Dado o mérito do jornalismo, aqui já assinalado, creio que a Presidente do Sindicato dos Jornalistas, Ana Luisa Rodrigues, em entrevista ao Público, vai na boa direcção: perante a pergunta – “A ideia de subvenção pública faz sentido? Não há o perigo da governamentalização?” – vem a resposta – “E porque é que não paira essa dúvida sobre o poder económico? O sindicato não tem ideias fechadas sobre isso. É evidente que temos que buscar outros modelos de negócio. O debate sobre as fontes de financiamento tem que ser aberto, as questões e as várias soluções têm que ser colocadas em cima da mesa. A subvenção estatal não pode ser um tema tabu, tem que ser levantado e discutido sem pejo, além de outras formas de mecenato.” A subvenção não pode ser tabu e, já agora, o mesmo se aplica às formas de propriedade a promover – pública e cooperativa –, já que a esfera da imprensa voltou a ter também aqui muito pouca variedade.
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7 comentários:
O problema da subsidiação pública «tem que ser levantado e discutido sem pejo»?
Claro que seria sem pejo que os partidos passariam a anunciar a sua política de subvenção ao jornalismo como ponto-chave dos seus programas.
Seguramento o sindicato dará todas as garantias de que os jornalistas seriam em absoluto indiferentes a esse facto no exercício dos seus indiscutíveis padrões éticos e total indiferença por quem lhe ponha mais dinheiro no bolso.
Felizmente, Zé, os jornalistas são indiferentes às pressões e interesses dos grupos económicos privados que controlam a comunicação social. É assim mesmo, Zé, não deixe que a realidade interfira com a sua visão do mundo, até porque pode sempre dizer que a sua visão do mundo é a realidade, aliás, como os nossos liberais de pacotilha têm dito com tanto sucesso.
Parece não ter ficado claro que nas preesões sobre jornalistas há muitas nuances. Sem nunca ter estudado o assunto, posso dizer:
Se um jornalista de opinião passa à reportagem em jornal desportivo, porque lhe pagam mais, não há nenhuma ameaça à liberdade de imprensa.
Mas se tem que dar opinião sobre quem diz valorizar o seu trabalho e se dispõe a pagar-lhe mais, duvido que não seja afectado.
Como regra todos estamos dispostos a pagar menos ou a receber mais do Estado.
Daí a importância de fixar os limites à acção do Estado, ou sempre estamos nesta onda de que quem está em crise logo se vira para a mama alimentada pelo contribuinte!
Ora aqui esta uma questão que suscita interesse diversificado. E´ que esta coisa da meritocracia tem muito a ver com os princípios da cultura corruptiva exercida pelas forças obscurantistas de todo o Planeta.
O Estado não deve ser a panaceia de quaisquer bichos caretos como tem sido até aqui. E´ que o estado somos todos nos, bem entendido!
As forças vivas da nação que vivem na base de subvenções, subsídios, perdoes de erros grosseiros e etc. e tal, não são mais que mamões a´ Mesa do Orçamento. Daí que se veja corruptos e corruptores a passear-se nas avenidas deste país como se nada fosse com eles. Somos uma cultura arcaica e ao mesmo tempo elitista em que um profissional mestre de relevo passa despercebido e um outro profissional vai parar ao Panteão Nacional.
Pago o jornal para ler, pago a televisão para ver, pago a radio para ouvir e outras coisas mais, e ainda por cima tenho dar subvenção!? Não vai haver “Gorduras do Estado” que chegue. Algo não esta´ certo, não bate a bota com a perdigota.
De Adelino Silva
a posse pública dos meios de comunicação não tem trazido linha editorial independente
veja-se o caso da RTP sempre pejada de comissários políticos
só faz sentido a posse pública se previamente se instalarem mecânicas eficazes que impeçam essas influências
senão já estou como o sabujo zé - só porque sim é apenas mais uma mama
“A ideia de subvenção pública faz sentido?
Não há o perigo da governamentalização?” – Vem a resposta –
“E porque é que não paira essa dúvida sobre o poder económico?
Estas três interrogações comportam em si mesmas, uma cultura jornalística já formatizada, imprópria (para consumo) num Estado de Direito Democrático.
Em quatro décadas de liberdade, ensaiamos várias fórmulas de jornalismo – Privado, Publico, Cooperativo E Corporativo, constatamos, e o resultado dos ensaios parece ter sido negativo.
A racionalidade deste sector, devera´ ter, como noutros sectores, uma avaliação científica da sua dimensão, qualidade, necessidade e, não por caprichar ter mais um jornal, uma TV, uma Radio, privados ou públicos. De Adelino Silva
E, os jornalistas pagos pela cia?já se esqueceram do debate na Europa????
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