«Não consigo perceber o que leva António Borges a dizer que os 'hedge funds' não têm risco sistémico». Helena Garrido desmonta a incompreensível posição de Borges. Alguma memória e o conceito de externalidades bastam. A economia é um sistema de interdependências que têm de ser geridas. Alguns acham que é natural ser sempre a mesma minoria a transferir custos para a mesma maioria. As posições de Borges, na sua atroz insensatez e manifesta inabilidade política, exprimem a incompatibilidade profunda entre a arrogância do poder, agora periclitante, da finança e a política democrática. Mas talvez as posições de Borges possam ser explicadas por um modelo parcimonioso das motivações humanas que eu acho que se deve aplicar apenas aos economistas que gostam de o divulgar e que gostam de fazer um certo tipo de estudos por encomenda: diz-me quem te pagou, paga ou pagará e eu dir-te-ei as conclusões que tiras. Tudo se resume a uma questão de «incentivos de mercado». Não é? Não, mas às vezes parece.
Agora Borges ensina num MBA que o governo e algumas empresas financiam maciçamente. Faz todo o sentido. Universidade SA ou o neoliberalismo universitário. Tudo previsível: o mercado é mesmo uma ficção conveniente. Dizem que Borges é reputado. Não duvido. Enfim, aqui o instituto-cópia perdeu clamorosamente para o original, que é sempre muito superior em todos os planos. Curioso que estas (de)formações estejam sempre a alardear os impactos positivos das redes sociais aí forjadas. Afinal, parece que há muito mais do que o mercado idealizado por alguns economistas. Há sobretudo muito capital social para “acumular”. É a única lição que as elites, criadoras do actual Estado Predador, nunca esquecem. É uma lição que lhes continuará a ser ensinada. Basta pagar muitos, mas mesmo muitos, milhares de euros.
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2 comentários:
Quem é António Borges????
Para que serve o MBA/MIT/Catolica/Nova/e tal???????????????Formar uma nova "elite" de Burros Pomposos?
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