terça-feira, 27 de agosto de 2019

O governo defende os ricos em prejuízo dos pobres (I)

“O governo civil, na medida em que é instituído com vista à segurança da propriedade, é, na realidade, instituído com vista à defesa dos ricos em prejuízo dos pobres, ou daqueles que possuem alguma propriedade em detrimento daqueles que nada possuem.”

Karl Marx*

*Este post será objecto de uma segunda parte a publicar oportunamente.

Actualização (28/08/2019): segunda parte, aqui.

18 comentários:

Marco disse...

Caro Paulo, a premissa de Marx está correcta. Pena é ele não ter ido mais longe na análise, o que a faz incompleta e até algo enganadora. O que é compreensível, tendo em conta a manutenção do seu ponto de vista ideológico. No entanto, fica aquém de uma análise desprendida do próprio poder que perpetua a existência da propriedade privada. Afinal, Marx é mais um proponente de um regime em que será exercido algum tipo de autoridade. Daí vamos "culpar" os governos civis e não o próprio regime, o sistema, de onde emana a dita desigualdade.

A propriedade privada tem como fonte uma autoridade hierárquica e coerciva. É, de facto, a base para a exploração nos actuais sistemas e promove, consequentemente, a desigualdade em privilégio de uma elite: os ricos. A propriedade privada é baseada na desigualdade e produz desigualdade. Tanto em termos de riqueza como em termos de poder. Isso é feito pelo Estado, através de um regime, suas instituições e organismos, que exercem autoridade.

- "propriedade é roubo"

- "propriedade é despotismo"

Se quer perceber porquê, ou se deseja ir mais além de Marx nas razões, nas explicações e na compreensão sobre o assunto, convido-o a ler - se ainda não leu - Proudhon e o seu livro "O que é a propriedade?".

Jose disse...

E vai daí… voltemos ao fartar vilanagem e não tardaremos em, após uns tantos fossados, ter um novo feudalismo, provavelmente organizado num politburo.

Jaime Santos disse...

Até ver, a CRP proíbe o confisco, a mesma CRP a que a Esquerda se agarra e bem quando se trata de proteger direitos, liberdades e garantias. Ao recorrer a esta citação de Karl Marx, o Paulo Coimbra está a querer meramente constatar um facto (do seu ponto de vista), ou a apelar à insurreição?

O governo civil destina-se antes de tudo ao exercício da soberania popular, limitada pela Lei, como também manda a CRP. E é essa limitação que permite que exerçamos o pluralismo, que os trabalhadores tenham direitos e que, com certeza, que quem tem bens não seja sujeito ao confisco dos mesmos porque um qualquer tirano, arvorando-se no único representante da suprema vontade popular, decida isso mesmo.

Marx e Engels conceberam um sistema autoritário mas ao menos tinham a desculpa de não terem visto o resultado a que levaram as suas ideias (repressão leninista, o paroxismo da repressões estalinistas e maoistas, a subjugação da Europa de Leste, do Tibete, a degradação económica e ambiental, etc, etc, etc).

O Paulo Coimbra não tem nenhuma dessas desculpas... Que continue a recorrer a citações mais ou menos provocatórias e datadas, mostra apenas que, como muitos, não esqueceu nada nem aprendeu nada...

Anónimo disse...

Marco aonio eliphis rao arques pimentel ferreira faz o costume.

Primeiro faz que sim-sim com a cabeça. Para em seguida fazer o que é costume. Tentar negar o que dissera antes. No caso concreto, catalogando a citada frase como " incompleta", diria mesmo "enganadora"

Pena que a sua filosofia de miséria arruíne um tipo que andou a tentar vender o peixe sobre uma citação atribuída a Sócrates, que o rapaz tentou impingir como "transcrita" por Platão.

Mas há pormenores deliciosos nesta espécie de feirantes.Vejamos alguns deles

Anónimo disse...

Vejamos então:

Dirá o marco etc etc etc:"Pena Marx não ter ido mais longe na análise".

Porque se ele fosse mais longe a frase não estaria incompleta. Nem seria até "algo enganadora".

Seria assim uma grande frase. Para ficar completa. E até não ser "enganadora"


O risível continua. A frase "incompleta" e até mesmo "enganadora" compreende-se afinal que seja "incompleta" e até mesmo "enganadora".

Porque tem em conta a "manutenção do ponto de vista ideológico" de Marx.

O malvado. Marx devia ter escrito uma frase que tivesse em conta a manutenção do ponto de vista ideológico de qualquer outra coisa. Por exemplo da tralha neoliberal


Contado não dá para acreditar. Estamos de facto em presença de pimentel ferreira

Anónimo disse...

A coisa continua,num registo que se pretende sério e fundamentado.

Dirá marco etc etc etc. Fica "aquém de uma análise desprendida" do próprio poder que perpetua a existência da propriedade privada blablabla e ... vamos "culpar" os governos civis e não o próprio regime, o sistema, de onde emana a dita desigualdade"

Este tipo saberá alguma coisa do que representam os governos civis? Saberá alguma coisa da língua portuguesa? Foi o seu Platão, que andou a dar aulas fora de horas?


Geringonço disse...

Eu sabia que a Santa Trindade Anónimo Aonio Eliphis, Jose e Jaime Santos iam marcar presença...

arber disse...

Deve ter sido isto que o defensor dos motoristas, Pardal Henriques, quis dizer quando afirmou que "...o Governo defende aqueles que prevaricam(!), em prol dos trabalhadores…".

E não, não foi um lapso, porque a asneira (inaceitável num advogado) foi dita duas vezes seguidas.

Anónimo disse...

O resto é pura ignorância. Daquela pesada, tão acertiva como pedante.Ou vice-versa

"Se quer perceber porquê, ou se deseja ir mais além de Marx nas razões, nas explicações e na compreensão sobre o assunto, convido-o a ler - se ainda não leu - Proudhon e o seu livro "O que é a propriedade?".

Proudhon escreveu em 1840 o referido livro. Marx deu-lhe por várias vezes a resposta tida por adequada.

Entre eles o "Miséria da Filosofia"( em 1847). Ou a carta "Sobre Proudhon".

Parece mesmo que foi Marx a ir mais longe sobre o assunto

Entretanto Platão, para que não haja qualquer veleidade de o intrometer no assunto, tinha já morrido há muito


Todavia Proudhon não merece estas aleivosias da tralha neoliberal.

Jose disse...

Não se esqueça o autor de na segunda parte explicar aquela tendência dos passarinhos em delimitarem um território, no que são acompanhados, entre outros muitos, pelos leõezinhos.
Não deixe de estabelecer os factos que tornam a propriedade irrelevante para a liberdade individual dos humanos.
Como nota adicional, explique o destino a dar às propriedades - quando deixar de haver direito de propriedade - em particular aquelas casas tipo dacha.

Anónimo disse...

Pobre jose

A impotência caduca de nada dizer no seu primeiro comentário (confrontou-o, não com o zero absoluto, mas com essa sua patente risível nulidade

Será por isso que insiste, insiste, com os olhos em alvo postos no futuro e com s esperançada esperança que lhe falem de “ passarinhos e de Leoezinhos”?

Que agitação agitada a de josé que parte assim à desfilada com vista ao futuro, sem sequer ter lido algo passado, que lhe ilumine um pouco esta sua escrita feita de lugares-comuns

Pobre jose

Marco disse...

Caro Anónimo, ou Anónimo, ou Anónimo ou mesmo Anónimo, ou até "alguém" deste blogue... embora gostasse de ter tido mais tempo para escrever com a atenção e validade merecidas sobre o tema, não o tive. Quanto a isso tem toda a razão e fiz um juízo sintético no que toca à ideia de ser "enganadora". Retiro o que disse. É só mesmo incompleta. Espero que tal facto não lhe cause mais sofrimento e que possa parar de andar às voltas e às voltas com estas palavras na cabeça. Tenha calma que a vida é curta.

Quanto à forma como se dirige a mim, para além da falta de cordialidade (que é sempre uma mais valia num debate que exige alguma profundidade de conhecimento) não entendo como este blog permite ataques pessoais (feirante ?). Ou talvez até entenda muito bem, se me faço entender. No entanto, irei manter algum nível ao, pelo menos, não fazer a mesma figura alucinada que o Anónimo faz sobre quem é quem. Acredito que esteja farto de aturar neo-liberais por estes lados e entrou numa paranóia em que cada discordante da teoria Marxista é um alvo a abater e, de preferência, que sejam clones ou marionetas do mesmo utilizador para poder escrever a mesma verborreia sobre eles mais uma e outra vez. Quem insere, à priori, esse preconceito no debate começa logo por debater "por fora". Criando uma forma falsa de descrédito que condiciona qualquer debate. Não estou para isso.

Estava expectante sobre qualquer resposta que pudesse haver ao que escrevi. E embora o Anónimo ou o Anónimo ou mesmo até: "o Anónimo", esmiúce bem a minha retórica, a sua atitude não merece sequer que lhe de uma resposta ao que escreveu para além daquilo que já foi dito. Mas haveria muito para escrever, para pensar e para debater mas certamente eu iria ser mais um que não tem a retórica certa, que não é do PC do coração e que não acredita no santo Marx. Sendo assim, não dou para esse peditório.

Você e os seus camaradas podem responder a esta mensagem, não a irei ler. Mas, se houver alguma resposta, servirá como bajulação de alguma coisa, certamente. Conheço este blogue há mais de 10 anos mas desde há algum tempo, parece que deixou de valer a pena. Nele não existe espaço fora da ortodoxia. Muitos "Kumbayás" para todos !

Paulo Coimbra disse...

Segunda parte, aqui: https://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2019/08/o-governo-defende-os-ricos-em-prejuizo_28.html

Anónimo disse...

Com o devido respeito

Isto é a mesma mensagem escrita pelo pimentel Ferreira há uns tempos

A justificar a sua não vinda e que não ia ler e outras tretas do género. Pode se citar o link. Quer? É só o “marco” pedir

Quanto à essência da questão.

Já vi lebres correrem mais devagar que o “ marco” , a fugir da série de disparates que debitou

É uma chatice quando se descobre a vacuidade intelectual do marco aonio Pimentel Ferreira

Anónimo disse...

Aí em cima alguém faz as vezes de vestal púdica...

"Marco" etcetcetc foi apanhado a dizer asnices sobre a frase apresentada por Paulo Coimbra

Perante a sandice o que faz o marco etcetcetc?

O mesmo do costume quando se vê confrontado como os seus disparates. Dá uma no cravo,outra na ferradura, atira para o lado, engasga-se e, naquela acertividade já um pouco néscia, foge, fazendo-se de "lucas"


A designação da frase como "incompleta e enganadora" continua por explicar. Assistimos ao invés a um espectáculo de ilusionismo. O pobre "marco" etcetcetc retira o "enganadora", permanece com o "incompleta". Nada explica sobre a sandice inicial. Nada diz sobre o porquê de se ter enganado no seu "juízo sintético". Cala-se sobre o porquê de retirar uma afirmação e manter outra.


Faz lembrar o quê?

Anónimo disse...

Temos depois a cega-rega da vitimização do "marco"-

É um infeliz. Ninguém o compreende. Não lhe têm a "cordialidade" devida. E o blog é muito mau porque permite que coisas assim como o "marco" etcetcetc sejam expostas à opinião dos demais.

E à infelicidade do "marco" seguem-se as insinuações do "marco"

"não entendo como este blog permite ataques pessoais (feirante ?). Ou talvez até entenda muito bem, se me faço entender"


Faz-se entender muito bem. Estamos fartos de ouvir esta conversa da parte de pedro marco, de aonio eliphis marco, de vitor marco, de pimentel ferreira marco...

É uma roda viva de lamúrias, queixas, suspeições e ataques pessoais aos autores dos posts

Essa de não deixarem a tralha neoliberal "trabalhar" à vontade não se faz

Anónimo disse...

Temos depois a "cena" em torno da teoria marxista. Eis o queixume de "marco", irmanando todos os que não seguem a dita teoria e blablabla e blablabla

O pobre "marco" não terá percebido que o motivo de expor o ridículo das suas afirmações "enganadoras" e "incompletas" mais a asnice maior sobre os "governos-civis, não tem nada a ver com a teoria marxista.

Tem tudo a ver com a acertividade "idiota"( não encontro outro termo mais modesto) e com a vacuidade risível de quem proclama tais bacoradas ( também não encontro outro termo ainda não utilizado para qualificar isto)


Porque só há uma vez em que "marco" etcetcetc fala da teoria marxista, ao contrapô-la a Proudhon. E logo aí, precisamente aí, vemos que continua na esteira da mais soberba ignorância

O pobre coitado do "marco" tentará justificar os disparates que disse sobre Marx e Proudhon?


Claro que não.Parte à desfilada:
"Não estou para isso"; "não dou para este peditório"; "não vale a pena"; "não a irei ler"

Quantas vezes já ouvimos estas cenas macacas de vitimização lacrimosa,enquanto "marco" etcetcetc parte presto para lugares de conforto, que lhe assegurem a fuga manhosa e a continuação do seu mister multinick?

Lowlander disse...

"Mister Multinick"

ahaha! Esta boa! Para recordar.