quinta-feira, 6 de novembro de 2025

Marchar


Com o pacote laboral, o governo pretende diminuir decisivamente os direitos dos trabalhadores e, logo, aumentar os direitos dos patrões. Esta redistribuição de direitos traduz-se numa inevitável redistribuição de liberdades, de poderes, e logo de rendimentos. É assim que as coisas devem ser enquadradas. 

A fragilização do movimento sindical e do direito à greve fazem parte deste processo redistributivo regressivo. Por exemplo, o Governo pretende limitar as liberdades dos sindicatos, impedindo-os de intervir nas empresas onde não existam trabalhadores sindicalizados conhecidos se o patrão não autorizar, bem como limitar o direito à greve, banalizando e agigantando serviços mínimos. 

Os direitos cívicos, políticos e sociais estão entrelaçados no combate ao despotismo patronal alimentado pelo neoliberalismo, criador de um caldo de cultura para o fascismo. 

É por estas e por muitas outras razões que é necessário marchar no sábado em Lisboa. Todos somos poucos para derrotar esta política de classe. A política que conta toma partido por quem trabalha.

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