sábado, 20 de julho de 2024

Repita-se


Ninguém é tão ignorante ou ingénuo ao ponto de achar que as centenas de milhões de euros que a CUF investiu no capitalismo da doença, vendendo a participação na Brisa e tudo, não teriam implicações na economia política de um setor que pela sua natureza depende sempre de decisões do Governo, agora descaradamente o Governo da CUF e quejandos. 

Ninguém é tão ignorante ou ingénuo ao ponto de achar que as centenas de milhões de euros que a CUF investiu no capitalismo da doença, vendendo a participação na Brisa e tudo, não passarão por aumentar ainda mais a parte do financiamento público aos “privados” no Orçamento do Estado (já é cerca de metade), parte de um processo mais geral de parasitagem do SNS, incluindo dos seus profissionais e da sua rica informação. 

Ninguém é tão ignorante ou ingénuo ao ponto de achar que as centenas de milhões de euros que a CUF investiu no capitalismo da doença, vendendo a participação na Brisa e tudo, não se deveram à consciência clara de que este setor oferece superlucros, dadas as assimetrias de poder e de conhecimento entre quem vende e quem compra, dada a possibilidade de contar com um Governo que se comporta como a teoria marxista mais simples prevê. 

Ninguém é tão ignorante ou ingénuo ao ponto de achar que as centenas de milhões de euros que a CUF investiu no capitalismo da doença, vendendo a participação na Brisa e tudo, não implicariam uma campanha mediática bem orquestrada e paga para agigantar os problemas no SNS até estar eleito este seu Governo. 

Ninguém é tão ignorante ou ingénuo ao ponto de achar que as centenas de milhões de euros que a CUF investiu no capitalismo da doença, vendendo a participação na Brisa e tudo, não implicariam toda uma superestrutura (ou será infraestrutura?) ideológica, das universidades aos jornais, passando por stink-tanks. Sim, comprar ideólogos neoliberais tem-se revelado um bom investimento. 

2 comentários:

José Cristóvão disse...

O Hospital da CUF costumava ser um dos melhores do país e era destinado aos trabalhadores da CUF; estava integrado na Caixa de Previdência da CUF, mais propriamente nos respectivos Serviços Médico-Sociais. Serviços esses que cada Caixa de Previdência (mais Casas do Povo e dos Pescadores) tinha, tendo sido todos separados das respetivas Caixas (e Casas) em 1975, para depois servirem de embrião ao Serviço Nacional de Saúde. Então, porque é que este hospital, originalmente sem fins lucrativos, não está integrado no SNS, mas sim numa cadeia privada de saúde, onde serve fins lucrativos?

Anónimo disse...

Bom, agora que a CUF vai ficar a abarrotar com a malta do SNS vai ficar igual ao Santa Maria.
O melhor mesmo é ter saúde.