sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Um "déjà vu" revivido no Pontal

Retirado da página do Parlamento, sobre uma sessão em Julho de 2011

A direita em Portugal tem dois pecados originais. 

Primeiro. É incapaz de traçar um diagnóstico sobre as causas da situação do país porque isso obrigá-la-ia ou a responsabilizar governos seus; ou, para se manter coerente com o defendido ao longo de décadas, a ter de propor medidas tão gravosas para a maioria dos portugueses, que lhe retiraria apoio eleitoral suficiente para a guindar ao poder. 

Segundo. Na ausência desse diagnóstico consistente, a direita tem poucas e más alternativas. Ou faz um discurso vazio de políticas, repetindo chavões e cavalgando a conjuntura; ou traça um falso diagnóstico, com falsas soluções; ou esconde dos portugueses o seu verdadeiro programa e mente sobre o que vai fazer quando for governo. De qualquer forma, isso faz com que o seu discurso seja sempre vazio de ideias, de reformas. E ai de quem lhe peça ideias ou propostas, porque a resposta será: o Governo governa, a oposição vigia. 

Já foi assim com Rui Rio (aqui e aqui). E já está a ser com Luís Montenegro. Veja-se o seu discurso de domingo passado, no Pontal. 

O resto pode ser lido ler aqui, na página do Setenta e Quatro.


1 comentário:

Anónimo disse...

E ainda bem que a direita portuguesa é incompetente. A este ritmo nem em 2040 formarão governo (não mesmo até porque as consequências do aquecimento global serão ainda mais graves nessa altura).