quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
A esquerda que conta é a esquerda que tenta
«E voltamos ao princípio: a luta pelo poder nas instituições de Estado não só não dispensa os movimentos sociais como precisa deles se quiser mudar alguma coisa. Estamos perante uma pescadinha de rabo na boca: a política institucional precisa da pressão, do apoio e da energia dos movimentos sociais e os movimentos sociais precisam de vitórias, precisam de correspondência no poder institucional, precisam de reformas que mudem. As pessoas precisam de acreditar que pode ser diferente. Precisam que alguma coisa fique melhor. Precisam de esperança. Porque ela é a condição para vencer a injustiça. Quem se limita a acumular forças vive, enquanto a opressão marca o quotidiano da maioria, numa ilusão egoísta. Não acumula nada. É só o tempo a passar. Porque quem não quer contar, não conta». O artigo de Daniel Oliveira, que saiu no Le Monde diplomatique – edição portuguesa no mês passado, está disponível no Arrastão. Não percam.
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3 comentários:
joão, é impressão minha ou usas para a política o mesmo tipo de argumento que tanto criticas (e desconstróis) para algumas (nem todas, bem sei) actividades sociais. a "esquerda que conta" ou é um elogio às capacidades contistas (no sentido literário) da esquerda ou é um argumento de contabilidade. ou por acaso achas que só quem pensa como tu e quem faz como tu achas que se deve fazer (partido, alegre, frente nacional, etc.) é que anda para aqui a "tentar"?
abç
Zé Neves,
É impressão tua. Temos de trocar umas ideias sobre o assunto.
Um abraço
João
joão,
para a próxima não recorras a títulas impressionistas.
abç
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