sexta-feira, 18 de março de 2022

A actualidade da Constituição


Portugal preconiza a abolição do imperialismo, do colonialismo e de quaisquer outras formas de agressão, domínio e exploração nas relações entre os povos, bem como o desarmamento geral, simultâneo e controlado, a dissolução dos blocos político-militares e o estabelecimento de um sistema de segurança coletiva, com vista à criação de uma ordem internacional capaz de assegurar a paz e a justiça nas relações entre os povos.

Das relações internacionais na Constituição da República Portuguesa. Quais são as forças intelectuais e políticas que defendem o respeito pelo nº2 do artigo 7º e, já agora, pelo nº1, o da independência nacional na condução da política externa?

Infelizmente, o arco constitucional tem sido muito circunscrito nesta área crucial. Mesmo à esquerda, no campo que se proclama soberanista, há quem já só veja a nossa política externa no quadro da imperialista UE.

Entretanto, é lamentável ver tantos intelectuais ditos esquerda caídos nos braços da OTAN e da chamada civilização ocidental, a que lançou tantas bombas - EUA e aliados lançaram 46 bombas por dia durante 20 anos - e cometeu tantos estatocídios por este sistema internacional afora. A China é cada vez mais o alvo final, claro. Há quem não se conforme com a multipolaridade.

Felizmente, há quem navegue, de forma intelectual e politicamente consequente, contra a corrente belicista: de Pedro Tadeu a Carlos Branco. Intelectuais corajosos.

5 comentários:

TINA's Nemesis disse...

"Os nossos filhos têm de estar preparados para um dia combaterem pela UE"

"Professor de estratégia e estudos de guerra geopolítica na Universidade Católica, tenente-coronel na reforma e conselheiro para a Defesa do PSD, Francisco Proença Garcia defende que seja lançado o debate para alterar o atual modelo de recrutamento voluntário para o serviço militar"

https://www.dn.pt/internacional/os-nossos-filhos-tem-de-estar-preparados-para-um-dia-combaterem-pela-ue--14691123.html


Depois de infligirem (continuam a infligir...) aos "nossos filhos", vulgo os filhos dos pobres e da classe trabalhadora, a austera terapia do choque neoliberal os devotos fanáticos do culto europeísta exigem agora que os "nossos filhos" sejam sacrificados no campo de batalha junto dos normalizados neonazis do batalhão Azov!
Os "nossos filhos" têm que se sacrificar pelos "valores" ocidentais nas guerras Capitalistas!

E é também por isto que eu não quero que o serviço militar obrigatório volte, não quero que mentes enfermas e patológicas como a do Francisco Proença Garcia tenham acesso à carne para canhão "os nossos filhos".

Quando é que a esquerda, a esquerda verdadeiramente progressista que não desiste porque acredita que somos capazes de fazer melhor que este desgraçado mundo, vai começar fazer os nossos "lideres" borrarem-se de medo?
Vamos deixar que a autocrática União Europeia simpatizante de neonazis continue a escavacar a Europa e os seus povos?
Será que não estão fartos de tanta degradação que nos foi impingida?

TINA's Nemesis disse...

"Novo Governo terá mais de 11 mil milhões que sobraram da “bazuca” para responder à guerra"!

https://www.publico.pt/2022/03/19/politica/noticia/novo-governo-tera-11-mil-milhoes-sobraram-bazuca-responder-guerra-1999315

É a guerra!
Que se lixe o défice!
Que se lixe a dívida!

Mais uma bazuca de Euros para pagar pelas bazucas da Raytheon, da Boeing, da Lockheed Martin.
O BCE tem que passar a grana pois o Uncle Sam exige aumento de gastos com a "defesa".

União Europeia, projecto de Paz e progresso, resta alguma dúvida?

Anónimo disse...

"abrir caminho para uma sociedade socialista"
A Constituição é para "levar à letra"?

Anónimo disse...

"5. Portugal empenha-se no reforço da identidade europeia e no fortalecimento da acção dos Estados europeus ...."
"6. Portugal pode ....convencionar o exercício, em comum, em cooperação ou pelas instituições da União, dos poderes necessários à construção e aprofundamento da união europeia."

Anónimo disse...

Nazi Português com via "verde" da justiça para ir combater na Ucrânia.