quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Sin fondo?


O título do editorial do El Pais resume bem a situação económica num país com mais de um quarto da força de trabalho desempregada e que até há pouco era o destino de cerca de um quarto das nossas exportações: “No vemos el fondo”. Lembram-se quando a economia espanhola, movida a tijolo financiado externamente, com os seus superávites orçamentais, baixa dívida pública e bancos internacionalizados era um modelo de disciplina e de adaptação ao euro para os euro-liberais? Bom, afinal era um caso típico dos desequilíbrios gerados pela finança de mercado, num euro feito para a dinamizar, de captura do poder político pela construção e pela finança, com um novo caso de possível financiamento ilegal PP, com relatos de doações que chegam lá mesmo ao topo, a ilustrar uma dimensão de toda uma economia política feita de desigualdades sem fim: “uma pequena elite de 1400 pessoas, que representa 0,0035% da população espanhola, controlava recursos que equivalem a 80,5% do PIB” (Hay alternativas, p. 39). Ainda sem troika, mas já com as suas políticas, até porque o euro ainda é para todos na periferia, sem instrumentos de política dignos de relevo, até quando aguentarão aqui ao lado esta tóxica economia política? Deste lado, a elite da bancarrotocracia, a avaliar, uma vez mais, por Ulrich, aposta que aguentaremos tudo...

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