quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Méritos dos buracos negros


Os buracos negros existem e, às vezes, fazem com que desapareça do registo mediático o papel histórico de quem foi em Portugal um real representante da escola neoliberal e o faça já aparecer como um "rei absoluto da social-democracia em Portugal". Por outro lado, fazem com que o jornal - que nasceu à esquerda - tenha presentemente medo de colocar em título "Silvia Federici: Bandeira democrática do capitalismo é uma mentira" e pareça sentir a necessidade de se demarcar dessa radical afirmação e quase se justificar, dizendo... "não fui eu quem disse, foi a activista italiana!"

9 comentários:

Geringonço disse...

É necessário abrir o sarcófago de vez em quando para que vampiro "social democrata" estique as pernas, parece que as poupanças do BPN não chegaram o que obrigou o “social democrata” a poupar nos custos do caixão, austeridade toca a todos!

E o que diz o Sr. vampiro Silva de cada vez que sai do sarcófago, diz que nunca cometeu erros e nunca tem dúvidas, nunca assume merda nenhuma que tenha feito. Até porque se assume alguma coisa a imagem de técnico de economia e finanças irrepreensível que ele (com a ajuda da comunicação manipulação social) criou desmorona-se, embora, acho que isso já aconteceu, o vampiro do resort da Coelha é que ainda não se deu conta…

A táctica é antiga, dizer que está num espectro político que nunca esteve para que os que estão nesse espectro sejam considerados de fanáticos na comunicação -manipulação- social e assim possam ser ostracizados.

Pronto, já pode voltar para o austero sarcófago. O veremos daqui a 6 meses ou então não...

JE disse...

Há algo de inegavelmente abjecto nesta tentativa de branquear este sórdido lixo cavaquista.

Jose disse...

«o jornal - que nasceu à esquerda»

Ninguém tem culpa da condição em que nasceu!
Crescendo é expectável que saiba o que significa a apropriação da democracia pela sinistra.

Anónimo disse...

Já que ninguém o elogia, ele resolve auto elogiar-se.
Elogiar-se de ter destruído a ferrovia e de ter gasto a maior parte do dinheiro na rodovia que a descarbonização vai tornar uma relíquia.
Elogiar-se de reduzir o SNS a uma anedota, agora que precisamos de camas para lutar contra vírus desconhecidos.
Elogiar-se de estropiar a escola pública, agora que precisamos de espaço para manter a distância de segurança nas salas de aula.
Devia fazer um livro a meias com el-rei piegas, pois assim era capaz de dar para umas risotas.

Jaime Santos disse...

Ora, João Ramos de Almeida, onde está o seu sentido de ironia? Não percebeu que 'rei absoluto' e 'social-democracia' são coisas que não combinam exatamente?

estevesayres disse...

Para que não haja dúvidas Cavaco Silva - foi um dos maiores erros cometidos pelos Portugueses. Como presidente - teve tiques fascistas e atualmente continua a ser o único reacionário de Boliqueime!
E como escreveu o saudoso Arnaldo Matos;
“É manifesto que Cavaco se acha mentalmente incapacitado para exercer o mandato de presidente da república até o fim. Cavaco deve, pois, ser submetido de imediato a uma junta médica que, examinando o estado do seu espírito, o declare psiquicamente impossibilitado para o exercício da função presidencial e o remova, já não digo para Boliqueime, porque aí poderia vir a perturbar a actividade criativa de um dos nossos maiores escritores vivos – a sublime Lídia Jorge – mas talvez para o luxuoso bairro das vivendas dos cavaquistas do falido Banco Português de Negócios, em Albufeira, local onde Cavaco também ficou aposentado na sua quinta da Aldeia da Coelha”. http://www.noticiasonline.eu/o-golpe-de-estado-de-cavaco.../

HFR disse...

Ao escudar-se no seu umbigo, Cavaco conta a sua verdade. Espero as notícias sobre o papel miserável nos processos das parcerias público-privado, sobretudo nas rodoviárias. Enquanto membro da Comissão de Utentes da Via do Infante tive oportunidade de afrontar este social-democrata de pacotilha, que preferia enviar militares de segurança pessoal e polícias contra os cidadãos, em vez de os ouvir. Numa das manifestações na sua Casa da Coelha fiquei contente de saber que até os que o protegiam o abominavam. Não se esperava outra coisa!

JE disse...

Passemos de alto o muito rebolucionário que por aí abunda,sorvendo o ar à volta da múmia paralítica. Ela, a múmia paralítica, também se alimentou e alimenta destas coisas. Que o diga um tal travesti de holandês que lhe segue os passos, lhe beija a sotaina, mas que agora é obrigado a proceder como Judas: Renegar o mestre, para assegurar a permanência no seu mister

Que fazer? Citando alguém versado no assunto, "nunca assume merda nenhuma que tenha feito"

Nem mesmo fazendo o copy past dos discursos do saudoso consegue esconder a sua origem

Porque é das origens que queremos falar.
Jose fala em ser "expectável que saiba o que significa a apropriação da democracia pela sinistra"

O que nós sabemos é que a democracia foi apropriada pela sinistra direita-extrema durante 48 sinistros anos

Seria expectável que jose ao crescer não fizesse estas cenas tristes de branqueador do regime fascista que se apropriou da democracia?

Lá isso seria.Mas que fazer quando se tenta reescrever a história assim?

JE disse...

Porque a reescrita da história é algo comum entre Cavaco e Jose. Tal como alguns dos seus amores, como veremos.

O homem que gosta de se apresentar acima dos partidos, embora tenha presidido ao seu, e até da “política”, como se não fosse um dos que mais dela tenha vivido - PM entre 1985 e 1995 e PR desde 2006-2016, teve ficha na PIDE. Não pelas razões de que muitos se orgulham mas porque, para ter acesso, para efeitos de investigação académica, a documentos "classificados" teve de ser sujeito a aprovação da PIDE e respondeu a um questionário: "Estou integrado no actual regime" e "Não exerço qualquer actividade política".

Mas não se ficou por aqui, e, no espaço destinado a "observações", portanto opcional, o actual Presidente escreveu: "O sogro casou em segundas núpcias com Maria Mendes Vieira, com quem reside e com quem o declarante não priva." ... O homem que não fazia política a politizar a intimidade. Uma espécie de bufo dos bons costumes matrimoniais. Por opção própria.

Foi longe Cavaco Silva.