Quando passam 100 anos sobre a autonomização da disciplina de Relações Internacionais, este livro dá voz a uma leitura do mundo inconformada com as relações de poder que o habitam e com a teoria que as legitima. São muito diferentes entre si as perspetivas alternativas à ortodoxia teórica em Relações Internacionais. Dessas várias alternativas, a que congrega os estudos incluídos neste livro é a que coloca no centro da análise das relações internacionais a tensão entre dominação e emancipação.
Da sinopse de um livro colectivo, acabado de sair pela Almedina e que tudo deve ao trabalho de José Manuel Pureza e de Marcos Farias Ferreira, os seus dinamizadores.
A participação neste livro, numa área onde o debate público é tão ou mais afunilado do que na economia, faz parte da tentativa de atravessamento de uma fronteira disciplinar a partir da economia política internacional, da história das suas ideias e formas institucionais.
O capítulo consiste em apontamentos, na esteira do trabalho pioneiro de Robert Cox, de economia política dos consensos e dissensos internacionais desde a década de 1970, entre a Nova Ordem Económica Internacional, fixada em 1974 na ONU, e Pequim, passando por Washington e Bruxelas-Frankfurt.
Talvez seja o fim do fim da história, um mundo multipolar, bem melhor do que o momento unipolar que faz agora três desgraçadas décadas.
4 comentários:
«A dominação política, a exploração económica, a racialização, a injustiça ambiental, a colonialidade e o patriarcado são expressões de uma mesma conceção de mundo. Este livro analisa-as e compromete-se com a sua transformação.»
Não há um capítulo sobre o homem-novo, o que coloca sérias dúvidas sobre a operacionalidade das medidas transformadoras.
Um mundo multipolar só será melhor se os diferentes pólos forem democráticos. Ora os pólos que competem com a UE e os EUA, com a exceção de países como o Japão, o Brasil ou a Índia (e mesmo nestes dois últimos casos, a qualidade destas democracias não é exatamente a melhor), são tudo menos isso...
Ou a sua visão não difere de facto da luta entre potências que caracterizou o sec. XIX? É que o resultado é conhecido e não foi bonito...
Jaime Santos é assim, deixa o comentário troll e se tiver resposta (inclusive pelos autores do blog) nunca responde, que comportamento suspeito...
Se Jaime Santos acreditasse na Democracia era contra esta União Europeia, esforçava-se, pelo menos, para apresentar reformas à ÓBVIA anti-democrática União Europeia, não arranjava desculpas para a destrutiva zona Euro que já tanto mal fez a tantos milhões de europeus especialmente os do sul.
Mas Jaime Santos não acredita na Democracia e quer lá saber do bem estar da generalidade da população, Jaime Santos é um bom soldado em prol das causas dos Donos Disto Tudo.
Jaime Santos já admitiu que se sente ofendido com as coisas que se lêem por aqui, mas o Santos não desgruda do Ladrões, porque será?
Jaime Santos, você anda por aqui há quantos anos?
A demagogia que o Jaime Santos insiste em partilhar aqui não está a funcionar como repelente contra os críticos do projecto anti-democrático UE/Euro, na realidade está a fazer o oposto.
Sempre que o João Rodrigues aconselha um livro para ler, surgem as duas comadres salazaristas «de serviço» - Jose e Jaime Santos - a mostrarem-se ofendidas com a leitura, fazendo lembrar personagens do teatro Dom Roberto.
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