesse vergonha da nobre palavra.