quinta-feira, 14 de junho de 2007

A dádiva não tem preço

«Hoje é o Dia Mundial do Dador de Sangue, a data ideal para revelar este número: o concelho da Feira regista o maior número de presenças em colheitas de sangue a nível nacional desde 1996».

No Público de hoje. Acção colectiva organizada, voluntariado e mobilização de várias instituições são os ingredientes do sucesso. Afinal de contas o altruísmo, a generosidade e as motivações intrínsecas dos cidadãos podem ser mobilizadas.

Ao contrário do que pensam muitos economistas que ainda continuam presos à hipótese do primado do egoísmo racional. Felizmente, isto também está a mudar. Vejam este excelente artigo que retoma a investigação sobre os contextos em que a introdução de incentivos pecuniários pode levar a comportamentos perversos. Já Richard Titmuss, num estudo clássico (The Gift Relationship) sobre este tema, havia demonstrado que os sistemas de colheita de sangue que pagam aos indivíduos são menos eficazes do que os sistemas baseados na dádiva. O altruísmo é de facto impagável.

6 comentários:

Hugo Mendes disse...
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Hugo Mendes disse...

Este estudo está, do ponto de vista empírico, um "bocadinho" desacreditado...

João Rodrigues disse...
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João Rodrigues disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
João Rodrigues disse...

Desculpa, mas não me parece que o que dizes seja evidente. Não sei se estás a falar da discussão com o Arrow. Vê as referências no outro estudo que eu cito

agente reactivo disse...

Um dos maiores problemas que se introduz com a oferta de contrapartidas pecuniárias -- algo que se verificou no EUA -- é uma descida acentuada da qualidade do sangue: os dadores passam a ser maioritariamente os indivíduos com menores recursos, ou seja, pior alimentação, pior historial de saúde e de cuidados médicos, etc.