terça-feira, 3 de março de 2009
Um argumento por favor
«Com o Tratado de Lisboa – que aliás fornece novas bases para políticas progressistas –, a orientação política da UE depende agora mais do que antes do Parlamento europeu» (Vital Moreira). A esquerda mínima vai construir a campanha com base em fantasias. Quais políticas progressistas? Quais? BCE e seus estatutos? Política económica e enviesamento anti-keynesiano? Primazia do mercado interno e alastramento da concorrência? O que muda? Nada. Confrontada com uma contracção de pelo menos 3% este ano, sabem qual é o peso no PIB da resposta acordada à crise? 0,85%, segundo Wolfgang Münchau, um defensor ortodoxo da UE que prevê o pior. A UE está trancada numa série de escolhas institucionais neoliberais, já assinaladas em artigo publicado antes da crise eclodir, e que podem bem levar à sua implosão ou pelo menos à implosão das suas periferias. A UE é definitivamente o elo mais fraco na condução da política económica no centro da economia mundial. O cherne, na sua impotência e inabilidade, pode funcionar como símbolo do estado a que as coisas chegaram. O Tratado de Lisboa também. Isto não é porreiro pá.
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4 comentários:
Parece que continuamos a bater no ceguinho; e com alegria! Até no Münchau batemos, porque não gostamos do tempero.
O PIB é uma divindade e o resto que se lixe! Agora até o Tavares se resignou a calcular o QI dos gestores e quejandos que «, que nos .... "conduziram para a crise"!
Por cá o ritual cumpriu-se; a tal "esquerda mínima" fez-se eleger num congresso, por sinal num distrito dos mais afectado pela desagregação industrial que iremos passar.
Realidade virtual. Ideologias também elas virtuais. A crise é um nada! As "crenças que provocaram a crise" são umas balelas que se conta para enganar os tolos. O que está a dar é o que sempre deu; enriquecer! E aí pudemos sempre ter uma ajudinha da CGD que pelos vistos nem faz serviço público nem faz nada, nem é do Ministro nem dos contribuintes; perdoa milhões em dívida a um especulador, nos dias seguintes perde mais uns milhões em bolsa e não se passa nada. Portugal tá dormente. A CDG ENCAIXA AS PERDAS. Tá tudo doente.
O governo do país está efectivamente entregue à bicharada; vulgo, 'partido da europa'! A europa é um poço (dívida) sem fundo! e continuamos alegremente a blogar, a crise é para quem perdeu o emprego; a crise nem chega aos recibos verdes do Estado, porque sempre são Estado. SOCRATES ENCAIXA MAIS ESTA.
Na guerra costuma-se dizer; toda a vida perdida conta! Os autores deste blog; qual adesão sem espinhos a uma humanismo de alameda da universidade dizem: toda a décima do PIB conta! Se o paralelo servir, espero que alguém me venha dizer onde é que se vai dar o desembarque da nossa Normândia: nalguma CCDR, por defeito, suponho.
Caro amigo,
Enquanto Professor universitário de economia, não tenho pejo em dizer que a estrutura actual da UEM está vetada ao fracasso. Deixei isso em http://ovalordasideias.blogspot.com/2009/03/os-erros-no-desenho-neoliberal-da-uem-e.html
As suas instituições geram situações que em si mesmo podem minar a UE.
Convido-o humildemente a ler.
Abraço,
Carlos
Um convite, um novo espaço à vossa espera:
www.portograale.blogspot.com
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