quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

O problema não é a dívida pública, é a dívida externa


O euro conduziu ao enorme endividamento externo privado de Portugal, em percentagem do PIB, um dos maiores da UE. E agora?


Se o governo conseguir relançar a economia de forma continuada através da procura interna, o único caminho possível no imediato porque as exportações dependem sobretudo de terceiros, e também porque não podem todos crescer pelas exportações, então regressam os défices comerciais externos (as importações aceleram enquanto as exportações não alteram a tendência) e, portanto, a dívida externa volta a crescer. A sangria dos rendimentos associados a essa dívida permanecerá.

Portanto, só uma subida dos preços dos bens susceptíveis de ser importados dá condições para que seja possível relançar a industrialização do país. Condição necessária, claro, mas não suficiente. Isto é, sem desvalorizações e sem política industrial (proibida pela UE por violar as regras da concorrência) não há solução duradoura para o maior problema de política económica que temos de enfrentar. Usar os impostos para penalizar as importações supérfluas é apenas um triste remedeio, ainda mais triste se tal significar que já nos resignámos ao destino de país que abdicou dos instrumentos da política económica de desenvolvimento a troco de dinheiro fácil, de muito dinheiro fácil.

E quem pensa que só com esse dinheiro comunitário poderíamos ter feito as grandes infraestruturas do país não sabe o que é um país com moeda soberana. Os governos da altura não sabiam e os seus economistas também não. Aliás, ainda hoje não sabem. Vejam o vídeo porque trata disto e da forma de sair disto.

18 comentários:

Jaime Santos disse...

Com certeza que não podem crescer todos pelas exportações, Jorge Bateira. Mas podemos nós. Olhe-se para a Alemanha, por exemplo. Claro, haverá quem acumule défices da balança comercial, como Portugal acumulou durante muitos anos, mas com o mal dos outros podemos nós bem...

Portugal não produz, nem produzirá tão cedo, bens de elevada componente tecnológica, até pelo tamanho da sua Economia. Portanto, gostava de perceber como poderá importá-los e por que preço depois da grande desvalorização que propõe. Eu lembro-me bem dos anos setenta e oitenta, com inflação e taxas de juros a dois dígitos, e não quero voltar para lá. E isto a seguir aos desmandos da 'Economia de Abril' primeiro e da AD depois, onde pontificava um Ministro das Finanças de seu nome Cavaco Silva.

Querer recuperar uma moeda soberana é uma posição política completamente respeitável, note-se. Eu, se tivesse que votar num referendo de adesão ao Euro agora, votaria não. Agora, o que não pode é vir dizer que isso é compatível com a política desenvolvimentista que defende, que requer financiamento externo, acesso aos mercados de bens tecnológicos e controlo razoável sobre a inflação e taxa de juro numa situação (saída do Euro) em que podemos ser confrontados com um aumento inusitado dos preços de bens importados, a começar pelos produtos petrolíferos (a estagflação dos anos 70, recessão com inflação, foi causada por isso, lembre-se).

Não pode ter sol na eira e chuva no nabal. O Doutor Salazar, nessas coisas pelo menos, era honesto. Era anti-liberal, soberanista, pão-duro e anti-desenvolvimento...

E, já agora, deixe lá a pesporrência de quem acha que todos aqueles que discordam do seu ponto de vista são ignorantes. Volto a recordar-lhe o baile que o Moreira Leite lhe deu no debate sobre o Euro quando lhe perguntou pela IRR de projetos de investimento e você não sabia (nem tinha que saber, mas devia tê-lo dito logo). A melhor maneira de sermos ultrapassados pelos nossos adversários é subestimá-los...

Anónimo disse...

Muito bom debate, muito bom vídeo.

Vá JS, exija já o programa, e com anexos, muitos anexos, se não acaba-se já a discussão, porque um moçeuro, pseudoclassemédia acima da média, não abdica das suas férias em Cancun.

Anónimo disse...

Tudo bem mas ... desde que deixou de ter moeda própria Portugal deixou de ser um País. Tendo deixado de ser um País Portugal não tem um Governo, tem uma espécie de gestor (da crescente dívida externa) a trabalhar por conta de alguém cujos intereses não coincidem com os interesses do ex-País, Portugal.
Simples, não é?.
Chamar Governo a certa (presumida) gentinha é uma anedota de mua gosto.JS

Anónimo disse...

Coitado do Jaime Santos

O coitado só se lembra dos desmandos da economia de Abril...bons tempos esses.

Mas a memória apagou-lhe completamente os desmandos do antes do 25 de Abril.

E para separar as águas nem vale a pena falar dos tempos dos blocos centrais que hipotecaram o país desta forma a que assistimos.

Anónimo disse...

Depois mostra uma certa ignorância alguém dizer que Salazar ( o respeitinho pelo dr não me entra no teclado) era anti-liberal, soberanista, pão-duro e anti-desenvolvimento...

A pobreza ideológica na qualificação do ditador é assombrosa. Que tiques delicodoces estes.

- Anti-liberal? Como eufemismo para ditador? Ou como promoção do "liberal"?

- Soberanista? Para lançar o labéu sobre quem hoje defende a soberania do país? Mas quem defende o colonialismo é "soberanista"? Quem defende impérios coloniais é agora qualificado de defensor da soberania? Quem nega aos outros a sua soberania é costume designá-lo como soberanista?

- Pão-duro? Como linguagem de treta à tio Patinhas para qualificar alguém que fez vegetar a maior parte do país na fome e na miséria?

- Anti-desenvolvimento? Outro eufemismo para não beliscar o Doutor?

E já agora ...honesto? Em que coisas, assim ditas no plural? Na chuva? No nabal? na eira?

Honesto como quando mandou entregar aos franquistas os republicanos espanhóis apanhados deste lado da fronteira sabendo que seriam fuzilados pelas falanges?
Ou quando mandou assassinar Humberto Delgado e depois atribuiu a culpa a outros?

Francamente, não terá vergonha caro Jaime Santos?

Anónimo disse...

E já agora JS deixe lá a pesporrência de andar sempre a falar nos putativos "bailes" que outros deram a quem escreve o que não lhe serve os seus (respeitados) desejos ideológicos.

Parece mal. É fazer juízo em causa própria. É tomar água benta como a que quer.

E é baixo. E deselegante.


Lembra-se do "putativo" baile que lhe deram os votantes no Brexit, tido por si como impensável no início do processo? Ou do enterro com missa rezada e cantada do Corbyn por ousar não seguir os passos de Blair?

Tenha ao menos memória se lhe vai faltando alguma decência

Anónimo disse...

"Eu lembro-me bem dos anos setenta e oitenta, com inflação e taxas de juros a dois dígitos"

E eu que saudades tenho desses anos antes do Euro em que o crescimento atingiu picos de 5,96%, 5,6%, 6,9%, 5,43%...

Mas claro que isso são detalhes que a memória selectiva do Sr. Jaime Santos não parece reter.
S.T.

Anónimo disse...

Tenho algumas criticas que penso construtivas a fazer à forma do video.

A cor da roupa da apresentadora deveria destacar-se mais em relação ao fundo e à cadeira. Ou então mudar a iluminação para high key.

O mesmo para a roupa do Paulo Mota que não se destaca o suficiente do fundo.

O som melhorou em relação a outros videos mas ainda há alguma ressonância e uma ambulância que passa é uma distracção que deveria ser evitada.

A ideia de um canal de YouTube é excelente mas requer-se que melhore a técnica de comunicação.

A fórmula é interessante mas falta-lhe talvez talvez um pouco mais de apoio gráfico.

O apoio de graficos intercalados na narrativa daria maior legibilidade e dinamismo.

Os protagonistas têm boa presença e a apresentadora está razoávelmente à vontade.

A mesa devia ser mais ampla para o lado da apresentadora para lhe permitir uma pose mais aberta e confiante.

Pode-se pensar que são picuínhices mas têm a sua importância a nível da linguagem da comunicação. Profissionais de televisão poderiam porventura dar melhores dicas do que estas.

Quanto aos conteúdos têm o meu completo acordo e as exposições são claras e correctas.
S.T.

Anónimo disse...

Acho que já deu para entender que apenas a questão do financiamento numa eventual saída de Portugal da moeda única já merece só por si ser um tema de debate.

Lowlander disse...

Jaime Santos,
Eu bem sei que com a incomensuravel quantidade e qualidade de pornografia na internet tens pouco tempo livre (e maos!) para clicar nos pequenos videos que aqui vao aparecendo associados aos textos deste blog.
E uma chato, percebo-te, mas ha escolhas dificeis que tem de ser feitas, neste caso especifico, como em outros, e portanto, ler o texto em sintonia com o video e assim, tipo, requisito basico, para se poder comentar de forma informada.

A alternativa... bom a alternativa e a bacorada que aqui botaste porque todos os pontos que "gostas de perceber" ou que achas "que nao se podem vir dizer" ou que "nao podem ser" sao abordados no video associado ao texto...
Alias, nao fosses tu um individuo tao ocupado de tempo e maos, ate te aconselhava a ires la abaixo ver a interessantissima discussao que se desenvolveu nos comentarios do anterior texto do Jorge Bateira, mas como a vida e mesmo assim, vou agora ignorar-te e falar com adultos letrados.

Agora falo muito seriamente:

Para os administradores deste blogue,
Penso que deveriam chamar ao corpo principal do blogue alguns dos excelentes comentarios deixadod no texto do Jorge Bateira intitulado "Sem soberania monetaria nao ha desenvolvimento." por um individuo que assinava S.T.
Nao sendo nada que voces mesmos nao tenham ja abordado ao longo destes mais de 10 anos de blogue que sigo diariamente, sao um bom e actualizado resumo.

http://ladroesdebicicletas.blogspot.co.uk/2017/12/sem-soberania-monetaria-nao-ha.html

Vitor disse...

Muito bom finalmente começar a haver discussão pública sobre este tema, infelizmente já vamos bastante atrasados mas mais vale tarde do que nunca. Parabéns ao Jorge Bateira pelos vídeos.
Sair do euro poderá tornar-se cada vez mais difícil, veja-se por exemplo o seguinte artigo relativamente ao programa Target2:
http://www.zerohedge.com/news/2017-09-24/ecbs-target2-lies-exposing-real-capital-flight-italy-spain

e outro artigo com uma contraproposta que pretende "minorar" o risco de saída do euro:
http://www.zerohedge.com/news/2017-12-21/sharing-risks-counter-germanys-plans-seeing-target2-collaterilazation-gold-reserves

Um princípio da adesão ao euro seria a convergência das economias que não se verificou minimamente. Os países do centro da europa recusaram-se a fazer a transferências fiscais que seriam devidas, fazendo em vez disso as transferências sob a forma de crédito. Quando o fluxo de crédito parou as dívidas tornaram-se impagáveis e a nossa economia diminui brutalmente afetando ainda mais os rácios de dívida/PIB. Esta divergência da nossa economia face à dos países do Norte não é minimamente aceitável e deveria existir muito mais discussão pública e esclarecimento sobre este tópico. Quando nos sentarmos à mesa das negociações é necessário que tenhamos um plano B caso seja necessário sair do euro, para evitar cair na situação da Grécia que tentou fazer bluff mas depois não tinha infraestrutura minimamente montada e pensada para o caso de ser necessario eefetivamente emitir moeda própria. Deviamos ter grupos de investigação nas universidades a criarem cenários alternativos e a fazerem planos para a sua efetiva implementação e a analisarem tintim por tintim os benefícios e malefícios para Portugal de cada uma das decisões do ECB e da Comissão Europeia.

Jorge Bateira disse...

Dando seguimento à sugestão de Lowlander, peço a S.T. que me contacte em privado através do Messenger. Obrigado.

Anónimo disse...

A dívida privada não é a dívida das pessoas mas sim das instituições, como por exemplo a MEO deve 50 mil milhões de Euros, essa dívida não será parte da dívida portuguesa? Estes economistas falam mas têm uma perspectiva liberal da economia nunca atacando o problema pela raiz e acabam sempre por bater no Povo. A dívida privada americana é algo que mal se consegue descrever e quem são os credores? São os BRICS que estão tomando conta de tudo em todo o lado e nisso ninguém fala.
Jota Monteiro

Anónimo disse...

Para quem leia italiano, um belissimo post de Alberto Bagnai no seu blog sobre um tema que já tive ocasião de tratar num dos comentários a um outro post do Jorge Bateira.

Básicamente trata do conflito de interesses entre uns USA (que redescobriram com Trump a necessidade de produzir e exportar e que por conseguinte estão dispostos a fazer o que fôr preciso para manter um dólar baixo que lhes facilite as exportações) e uma Alemanha refugiada atrás do Euro que lhe serve para gozar de uma moeda artificialmente subavaliada.

http://goofynomics.blogspot.pt/2017/12/leuro-ci-difende-dalle-guerre-valutarie.html

Como nota de humor uma citação retirada de uma recente entrevista de Mohamed El-Erian, que para quem não saiba é um economista tão de direita que diz-se está a ser considerado para vice-presidente da Reserva Federal Americana.

O parágrafo interessante é este:
"Because the engines of growth in the advanced world are not very strong, no country or region is willing or able to live with an appreciated currency for a long time. Switzerland feels this more than anybody else. When a currency appreciates and stays strong for a while it’s like a hot potato: you want to throw it to somebody else. You saw this in 2017 again: The dollar appreciated and come January, President Trump complained about the currency being too strong. So the hot potato was thrown to the ECB. Then, the Euro appreciated, and you heard the ECB saying the currency was too strong. So the hot potato keeps being thrown around and that’s because the genuine growth engines are not strong enough."

O resto da entrevista está aqui: https://www.zerohedge.com/news/2017-12-28/mohamed-el-erian-world-nearing-tipping-point
Mas avisam-se as almas sensíveis de esquerda que tem que ser lida pelo que vale sem perder de vista a ideologia subjacente do entrevistado. É portanto para ler com apurado sentido crítico.

Do post de Bagnai ressalta que do conflito de interesses entre a Alemanha e os USA só uma saída nos seria verdadeiramente favorável: Que Trump pressionasse a Alemanha a acabar com a sua "currency cheating" e isso trouxesse a liberdade para os "prisioneiros do Euro".
A solução presente de manter o Euro artificialmente baixo para que os países do Sul possam manter balanças comerciais mais ou menos equilibradas não pode durar muito mais tempo por razões várias. Por isso têm surgido algumas propostas envenenadas para reforçar as barras da prisão do Euro, como acima um comentário aponta.
Como é óbvio isto há muito deveria ter sido clarificado pelo menos entre os meios económicos portugueses, para se poder saber com o que se pode contar.
S.T.

Anónimo disse...

Eis a tradução da parte do post de Bagnai que considero mais explícita e relevante:

"O fim do QE, e, portanto, o aumento das taxas de juro européias de que a Alemanha precisa, atrairá capital para a zona do euro, impulsionando a taxa de câmbio do euro (ou seja, baixando a taxa de câmbio do dólar dos EUA), algo de que a Alemanha precisa para não hostilizar os EUA, mas ... de que não precisa se quiser manter os cacarecos da EU juntos (isto é, se a Alemanha não quiser gerar tensões econômicas politicamente insustentáveis nos países periféricos)."

"Não se pode querer tudo, e quem tudo quer por vezes tudo perde. A Alemanha, em particular, às vezes é trazida pela história de volta à casa de partida: o jogo do ganso ao passo do ganso."

"Estas são as lógicas nas quais os nossos líderes devem refletir e fazer-nos refletir, porque também depende da nossa capacidade de se tornarem importantes atores políticos e econômicos e, portanto, entre outras coisas, articular uma política efetiva em relação aos países em desenvolvimento."

Infelizmente quando é que ouviram aos economistas de aviário que cacarejam e têm poleiro fixo nas televisões deste país, tratar esta questão que é muito mais crucial para o futuro deste país do que os fait-divers de mais ou menos umas décimas ou se o governo é bom ou mau ou antes pelo contrário?
S.T.

Anónimo disse...

Um comentador acima (Jota Monteiro) escrevia de como a dívida privada dos USA "mal se consegue descrever".
Para avançar o debate e neste particular acerca da dívida privada de outros países chamo a vossa atenção para o quadro do fundo deste artigo:
https://tradingeconomics.com/united-states/private-debt-to-gdp

Também para termos uma ideia do débito público dos USA e de quem o detém, este artigo pareceu-me interessante:
http://money.cnn.com/2016/05/10/news/economy/us-debt-ownership/index.html
Já data de Maio de 2016, mas se houve alterações significativas foram por exemplo as vendas maciças de dívida dos USA pelo PBC (People's Bank of China) numa tentativa de evitar uma desvalorização do Yuan.

Quanto às dívidas das empresas, a "moda" é trabalhar com grande alavancagem visto as taxas de juro a nível mundial estarem tão baixas. Não faço juízos de valor sobre isso. Lembro só que nos USA as empresas se endividam brutalmente para pagar gordos dividendos aos accionistas ao mesmo tempo que parqueiam avultadas reservas de liquidez fora dos USA.

O que eu quero dizer com isto é que não adianta estar a fazer juízos de valor moralistas acerca de negócios privados.
Já quando os negócios privados têm implicações em interesses públicos ou afectam muita gente, aí devemos exercer a nossa critica e denunciar todas as golpadas.
S.T.

Anónimo disse...

Ontem, mas já bem tarde, o prof. Alberto Bagnai publicou mais um post sobre o Euro e as questões cambiais.

Mas desta vez é um inglês e portanto ao alcance de quem não lê italiano.

Como aperitivo, uma anedota que Bagnai usa para descrever a obstinação alemã em ignorar os fundamentos da economia cambial dos países:

"Let us begin with a well-known Italian joke. An old man is driving on motorway A90 (Rome’s outer circle) listening to music on the radio. The music is interrupted by a traffic alert: “A car is traveling the wrong way on the A90. Take extreme care. The police are intervening”. Our new friend comments: “What? Only a car? There are plenty!”"

Divirtam-se! O link é este:
http://goofynomics.blogspot.pt/2018/01/whos-driving-wrong-way-german.html

S.T.

Anónimo disse...

Venho aqui, pela calada da noite deixar este comentário, porque é um seguimento a um comentário acima sobre o conflito de interesses entre os USA que descobriram com Trump a necessidade de reverter deslocalizações e travar a acumulação de défices da balança comercial e a política de QE e baixas taxas de juro com que Mário Draghi tenta "fabricar" inflação e facilitar a vida dos membros do Euro mais pressionados nas suas balanças comerciais.

Os últimos desenvolvimentos já têm alguns dias, com um ping-pong entre Trump e o Secretário do tesouro Steven Mnuchin.

Aparentemente Trump resolveu passar à acção contra os "manipuladores de divisas", manipulando ele próprio a cotação do dólar... à descarada.

Os Uiiis e Aiiis dos alemães já estão neste artigo do Spiegel:
http://www.spiegel.de/international/business/currency-war-trump-s-games-pose-threat-to-european-economy-a-1193057.html

Como já escrevi algures, os dirigentes alemães parecem não perceber o significado do dieselgate nem das multas a bancos europeus (DB). Necessitam de "abreolhos" mais explícitos.

Há o detalhe sórdido de Portugal constituir aquilo que se pode chamar um "escudo humano" nesta guerra de divisas, pelo que vamos apanhar pela medida grande com um Euro revalorizado em relação ao dólar.

Portanto, senhoras e senhores, apertem os cintos de segurança e endireitem as cadeiras que é provável que haja turbulência em perspectiva.
S.T.