quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Condeno esta guerra


Uma coisa é condenar os crimes do imperialismo dos EUA e defender um mundo multipolar.

Outra, é admitir que a Rússia tem o direito de dispor da Ucrânia, ou de qualquer outro país, através de uma invasão militar.

Não, os fins não justificam os meios. Para mim, a geopolítica não está excluída deste juízo moral.

Condeno esta guerra.

11 comentários:

Nuno Carvalho disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

e outra, é achar que a NATO tem o direito de se dispor verbal e militarmente a tudo o que mexe, como se isso não fosse condenável ao mesmo nível que se condena a rússia.

e ainda outra, é o completo branqueamento que se faz do fogo lançado pela Ucrânia, também nada condenável... é aliás uma lição para o mundo: lançar fogo e silêncio!

parece que estamos a aprender, com alguns ladrões, uma nova categoria de geopolítica: a moral.

sugiro algo melhor: responder ao arrogante ministro Santos Silva com factos e sem narrativas tacanhas.

Anónimo disse...

Os crimes do imperialismo americano são também de invasão, mas que absolvição é essa? Obviamente a comunidade internacional devia agir de forma concertada e contundente com todos os meios não bélicos ao dispor para reverter a situação, não há nada para negociar enquanto eles não saírem do território. E a Crimeia, e Hong Kong entre outros onde têm andado os soldados pela paz?

Anónimo disse...

Sim, podemos condenar todas as guerras, como aquela que ainda existe no Iémen, a qual o Jorge Bateira exclui qualquer comentário.
Igualmente, podemos condenar a guerra que existe na Colômbia e que já matou cerca de 31 líderes sociais só este ano, onde os EUA continuam a patrocinar e a ajudar o criminoso governo daquele país que neste momento quer extraditar uma líder social para os EUA por narcotráfico. Neste aspeto, não existe qualquer preocupação do Jorge Bateira.
Quanto aos ataques de Israel com mísseis à Síria que vitimaram três soldados sírios também excluímos qualquer observação.
Finalmente, sobre o cerco a Mariopol no sul da Ucrânia pelo batalhão «Azov» que usa de regalia nazi no seu fardamento militar ucraniano e que até esta altura não deixa qualquer civil sair da cidade, também não há nada a dizer.
Resta, sim, condenar veemente esta guerra russa e até equipará-la ao imperialismo americano. É a melhor maneira de se escapulir do debate do Mundo e seguir o ditado de «Maria vai com as outras».

Francisco disse...

A situação política que vivemos actualmente (situação essa de que o seu desfecho bélico, é a face mais amarga), exige de todos os nós, os que professamos valores de esquerda, um nível de reflexão e análise de que, por muitas e variadas razões, nos fomos de certo modo desabituando. A guerra é, de muitos pontos de vista, a negação de tudo o que, em termos de princípios filosóficos essenciais, deve ser constitutivo do ser humano. Se, perante o sofrimento e a morte de seres humanos, provocados deliberadamente por outros seres humanos, mantemos intacta a nossa capacidade de repulsa, então seguramente que somos portadores de valores essenciais e algo de fundamental ainda não está apagado nas nossas consciências.
É por estas razões explícitas e também pelas implícitas, que por serem muitas mais aqui não cabem, que o grande desafio, para todos os que aspiram a um mundo diferente, é o de estar disponível para o combate sem tréguas e sem tibiezas, contra todas as manifestações do homem lobo do homem. Desde logo no plano quotidiano e interno. Sempre que uma parte do meu salário é amputado em favor da mais-valia daqueles a quem vendi a minha força de trabalho, relegando-me sibilinamente para as margens da pobreza e da exclusão e convertendo-me em presa fácil das retóricas populistas da extrema-direita, aí tenho, diante dos olhos, um campo em que a luta tem que ser sem tréguas, inequívoca e sem tibiezas. Mas também no plano internacional, através da consideração dos aspectos densificadores das múltiplas estratégias de poder e geopolítica, de que a experiência de integração regional europeia constitui, ainda que sob perniciosos e falaciosos argumentos (o de manutenção da Paz, em lugar cimeiro, logo emparelhado com a proclamação democrática, ainda que, no vértice da pirâmide, esteja o mercado e as suas liberdades, Alfa e Ómega a que tudo se tem que subordinar), uma manifestação capaz de satisfazer os mais exigente apetites supra-nacionais de F. Hayek, mas que ainda assim e mesmo que a despeito dessa sua natureza perversa, não deixa de seduzir (talvez embalados por uma certa ideia de cosmopolitismo dondo virá leite e mel), tantos homens e mulheres que são genuinamente da esquerda e dos seus valores, mas que acabam por contribuír, objectivamente, para o enfraquecimento dessa ampla esquerda plural, enquanto espaço de afirmação política alternativa. É no fio delicado, desta navalha de gume afiado, que temos hoje o dever de olhar o mundo. Sem tibiezas, norteados por princípios e sem cedência a qualquer juízo politicamente correcto, mesmo que dele se possam conjunturalmente, extraír vãos dividendos. Lembremo-nos, que se é certo que Roma não paga aos traidores, não é menos certo, que o capital também não.

Anónimo disse...

Condena a guerra que os ucranianos têm feito no Donbass, desde há 8 anos?
Condena que tenham cortado a água nas cidades de Lugansk e Donetsk?
Condena que o governo ucraniano tenha proibido aos povos destas duas regiões de se expressarem em russo?
Condena a extinção do partido comunista ucraniano pelo governo ucraniano?
Condena o uso de siglas das «SS» em fardamentos militares do exército ucraniano?
Condena que um país receba armas da NATO e dos EUA para exterminar o seu próprio povo, condena?

Anónimo disse...

A NATO e uma organizacao criminosa O que que a NATO fez a Jugoslavia,Iraque Libia,Afganistao.E uma pocilga. Facam a pergunta a esses politicos que sao a favor da Nato na Ucrania se os vizinhos deles instalacem uma pocilga ao lado da vivenda deles eles autorizavam? o sr. Putim tambem nao quere uma pocilga na ucrania

indianajaime disse...

Ena, tantos defensores de Putin, como se este tivesse alguma coisa a ver com a injustiça social e a defesa dos mais pobres, ou alguma causa nobre semelhante. Condicionamento histórico dos comentadores que não conseguem mudar o chip? Putin apoia Bolsonaro e Bolsonaro apoia Putin. Isto não vos diz nada? Nenhum dos dois é democrata. É que, de repente, parece que Putin quer limpar a honra das vítimas iemenitas... Putin é um assassino, não um justiceiro.

Anónimo disse...

Jorge Bateira, siga a lista de atrocidades da divisão «Galician» (ou 14.ª divisão das waffen SS) aqui: https://forum.axishistory.com/viewtopic.php?t=163468#p1436706

Note que soldados desta divisão ou «esquadrão da morte» foram elevados a estatuto de heróis nestes últimos 8 anos pelos governos de Kiev, coligados com agrupamentos nazis.

O ajuste de contas da Rússia com a Ucrânia não vem por acaso.

Esta luta toca a todos aqueles que são contra o nazismo.

Jaime Santos disse...

Muito bem, Jorge Bateira, por uma vez concordamos.

Valia a pena também que lembrasse a todos os pseudo-defensores da sacrossanta soberania dos Estados que aquilo que a Rússia está a violar é a soberania do Estado Ucraniano.

E que a hipocrisia que demonstram demonstra a sua miséria moral e falência política...

Anónimo disse...

A miséria moral e política de Jaime Santos é não reconhecer que existem nazis a combater ao lado do exército ucraniano e que há oito anos chacinam o seu próprio povo na região do Donbass.