Em vez de distribuidor de subsídios de desemprego, na realidade cada vez mais reduzidos, o Estado deve tornar-se o «empregador de último recurso». A quem fica desempregado e não tem alternativa, o Estado deve oferecer um emprego com utilidade social e formá-lo para o reingresso no sector privado logo que possível.
O Estado tem o dever de lançar um programa de criação de empregos, dignos e socialmente úteis, através de uma agência pública que trabalhe em parceria com o sector empresarial, privado e público, e as organizações do sector social e solidário. Grande parte destes empregos extinguir-se-ão à medida que o sector privado recomeçe a criar empregos melhor remunerados.
O financiamento desta política de pleno emprego proviria da segurança social (em vez de pagar subsídios de desemprego, sustentaria empregos) e de parte dos recursos habitualmente atribuídos ao investimento público. Dado que este tem um efeito incerto sobre o emprego, é preferível canalizar despesa pública para o financiamento de empregos socialmente úteis, a identificar com as autarquias, empresas locais e organizações sem fins lucrativos.
Para alguém que cai no desemprego involuntário, é mais digno trabalhar do que receber um subsídio.
Este tipo de intervenção directa visando o pleno emprego seria complementar de uma política de investimento público em projectos que garantidamente tenham um elevado conteúdo em emprego, aumentem a eficiência energética do País, e promovam a competitividade da indústria.
Esta é a estratégia defendida pela Convergência e Alternativa.
O Estado tem o dever de lançar um programa de criação de empregos, dignos e socialmente úteis, através de uma agência pública que trabalhe em parceria com o sector empresarial, privado e público, e as organizações do sector social e solidário. Grande parte destes empregos extinguir-se-ão à medida que o sector privado recomeçe a criar empregos melhor remunerados.
O financiamento desta política de pleno emprego proviria da segurança social (em vez de pagar subsídios de desemprego, sustentaria empregos) e de parte dos recursos habitualmente atribuídos ao investimento público. Dado que este tem um efeito incerto sobre o emprego, é preferível canalizar despesa pública para o financiamento de empregos socialmente úteis, a identificar com as autarquias, empresas locais e organizações sem fins lucrativos.
Para alguém que cai no desemprego involuntário, é mais digno trabalhar do que receber um subsídio.
Este tipo de intervenção directa visando o pleno emprego seria complementar de uma política de investimento público em projectos que garantidamente tenham um elevado conteúdo em emprego, aumentem a eficiência energética do País, e promovam a competitividade da indústria.
Esta é a estratégia defendida pela Convergência e Alternativa.
9 comentários:
Em declarações ao programa televisivo “Face the Nation”, transmitido pela CBS, o Presidente dos Estados Unidos disse que “os Estados Unidos poderão ter a pior recessão que já tiveram alguma vez.” O Presidente alerta para o risco do limite da dívida.
Estima-se que o país atinja, hoje, o tecto da dívida fixada pelo Congresso, de 14,29 triliões de dólares (10,12 biliões de euros), o que gera uma crise de liquidez que coloca o crédito do país em risco.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=484707
AS coisas que sócrates anda a fazer pela América!
LOL.
Têm um problema de dívida.
E como vão resolvê-lo?
Aumentamos continuamente o tecto da dívida.
Só mesmo nestas bandas é que uma coisa destas faz sentido.
Como penso que o autor do post está cansado de saber (mas prefere não o afirmar directamente) o problema com esta solução é que vai contra o modelo de desenvolvimento que está a ser seguido. Teoricamente estamos a ser preparados para ser as Filipinas da Europa, economia baseada na exportação sendo o factor de competitividade o fraco custos dos factores de produção (salários+prestações sociais). Para seguir este paradigma há que continuar a desvalorizar o trabalho e isso inclui criar pressões de desemprego em massa de forma permanente (impedindo o tecto salarial de alguma vez recuperar para níveis aceitáveis).
Caro Exilado
Não há determinismos na História da Humanidade. Afinal o modelo de organização do capitalismo que hoje temos começou a instalar-se em finais dos anos 70 do século passado.
Também terá um fim. Depende do nosso esforço colectivo que seja substituído por uma qualquer forma de organização da economia que respeite a dignidade humana. Porque a realidade é esta: não somos mercadoria.
Caro Jorge Bateira,
Obrigado pela resposta. Eu sei que ninguém é uma mercadoria mas a partir daí tenho divergências quanto ao que afirma. Provavelmente porque tivemos experiências de vida diferentes. Já acreditei em mudanças e alternativas e até neste regime ingenuamente acreditei. Não é preciso dizer que fui enganado até mais não em todas as esferas (académica, profissional, política, etc). Mas mesmo com as minhas limitações de optimista crédulo lá aprendi. Acredito em determinismos históricos (em doses moderadas), há coisas permanentes na história porque há coisas permanentes no Homem e esperar mudanças radicais sem factores de base concretos é algo… apocalíptico demais para mim que não acredito numa segunda vinda.
A questão económica vem muito ao encontro disto. Os interesses de quem é responsável por nós (o sistema partidário e o seu apêndice económico… será ao contrário? É complicado distinguir tantas pessoas dos mesmos círculos sociais) divergem significativamente daqueles da população que governam. E aqui nem há hipótese. O interesse pessoal ganha sempre. É como uma entrevista de emprego, enquanto houver cunhas não há análise de mérito (isso explica outras coisas mas nem vou entrar por aí), ou seja, não há análise de mérito tal como não pode existir interesse nacional ou público. Por isso vejo com poucas possibilidades algo baseado em voluntarismos numa população que está tão cansada de ser mobilizada para causas enganadoras e mesmo atraiçoada nas promessas que lhe foram feitas em termos daquilo que poderiam esperar nas suas vidas.
Para quem sofreu as passas do Algarve falar de mudanças as 30 ou 40 anos relacionadas com grandes ciclos económicos é o mesmo que admitir que estão condenados o resto das suas vidas. A maioria das pessoas não está a assistir a isto tudo do alto de uma torre de marfim. Uma questão que eu, como homem das ciências económicas que está a ver isto tudo de muito perto, começo a perceber é que se há algo que é mais frágil e sujeito a mudança não parecem ser os pressupostos económicos nem o que a sustenta mas sim a própria existência deste regime político. Foram longe demais.
As minhas desculpas se me alonguei na resposta.
Nesta África branca da Europa
galo de Barcelos ao poder
Trabalho que é bom...tá quieto!
Emprego ou subsídios chamem por mim!
é mais fácil receber um subsídio do que dobrar a mola a apanhar morangos ou peras ou....
mesmo que se ganhe mais há as despesas inerentes ao transporte e viandas e há pó e faz calor
trabalho digno é mais daqueles de secretária em que pouco se faz
O indicado no post é o que se passa em muitos países europeus democráticos, até no mais capitalista de todos, a Suíça. O problema é que Portugal não é uma democracia. A constituição afasta determinantemente o povo da participação e coloca tudo na mão dos políticos; estes podem mesmo deitar uma petição para um referendo para o lixo, como fez o Louçã ultimamente. Sem o controlo dos políticos que a toda a hora nos atiram com a constituição «democrática» à cara, nenhuma mudança é possível.
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