segunda-feira, 27 de janeiro de 2020
Outra vez arroz?
Em aparição súbita, na tomada de posse da comissão política de Ponte da Barca, Passos Coelho exortou à união da direita (PSD e CDS-PP) para fazer as reformas de que o país precisa, dada a inexistência no presente, em seu entender, «de qualquer ação reformista importante», que previna «problemas maiores no futuro». Para Passos, «quem está hoje no Governo prima pela ausência de um quadro reformista», não se vislumbrando «nenhum programa económico em que alguma reforma se esteja a fazer na dimensão da produtividade e competitividade da economia».
Como é hábito, a alusão à palavra mágica não prossegue com a explicitação das políticas que a tal «ação reformista» traduziria. Terá Passos em mente o regresso à «austeridade expansionista» e ao «empobrecimento competitivo», com a retração dos serviços públicos, desregulação do mercado de trabalho, aposta nas privatizações e em cortes permanentes nos salários e pensões? Quererá Passos que a direita vá de novo «além da troika»? Não se sabe. O que se sabe é que Passos Coelho se escusou a responder a quaisquer perguntas dos jornalistas, no final da sua declaração.
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21 comentários:
O que terá Passos em mente...
Passos, e os idiotas que utilizam a expressão mágica "reformas estruturais", têm uma mente muito limitada.
A mente desta gente(alha) está ocupada a 100% com frases feitas como as que o Nuno referiu e esquemas para subir na vida custe o que custar, nem que para isso se destrua um país e milhões de vidas...
A direita não tem nada decente para dizer.
O que o pessoal quer é continuar a pagar as mordomias aos ddt's deste país.
O que o pessoal quer é que a elite deste país mantenha tudo como está e sempre em benefício dos mesmos.
E o que o pessoal deste país queria realmente é que quem é contra as mudanças estruturais neste país levantasse o rabinho dos seus gabinetes e fosse trabalhar e não chular os impostos de quem trabalha no sector privado!
Passos até pode pensar que pretendem requisita-lo para safar mais uma bancarrota. Certinho com a troika que nos podem doar mais uma vez para que ninguém se zangue.
Caro Nuno Serra,
Não sei (nem quero saber) quais são as reformas estruturais a que Pedro Passos Coelho se referia.
Mas consigo sugerir uma.
O governo anterior/atual encomendou um estudo que identificou 542 benefícios fiscais, dos quais 127 não se sabem para que servem (https://eco.sapo.pt/2019/06/17/ha-542-beneficios-fiscais-em-portugal-mas-127-nao-se-saber-para-que-servem/).
Este número mostra, acima de tudo, o elevado grau de complexidade (e opacidade) do nosso sistema fiscal, que exige uma máquina burocrática pesada para os gerir (em alguns casos provavelmente coma mais custos que proveitos). Imagino o pesadelo que não deve ser criar e manter os sistemas de informação que têm de acomodar todas estas especificidades ...
Este é o resultado de décadas de micro-medidas inscritas em sucessivos Orçamentos de Estado.
Na posse deste estudo, que o próprio governo encomendou, é desta que o Orçamento de Estado vai evitar cair na tentação de voltar mexer nos benefícios fiscais? Ou, para satisfazer todos os parceiros que apoiam o governo no Parlamento, vai voltar a criar novos micro-benefícios, porventura chegando aos 600?
Não se justificaria uma reforma estrutural do sistema fiscal no sentido de o tornar mais simples e menos consumidor de recursos puramente administrativos?
A culpa foi do La Feria que não passou o PPC num casting para o Show Maldita cocaína.
pode-se dizer que o infeliz passou ao lado duma grande carreira, pois até tem boa voz, mas quem sofreu mais com o seu percurso profissional alternativo foi mesmo Portugal, esperemos que tenha aprendido a lição e não venha com as velhas tretas, pois ainda TODOS nos lembramos dos sucessivos orçamentos em triplicado e quadruplicado.
RIP
Se ao menos fosse arroz... Ele há mais rapadura, Nuno Serra...
O comentário acima do anónimo de 27 de janeiro de 2020 às 16:41 lembrou-me irresistivelmente aquela visita à fábrica de artigos de borracha onde eram feitas tetinas, chuchas e preservativos.
A máquina que fazia as tetinas fazia assim um som FLOP-FLOP-FLIP, sendo que o FLIP correspondia ao furar da tetina. Quando chegaram à máquina que fazia os preservativos ouvia-se FLOP...FLOP...FLOP, e de vez em quando um FLIP. Alguém intrigado perguntou o que era aquele FLIP que se ouvia de vez em quando. A resposta do guia é que sem aqueles FLIPs não se venderiam tantas tetinas...
Também as duas primeiras frases estão certas mas só servem para preparar para o FLIP à traição da última frase.
O discurso vazio de Passos é proporcional ao vazio político de um programa de governo de centro-direita, cujo primeiro orçamento a esquerda ajudou a viabilizar na generalidade.
Alô jose. Alô Jaime Santos.
Escuto....
O vazio é toda a ausência de referência a 'produtividade' e 'competitividade«.
São palavras sacrílegas que sempre a esquerdalhada traduz como desregulação e austeridade, porque não lhes passa pela cabeça que possam traduzir-se em esforço e racionalização do trabalho.
HA-HA-HA-HA-HA!
Este José faz-me rir com gosto!
E eu que julgava que os ganhos de produtividade se conseguiam pela intensificação do investimento, pela inovação tecnológica e de métodos e pela melhoria da qualidade.
Afinal tudo se resume a pôr o trabalhador a pedalar a cada vez mais rotações por minuto.
Já a competitividade deve ser os empresários a tentarem esfolar os trabalhadores para compensar as perdas devidas ao uso de uma moeda sobreavaliada. Quando os empresários são incapazes de identificar a origem real das suas dificuldades pouco há a fazer...
As pessoas de esquerda têm aversão a reformas, excetuando obviamente, a sua.
Nunca me irei esquecer do ex.governo de traição-nacinal do PSD/CDS de Passos /Portas/Cristas, tutelado por Cavaco, cujo a politica nunca se cansou de apoiar.
Ri-te, ri-te...enquanto esperas um investimento que te dê descanso.
"esforço" e "racionalização do trabalho" são antónimos: quando o trabalho se torna mais racional, o esforço diminui. Quando o trabalho é racional, ou seja, as coisas fazem-se com sentido, o sentido da coisa em si (ao invés do comum sentido de enriquecimento do "empreendedor"), a qualidade é máxima e o desperdício é mínimo. Isso poderá traduzir-se em competitividade? Sim, se essa for a vontade do mercado do sistema. Actualmente parece-me que o sistema privilegia outros sentidos donde deriva a desigualdade crescente. Produtividade? Aumenta produzindo lixo, para infortúnio da vida no planeta...
A minha opinião sobre este tema não foi aprovado pelo autor do bogue.
Por fim:
O governo de Passos e Portas / Cristas , tutelado por Cavaco foi um governo de traição-nacional, quer queiram quer não!
Até sempre!
Rão Arques:
Para safar bancarrotas há sempre um qualquer disponível.
Em 1977, o Mário Soares safou a do PREC.
Em 1983, voltou a safar a da AD.
Em 2011, coube ao Passos Trocados safar a do Sócrates.
Mas quem safou sempre a dita foi o Zé pagante.
A diferença está apenas nas medidas de fundo tomadas, se é oferecer bancos (Bic e Efisa) a amigos, e empresas a estrangeiros (Vinci, agora é que se vê o que tem custado a brincadeira de um contrato leonino; e Three Gorges, sabe bem o IVA a 23%, não sabe?).
É triste que os entre-olhos (sabe o que são?) não deixe algumas pessoas ver mais largo.
A cegueira ideológica cega mesmo.
ó José.
Vazia é a tua mente, troll.
Passas a cassete e nada mais se te ouve.
Sempre me espanta que estes abominadores do empreendedorismo capitalista, não se acolham ao remanso de umas cooperativas ou unidades colectivas ou o que mais inventem para fazerem corresponder a acção às suas crenças.
O que dissessem a partir dessa experiência de gente capaz de ir ao mercado buscar o sustento seguramente me impressionaria.
Entretanto só reclamam que os ponham a trabalhar numa qualquer condição que os gratifique, embora o que isso seja parece ser um mistério indecifrável.
"Ri-te, ri-te...enquanto esperas um investimento que te dê descanso."
Queres ver que este anda à pesca?
Ainda tem mais graça perceber como as "coisas" podem estar ligadas através de redes de informações ilícitas e alianças impuras.
Se as tuas "abelhinhas" tivessem vergonha na cara e respeito pelos supostos ideais que papagueiam mas não respeitam, metiam a viola na caixa.
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