"Porque é que este não é sempre apresentado como 'o jornal de direita Observador' ou 'o jornal Observador, ligado aos meios da direita radical?'" O tratamento dispensado ao principal blogue da direita radical, convencionalmente conhecido por "jornal Observador", é, como bem observa José Vítor Malheiros, um indicador do estado a que isto chegou numa comunicação social que essencialmente reproduz a ideologia euro-liberal dominante – das suas versões supostamente conservadoras às suas versões social-liberais, supostamente todas modernaças.
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18 comentários:
Pode saber-se o que seja 'O tratamento dispensado'?
Assim de repente pode pensar-se que haveria de não ser publicado!
Eu li o artigo de Malheiros e não vi lá nenhuma crítica ao discurso pró-europeu em particular, simplesmente ao monopólio do discurso público pela Direita. Aquilo que o João Rodrigues parece assumir neste seu comentário é que não é possível ser-se de Esquerda e Europeísta nos tempos que correm. Portanto, deveremos concluir que para si, uma boa parte do PS, António Costa incluído, não é sequer de Centro e sim de Direita? Se assim for, seja consequente e defenda o fim da Geringonça e o regresso da Direita que realmente se assume ao Poder... Veja se percebe uma coisa de uma vez por todas. Existe, pelo menos por enquanto, uma boa parte de votantes no PS, eu incluído, que não se reveem em posições soberanistas, porque os soberanistas não assumem qual é a alternativa que desejam à EU (se excluirmos umas banalidades sobre a pátria amada ou sobre uma suposta Frente Anti-Euro) e como é que se chega lá. E sem essas pessoas não se conquista o poder em Portugal, ponto. Portanto, sugiro-lhe que não seja populista e mostre as cartas que tem na mão... Se é que tem algumas, isto é, ou irá a nossa Esquerda Soberanista um dia destes acabar tão mansinha como o Syriza, porque está mais preocupada com o discurso do que com as políticas e com as relações de força?
Também li o Malheiro e o pressuposto de que o discurso dominante é de direita é um boato propalado pela esquerda que se diz radical e pela não radical que, nada tem para demonstrar pela acção do seu governo, está carente de palavras de adesão e conforto.
Quase tudo que se diz de direita faz concessões ao politicamente correcto de esquerda na na sua mesquinha versão lusa; uma pieguice confrangedora!
E fala o Malheiro de progressismo! O que é que está a progredir?
É todo um rame-rame de manter este status quo de mantras e sofismas que por certo nos reconduzirão a mais um ciclo de miséria.
Reaccionários (leia-se: avessos à mudança) não fariam melhor.
É óbvio que a Direita domina o espaço público, como não poderia deixar de ser num contexto em que a comunicação social é propriedade de grupos económicos. Logo, é perfeitamente natural que seja refém deles.
A questão é não é altura de se repensar esse modelo, que fez escola por todo o mundo ocidental. A meu ver, já ontem era tarde.
Quanto aos metralhas d'Observador, tiveram o mérito de arranjar uns padrinhos porreiros e de esconder atrás de um nome que transmite credibilidade. No "esquerda.net" não tiveram essa clareza de espírito.
Jaime Santo queixa-se da extrema esquerda, da esquerda radical, da esquerda eurocrítica - que preferem a direita diz.
Mas queixa-se sempre, sempre lado a lado com o nosso amigo jose.
Pelo meio lê mal.
O que João Rodrigues faz é aproveitar uma frase (entre aspas) de um artigo de Maheiros (com link), para fazer a sua própria apreciação.
Diz Rodrigues que «O tratamento dispensado ao principal blogue da direita radical, convencionalmente conhecido por "jornal Observador", é, como bem observa José Vítor Malheiros, um indicador do estado a que isto chegou». O resto, o que vem a seguir, já é Rodrigues a falar - sem atribuir a ninguém.
Filipe Martins? Quais padrinhos porreiros? Aquilo é unha com carne, não há padrinhos, há o objectivo de uns empresários quererem fazer aquilo daquele modo. Não foram uns jornalistas que foram procurar financiamento, foi a carne e a vontade de comer.
Já o Esquerda.net está longe de querer passar por jornalístico .
José, não sejas ridículo. O domínio da direita nos media é um boato? Não, caro pafioso-mafioso: é um FACTO.
O "Observador" não é de direita radical, embora conte com algumas pessoas que nalgumas coisas possam ser descritas como radicais. Mas não é bom tomar a parte pelo todo.
Sem ir às televisões nem às rádios tem-se os seguintes directores de jornais e revistas.
1. Diário de Notícias, Paulo Baldaia (direita sempre-em-pé e oportunista)
2. Público, David Dinis (comissário da extrema-direita barrosista e goldman-sachsista)
3. Correio da Manhã, Octávio Ribeiro (extrema-direita populista, demagógica e linchadora)
4. i, Mário Ramires (direita dos interesses)
5. Jornal de Negócios, Raul Vaz (extrema-direita seguidista e acrítica)
6. Sábado, Rui Hortelão (direita populista, demagógica, fútil e tonta)
7. Expresso, Pedro Santos Guerreiro (direita cavaquista)
8. Sol, José António Saraiva (direita cavaquista e tonta)
9. Observador, Miguel Pinheiro (extrema-direita salazarenta)
Sobra o quê? JN (mais próximo do PS de terceira via) e Visão (não conheço de lado nenhum a prosa nem a figura ao vivo de Mafalda Anjos, o que em si já é uma boa notícia jornalística)
Mais vale tarde que nunca!
Triuto a Fidel Castro em seu 90o aniversário
No dia, 13 de Agosto, o mundo celebrou o 90o aniversário do líder revolucionário cubano, Fidel Castro Ruz, o único indivíduo a ser reconhecido pela ONU como “Herói Mundial da Solidariedade.
Como reconheceu o próprio Nelson Mandela, a África do Sul está livre do apartheid devido à liderança de Fidel auxiliando militarmente os conflitos de libertação no sul da África, especialmente em Angola e na Namíbia, contra o exército sul-africano que estava, então, sendo apoiado pelos EUA.
É muito difícil pensar num líder mundial mais importante que Fidel. A contribuição que ele fez na libertação do Terceiro Mundo e à justiça social foi monumental.
So muito recentemente foi lembrado o facto de que, nos últimos 25 anos, Cuba tem tratado 26.000 cidadãos ucranianos afetados pelo acidente nuclear de Chernobyl em seu centro médico internacional Tarara em Havana. Cuba continuou a fazer esse esforço mesmo sem o potencial auxílio da União Soviética.
Ao Mario Teran, o soldado boliviano que baleou e matou Che Guevara. Os cubanos não somente perdoaram Mario, como também restauraram sua visão. Peço desculpa pelo meu atrevimento, de Adelino Silva
É necessário - talvez urgente - que surjam novos projectos de comunicação ligados à esquerda, que, no mínimo, façam um contraponto de bom senso e equilíbrio em relação à loucura "observadora" actual.
Novos projectos não seriam necessariamente grandes canais de TV ou pesados jornais: os "novos media" têm cada vez mais adesão pelo mundo fora, como por ex o "The Young Turks" norte americano, com um website mas funcionado sobretudo com a exposição ao facebook ou twitter. Uma espécie de "observador" 2.0.
E para começar um projecto destes nada como um blogue como o "Ladrões de Bicicletas"....
Atendendo a este lastimável estado de alma que vê a Direita a dominar Urbi et Orbi talvez fosse um bom exercício que o povo do LdB começasse por definir Direita e elaborasse sobre tão pouco claros termos como: Radical, Salazarenta, Dos Interesses, etc.
E quando alguma delas for contrária à Constituição chame-se a polícia.
Não proponho o mesmo exercício para a Esquerda porque neste momento a prioridade da polícia são os incendiários.
@Anónimo 13:32,
O que o Observador faz é uma espécie de jornalismo. Eles fazem entrevistas, imagino que enviem repórteres e se calhar até têm correspondentes. Só que fingem que jornalismo opinado, aquém do dever de imparcialidade, continua a ser jornalismo.
Agora imagine que queria fazer uma caranguejola dessas, mas à Esquerda. Que padrinhos é que ia arranjar? Provavelmente bem pobrezinhos.
Já estes senhores, quer a iniciativa tenha partido dos padrinhos ou dos «jornalistas», o que é certo é que o arranjinho foi cozinhado nos céus.
Filipe Martins, Não preciso de imaginar. Já andei envolvido no levantamento de uma coisa dessas antes desta circular noticiosa ter aparecido. E nem sequer era de esquerda, propunha-se fazer jornalismo de acordo com as regras. E não se arranjou financiamento, para arrancar com dívidas, não vale a pena.
Obviamente o arranjinho foi cozinhado entre Durão Barroso e alguns dos seus homens de mão, quer no Compromisso Portugal, quer nos jornais, como David Dinis (seu ex-assessor de imprensa), quer de José Manuel Fernandes (comissário da intervenção no Iraque e arranjador de escutas em Belém). É factualmente um projecto com um objectivo de poder, que só desqualificados e incapacitados como um Azevedo Alves - doutorado na católica em ciência política - não descortinam.
Luís Lavoura, Bem sei que é pouco sensível às nuances ideológicas, mas a circular digital a que se refere é facualmente de direita radical. Foi parida por Durão Barroso e os seus amigos do Compromisso Portugal, que o financiam principescamente quando obviamente só dá despesa e prejuízo. Foi pensado por David Dinis, ex-assessor de imprensa de Durão Barroso, e por José Manuel Fernandes, outro que veio da extrema-esquerda, e que fez campanha pela invasão do Iraque e pela descoberta de escutas em Belém.
Foi ainda pensado pela agenda de extrema-direita radical de uma Helena Matos e pelo historiador revisionista Rui Ramos - um que só descobriu virtudes na monarquia contra o republicanismo e em Salazar contra a República.
Tudo na linha editorial, na escolha dos temas, aos ângulos abordados, ao tom usado, ao aprofundamento de umas questões em detrimento de outras, vai no sentido de encontrar defeitos às ideias de esquerda e ao governo que a esquerda apoia, e cujo fim é diariamente antecipado.
Se conseguiram despachar o director para o Público, sempre se tramam duas casas em vez de uma, convidaram Miguel Pinheiro para novo director, um fulano sinistro e reaccionário.
Não há dinheiro à esquerda?
Duvido que seja esse o problema com tanto boy a quem possa ser cobrada uma quota.
Para além disso temos o saldo do Nóvoa que não o poderia negar.
O problema é que defender o indefensável, elogiar o fracasso e proclamar o que se adivinha ser um desastre, não mobiliza o bastante.
José, vai bardemerda, és tão ordinário como o azevedo alves da medíocre escola de ciência política da católica.
@Jose, 20:09
"O problema é que defender o indefensável, elogiar o fracasso e proclamar o que se adivinha ser um desastre, não mobiliza o bastante."
Medina C., é você?
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