terça-feira, 10 de maio de 2011

Mais depressa se apanha…


Ontem Paulo Portas mostrou este gráfico no frente-a-frente com José Socrates. Parece uma daquelas fotografias onde se apaga o que se não quer mostrar e se estica o que mais interessa. Não, Portugal não foi o país da União Europeia, nem da Eurozona onde a dívida mais cresceu entre 2005 e 2011. Aqui está bom jornalismo económico a mostar que mais depressa se apanha...

14 comentários:

R disse...

Mas Paulo Portas disse que Portugal era o país da União Europeia onde a dívida mais cresceu entre 2005 e 2011 ou usou o gráfico para mostrar que muitos outros países se tinham endividade menos ou mesmo reduzido a sua dívida?

Pode clarificar-me isso, pf? Não vi essa parte do debate.

Obrigado!

Carlos Albuquerque disse...

O gráfico de Portas não indica o critério de escolha de países.

Seria interessante separar a parte gasta/emprestada ao sistema financeiro e a parte usada para "estímulos" à economia.

Acho que aí veríamos que Sócrates aplicou à economia portuguesa um tratamento tão vigoroso que em vez de uma recessão provocada pela crise internacional vamos ter uma recessão muito maior e uma intervenção estrangeira provocadas pela "cura" de Sócrates.

Com um "médico" destes, não seria melhor afastá-lo antes que mate de vez o paciente?

José M. Castro Caldas disse...

É ver e pasmar em http://www.tvi24.iol.pt/videos/video/13426221/1 a partir do minuto 10

O problema não é só escolher paises que convêm e esquecer outros. Os números estão errados.

The Mother of Mothra of ALL Bubbles disse...

Portugal foi o quinto país da União Europeia e o terceiro da Zona Euro, onde o rácio da dívida pública sobre o PIB mais aumentou em pontos percentuais: 27,2.

só....de facto é um exagero em 27
fomos o 23º...o homem é de facto exagerado

confundir o 27º com o 23º


- Portugal foi o 12º país da UE e o 7º da Zona Euro onde, ao longo deste período, a variação percentual do peso da dívida no PIB foi mais expressiva: 44%. Em 2005 era de 61,7% do PIB e em 2011 ficará nos 88,8%.

não era nos 92? em 2010 com os 9,...tal de esparramanço?

é que se for nos 92%
sempre sã mais uns pontitos

os números estão errados...viva

hoy gente da sua geraçãO e mais velhotes eram à duzia em cada meia-hora saiam uma centena de milhares

dos vários aforros públicos

meio-milhão talvez numa só manhã

numa única estação de correios

apesar da grande concentração de reformados e funcionários públicos nesta zona uns 15.000

é preocupante...
principalmente para as vossas futuras pensões

Anónimo disse...

...ou seja : estamos entregues aos bichos! :)
r. matias

João Carlos Graça disse...

Paulo Portas e José Sócrates: ohohoh!... Tenho pena de não ter visto...
Deve ter sido de facto impagável. Cada um deles com uma relação mais sui generis com as questões (ou os "detalhes") da verdade factual; cada um deles mais ilustração ainda do que o outro de como a falsidade e a mentira, quando produzidas poeticamente, tendem a confundir-se com a mitopoiese, logo com a respiração - ou finalmente com a própria vida...
Deve ter sido de facto um espectáculo...

Elemento Absorvido disse...

Portas apresentou um gráfico em que o melhor país do gráfico é governado por um governo que certamente é competente. Sabe manter o país com uma variação negativa da dívida. É excelente. Que inveja. Só faltou dizer que o Chipre é governado por COMUNISTAS.

R disse...

Pois, estive agora a ver essa parte do debate. Portas nunca disse que a dívida portuguesa tinha sido a que mais tinha crescido, ele disse foi que em muitos outros países cresceu menos (sendo que em alguns ainda se reduziu), pelo que o que o Primeiro Ministro disse é que era mentira. E este post é simplesmente uma mentira (assim como artigo que linka).

José M. Castro Caldas disse...

Caro R,

Portas omitiu países e falsificou números para fazer aparecer Portugal no gráfico com o maior crescimento. A isto chama-se manipulação. Já chega a nossa situação tal como é, não precisamos de um Portas para a pintar ainda de cores mais negras.

Omitiu a Irlanda, a Grécia, o Reino Unido e a Letónia que ficaria mal no gráfico à frente de Portugal.

Inventou números. Se está a falar em crescimento da dívida/PIB em pontos percentuais, para Portugal devia ter dito 27,2 e não 30,2, para Espanha 26,7 e não 17,1, para França 20,5 e não 15,2. Aligeirar a realidade dos outros e carregar a nossa.

Que diabo R. se não quer reconhecer que Portas mentiu (que é muito feio) diga que se enganou e que vai ter de corrigir o tal graficozinho.

R disse...

Já agora, o gráfico de Portas é uma resposta muito clara às mentiras de Sócrates. Façam favor, está aqui: http://www.youtube.com/watch?v=X5srV5oP1H0 . É a partir dos 2m30s . "Não há um único país do mundo desenvolvido que não tenha hoje mais dívida, mais desemprego e mais dificuldades de acesso ao financiamento."

E agora, as afirmações mentirosas de Sócrates, não interessam? Eu o que vi nesse gráfico foi a prova cabal de que as dívidas de outros países cresceram bastante menos, e outras até se reduziram, e que Sócrates mente de forma repetida. E isso é mentira? É mentira que Sócrates tenha mentido de forma expressa e que Portas o provou mentiroso?

Nuno disse...

Quem acusa outro de mentiroso, coisa que o Portas se fartou de fazer, deverá ter no mínimo o decoro dele próprio não mentir ou manipular os factios senão além de mentiroso é um hipócrita e para isso mais valia ter ficado calado!!

Carlos Albuquerque disse...

Nem todas as mentiras têm a mesma gravidade, ainda para mais se levarmos em conta as responsabilidades dos mentirosos.

Tratar tudo por igual nestas mentiras só convém ao pior dos mentirosos.

good churrasco ó auto de café.... disse...

José M. Castro Caldas disse...

Caro R,

Portas omitiu países

Que se o diabo não quer reconhecer que quem não diz toda a verdade mentiu (que é muito feio) diga lá o que é a tal verdade

num gráfico com 192 países até parecemos viver no paraíso

e até vivemos

para alguém que acha que as netas vão ler o teatro camoniano....

para gerações que se dão ao luxo de ter netos aos 50

e que esbanjam a herança desses netos
nas suas pensões e mordomias estatais

é uma geração seguramente com poucos bisnetos

ANTÓNIO DA CEREJEIRA SALAZAR disse...

alguém com filhos e netos e aparentemente 50 e muitos anos

deveria pensar mais na salvaguarda dessas gerações do que em minúcias

enfim....são opções