segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
A crise familiar
Dois pontos em que aqui temos insistido: sem compreender o processo de financeirização do capitalismo não é possível compreender o endividamento de amplos segmentos da população e a crise; sem compreender as interdependências entre decisões públicas e privadas, não é possível compreender, por exemplo, por que é que o Estado não se pode comportar como se fosse uma família em crise, através da austeridade, sem afectar as famílias realmente existentes, através da quebra de rendimentos, do desemprego e dos riscos de insolvência que não cessam de crescer.
As questões das decisões de endividamento, ao nível micro, meso e macro, estão no centro das preocupações de alguns cientistas sociais e de um projecto: esta conferência internacional do CES sobre o crédito ao consumo e a crise financeira das famílias, que se realiza em Lisboa, na próxima sexta-feira, a partir das 10h, é um exemplo de um esforço interdisciplinar, reunindo economistas, psicólogos e juristas, para compreender e regular melhor o crédito às famílias e, já agora, para desmontar o fraudulento temos vivido acima das nossas possibilidades. A inscrição é gratuita, mas obrigatória.
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