segunda-feira, 29 de abril de 2019

Extremista escondido com a desonestidade de fora


Depois de Nuno Melo desvalorizar a ameaça da ascensão do Vox, recusando classificá-lo como um partido de extrema-direita (ver aqui), há uma nova voz da direita portuguesa que vem a público fazer declarações inquietantes acerca do que verdadeiramente pensa sobre as eleições espanholas.

Trata-se de Joaquim Miranda Sarmento, braço-direito de Rui Rio para a área da economia e das finanças, que dedicou a sua mais recente coluna do ECO (ver aqui) a analisar as eleições do nosso parceiro ibérico.

A tese central do seu texto é que Espanha mergulhará num período de grande instabilidade, porque os resultados apontam para uma coligação entre o PSOE, de Pedro Sanchez - que na linguagem elevada de Miranda Sarmento é o “o político mais sem vergonha que [se] lembra[a] de ter visto, porque tomou o poder aliando-se à extrema-esquerda e aos independentistas” - e do Unidos Podemos, de Pablo Iglesias, um perigoso radical de extrema-esquerda.

A partir desta tese, discorre longamente sobre a transição espanhola, em estilo panfletário e pleno de lugares comuns, onde não faltam a defesa da superioridade da transição democrática espanhola em relação à tumultuosa revolução portuguesa e a postura reverencial em relação a Adolfo Suárez e a Felipe Gonzalez. O grande problema, segundo Miranda Sarmento, é não existirem hoje, ao contrário do passado, “líderes moderados que percebem que o mais importante é o interesse nacional e não o poder pessoal”. Como se Suarez e Gonzalez não tivessem beneficiado tremendamente da transição para o seu poder pessoal, não é?

Enfim. Todo o texto mereceria ser escrutinado, mas vale a pena centrar a nossa atenção em duas passagens de conteúdo inqualificável.

1ª Passagem: “A ascensão do VOX deve preocupar-nos. Mas não menos que a ascensão há uns anos do Podemos”. Com efeito, para Miranda Sarmento, o grau de preocupação deve ser semelhante. De um lado temos o Podemos, um partido que emergiu no decurso das mobilizações contra a austeridade, o desemprego e os despejos, que se bate pelo fortalecimento do Estado Social, pela maior transparência da democracia, pelo acolhimento digno dos migrantes que chegam a Espanha e pelo combate à discriminação das minorias. Do outro temos o VOX, um partido que emerge na cena política espanhola para resgatar o imaginário franquista e para encerrar o processo em curso de exposição pública dos crimes franquistas e que possui um posicionamento hostil em relação aos imigrantes e às minorias. De um lado temos um partido inquestionavelmente democrático; do outro, temos um partido que se propõe a trazer para o século XXI o legado franquista e falangista, responsável pela prisão, tortura e morte de dezenas ou centenas de milhares de democratas. De um lado, um partido que pretende denunciar esses crimes perante a história, do outro um partido que foi criado para os encobrir. Para Miranda Sarmento, constituem a mesma ameaça. Estranha escala de equivalências a do autor.

2ª passagem: “Com Felipe Gonzalez e depois com José Maria Aznar, Espanha deu um enorme salto no seu desenvolvimento. Usou, e muito bem, a sua dimensão e os apoios comunitários para se desenvolver de uma forma extraordinária. E criar grupos económicos que nos anos 90 e no início do século XXI davam cartas a nível europeu e mundial. Mas em 2004 tudo começou a mudar. (…) Espanha elegeu em 2004 um péssimo político que ficava a milhas de Gonzalez. Zapatero deixou que a economia espanhola perdesse fulgor. Destapou velhas feridas sobre o regime anterior. Não soube, ou não quis, proteger a Monarquia dos escândalos.”

Em primeiro lugar, é falso sugerir que 2004 foi um ano de viragem no padrão de crescimento económico espanhol. EM 2004, o PIB espanhol cresceu 3,2%, a que se seguiriam crescimentos 3,7%, 4,2% e 3,8% nos três anos seguintes. O ciclo favorável só viria a ser interrompido na sequência da crise internacional. Com efeito, torna-se claro que olhar 2004 como um ponto de inversão é um exercício retórico sem adesão à realidade, que serve o único propósito de tentar corroborar a narrativa de que o governo de Zapatero (PSOE) foi o responsável pela diminuição do desempenho económico de Espanha. Resta saber se o professor Miranda Sarmento considere que Zapatero é o responsável pela crise internacional que em 2008 atingiu todas as economias do mundo.

Mas a gravidade da passagem vai muito além da simples adulteração dos números: o professor Miranda Sarmento reduz a explicação da crise económica espanhola a duas curiosas variáveis: o destapar “de velhas feridas sobre o regime anterior” e o facto de Zapatero não ter querido ou não ter sabido proteger a monarquia de escândalos. O professor Miranda Sarmento não reserva uma única palavra para o papel desempenhado pelo rebentar da bolha imobiliária espanhola, que pôs fim a vários anos de crescimento assente na expansão do crédito e do setor imobiliário, incentivado por uma integração europeia que incentivou os países do Sul a sustentarem o seu modelo económico em dívida contraída junto dos países do centro da Europa. Para o professor Miranda Sarmento, este fator estrutural é irrelevante. O grande problema da economia espanhola foi Zapatero ter feito um esforço – ainda que tímido, na verdade – para trazer à luz do dia os crimes do fascismo e julgar os seus responsáveis, resgatando-os da sombra a que uma transição conivente os havia votado e, assim, procurando a justiça adiada para milhares de vítimas do fascismo e para as suas famílias. Como é que isto poderá ter tido um impacto negativo no crescimento económico? – o autor não explica. Mas talvez considere julgar crimes contra os direitos humanos desincentiva o investimento. Só ele saberá.

Finalmente, Zapatero seria também responsável pelo momento negativo da economia espanhola – que, como vimos, só ocorreu na cabeça do professor Miranda Sarmento – porque não soube ou não quis proteger a monarquia. Em que medida é que cabe a um chefe do executivo preservar a imagem da monarquia? Não será uma exigência que a monarquia deve colocar a ela própria? Deveria Zapatero ter ligado ao rei Juan Carlos a exortá-lo a não ir caçar furtivamente elefantes para África? E, mais uma vez: qual é o canal que tudo isto tem com o crescimento económico? 

Numa pequena coluna, Joaquim Miranda Sarmento equipara um partido neo-fascista a um partido democrático e responsabiliza a busca da verdade sobre o franquismo pela recessão espanhola que, obviamente, se deveu à crise internacional. A desonestidade intelectual não tem limites para alcançar os seus intentos.

Rui Rio e a direção do PSD até podem tentar ensaiar uma imagem de moderação perante o eleitorado. Mas não podem negar que figuras sinistras se sentam à sua mesa.

27 comentários:

S.T. disse...

O que caracteriza esta extrema direita espanhola, bem como os seus émulos portugueses é também a incapacidade de retirar ilações da crise de 2008 e das suas origens.

No campo económico denota o conforto das elites compradoras da EU, indiferentes ao desemprego e dificuldades daqueles na base da pirâmide de rendimentos. Estamos longe da cultura económica e do esclarecimento de alguns populistas franceses e sobretudo italianos.

Auguro que o crescimento desta extrema direita será limitado pelo seu próprio conservadorismo económico porque o único combustível que têm é a promoção via "câmaras de eco" na comunicação social como este JMSarmento. O saudosismo até pode ser fermento, mas só pelo logro se poderiam impôr porque não dão resposta cabal às questões fundamentais que envenenam a economia espanhola.

Na verdade o vox corresponde à tentativa de esticar o espectro político para a direita sem pôr em causa as raízes reais das dificuldades espanholas. Por isso contém em si mesmo as razões do seu próprio futuro declínio. Pode gozar de uma moda passageira mas não tem o combustível que lhe garanta perenidade. É uma espécie de abcesso do PP que até convém que venha à superfície para permitir à sociedade espanhola purgar o seu passado falangista.

S.T.

Anónimo disse...

Muito bom texto

Pedro disse...

Tudo isto é verdade.

Mas a esquerda está a fazer o mesmo quando não distingue a direita tradicional europeísta da nova extrema direita nacionalista.

E ainda aplaude vitórias da nova extrema direita como o brexit.

Andam todos a brincar e a extrema direita está a ganhar com a brincadeira.

Anónimo disse...

Viram o Pedro ?

Primeiro começa por afirmar um “ tudo isto é verdade”. Que remédio, Lolol

Para depois se atirar bovinamente à esquerda, duma forma que tem uma assinatura

A de joão pimentel ferreira

Anónimo disse...

Quanto ao brexit como “ vitória de extrema-direita”

É pá, essa já foi tantas vezes desmontada que só os euroinomalos, perdão euroinomanos fundamentalistas, conseguem ainda replicar tal coisa sem corar

Ora bem e o discurso do Pedro a aproximar-se do do seu verdadeiro eu, o aonio eliphis ou Pimentel ferreira,de tal forma que já se ouvem os berros, agora em uníssono, da voz única finalmente reunida:

UE uber alles.

Enquanto se sacode o pó do franquismo para debaixo do tapete, tal como faz o prof miranda Sarmento

Anónimo disse...

Rui Rio está rodeado, de admiradores do Cavaco, e de seguidores de Passos, por isso não é de admirar estas pérolas, de alguém que joga com a ignorância dos seus leitores..

Jose disse...

Deem um cheirinho de poder à esquerda e logo ela começa a sacudir o pó às bandeiras de Outubro.

Falar em moderação à esquerda é tão só dizer 'espera um pouco'; a seguir vem um chorrilho de fracturantes, inebriantes e o acenar de revoluções inevitáveis.

E as cenas tristes, senhores! Onde se viu uma extrema direita liberal? São vossos vizinhos, que preferem domar capitalistas do que povoar o reino de comissários políticos.

Pedro disse...

Troll estalinista.

A esquerda provou que o ukip dirigido pelo Farage e apoiado pelo Bannon é de esquerda ?

Não tinha dado por isso.

Os únicos argumentos da esquerda que vi, são que eu sou o Pimentel e que há uma tipa qualquer de segunda linha no partido trabalhista que também é a favor do brexit.

Começa logo que ainda não conseguiram perceber que a questão não é o brexit em si, mas sim por quem e com que objectivos está a ser conduzido.

Ficarmos com um regime ainda mais radicalmente neoliberal do que a UE deve ser uma vitória do caraças para a esquerda.

Pedro disse...

Jose.

O neoliberalismo é a verdadeira extrema direita.

O fascismo não é de direita nem de esquerda, é uma ideologia especifica que combina elementos de esquerda e de direita.

Considerar direita o nazismo, ideologia que não só se designava como socialista, como preconizava o domínio da economia por parte do estado... Ao ponto do estado decidir os preços, os objectivos da produção e tanto a contratação como o despedimento de trabalhadores necessitar de aprovação prévia do ministério...

Quanto ao capitalismo liberal não poder ser extremista, basta lembrar o extermínio dos Herero, pelas tropas coloniais do capitalismo alemão, ou a invenção do conceito de campo de concentração pelo império liberal inglês, para se constatar onde se inspiraram os extremistas nazis e estalinistas.


Anónimo disse...

A extrema direita a domar capitalistas, ahahahah. A domar-se a si própria, ahhahahahah. E com os comissários políticos neoliberais encostados ao Estado a fazerem a distribuição do saque pelos porno-milionários.

Denunciam-se as moscambilhas como faz Diogo Martins e saltam logo sarmentos aqui a e a milhares de quilómetros.

Anónimo disse...

Perante a denúncia de quem é Sarmento, do seu brio compassivo perante os franquistas, do saudosismo assumido pela transição espanhola, onde Franco deu origem a uma democracia coxa e onde nunca se extirparam os resíduos fascistas no estado espanhol,nomeadamente no seu aparelho judicial e policial, o que faz jose?

Atira-se à "esquerda" e agita qual falangista agitado com os seus berros de "viva la muerte", o "pó das bandeiras de Outubro". Mais os "comissários políticos" com que comprova o seu desnorte.

Provavelmente porque o 25 de Abril lhe causou uma mossa irreparável, autêntica prenda de aniversário de que ainda não recuperou de todo

Provavelmente porque se adivinha aquela comoçãozita perante a monarquia, que polvilha ainda o imaginário de muito fidalgote marialva, a sonhar com os "terratenentes " de sangue azul e de bolsa cheia

Provavelmente porque ver assim desmascarado um sr professor,ainda por cima ligado umbilicalmente a Rio e ao PSD, lhe causa um estremeção de solidariedade ideológica a que não consegue escapar.

Provavelmente porque sente o terreno ideológico que perfilha e que perfila, ser denunciado em alta voz, sem que acorram em seu socorro as massas que gritavam que quem mandava era Salazar

Provavelmente tudo isto

Acertaram-lhe em cheio

Anónimo disse...

A moderação do aparelho partidário do PSD é afinal para inglês ver.

Jose falar em moderação é tão só dizer "espera um pouco", porque a seguir vem um chorrilho de figurões fracturantes, inebriantes e a acenar cacetada inevitável.

De que este Sarmento é exemplo


Anónimo disse...

E são rosas,senhores?

Onde se viu uma extrema-direita liberal? Pergunta de forma quase ofendida quem assumidamente é o que é

Deixemos para lá a história circense de domadores de vizinhos ao estilo de brigões do reino

E nem vale a pena falar agora nas cumplicidades entre altos figurões liberais e o fascismo puro e duro.

Não. Hoje basta lembrar um tipo de extrema-direita liberal,bem liberal, bem de extrema-direita e de nome Bolsonaro

Um tipo por acaso a quem jose nutre ternura, simpatia e outras coisas mais

Unknown disse...

Quando Rui Rio considera que não houve fascismo em Portugal, está tudo dito. Com nome de Vox ou outra denominação, percebe-se a preocupação do CDS e do PSD. A razão porque estão a fazer um discurso mais à direita é saberem que têm no seu sei gente bem próxima do VOX espanhol.
Fernand Abreu

Anónimo disse...

Hum

Está descompensado o Pedro Ferreira Pimentel

Parece aqueles extremistas do Mises que teimam em identificar o nazismo com o socialismo

Tal qual o Pimentel Ferreira. Será o mesmo, Lolol

A tralha neoliberal está tão desesperada que não hesita em enfeitar-se com os argumentos dos caceteiros da extrema-direita

Hum. Desesperado e fora de si?

Por isso a criação do Pedro pelo Pimentel Ferreira

Esta tralha neoliberal tem a verticalidade dos ébrios da UE

Anónimo disse...

Portanto será argumento de esquerda o facto de Pedro ser o joão Pimentel ferreira ?

Ahahah

Que idiotice. Contra factos não interessa se os argumentos são ou não de esquerda

Francamente ó Pedro pimentel Ferreira

Anónimo disse...

Hum

E a esquerda provou que o UKIP e o Bannon são de esquerda?

Hum

Ahahah.

Ó pimentel o que se passa? Vamos lá a demonstrar tais pimentalices

O que faz esta tralha neoliberal? O desespero fica mal como argumento e a idiotice só dá vontade de rir

Anónimo disse...

E a tipa da segunda linha aqui referida pelo Pedro será quem?

A nossa querida Nadia?

Não acha que esta não ê uma forma decente de se dirigir a alguém ? “ tipa” ?

Ainda por cima dirigido a alguém que lutou e luta pela libertação do jugo de idiotas senis?

Anónimo disse...

Pedro etc tem como único objetivo fazer barulho, para esconder a extrema-direita associada desta forma ao seu partido.

Tão claro que nem vale a pena perder mais tempo com chungas assim

Anónimo disse...

Extremista escondido com a desonestidade de fora

Um título excelente para um excelente texto. Repare-se como tal título abarca também os que se agitam, qual espantalhos, para esconderem a lama que afunda o PSD. E que não ocultam os seus verdadeiros amores

Até papagueiam sobre o Brexit

Anónimo disse...

Acho que Unknow acertou na mouche, tal como o autor da posta. Ê ver gentes bem próximas do Vox espanhol a confirmarem o denunciado aqui

Jose disse...

ahhahahahah O mais bem elaborado argumento do Cuco.

Quanto ao que é direita e esquerda.
Haverá umas tantas versões definidoras, mas as mais divulgadas são as propostas pela tralha esquerdalha, que fazem do fascismo e do nazismo extremos de direita quando óbviamente são vizinhos da extrema esquerda.
Mas se o puro liberalismo pode justamente dizer-se de extrema direita, não há neoliberalismo que escape às formulações interventoras do Estado moderno.
O problema com o neoliberalismo é o neo Estado governado por uma classe política sem moral pessoal e sem ética politica, que para ambos esses atributos muito tem trabalhado uma esquerdalhada maniqueísta que mede o Bem com o estômago e grau de poder da canalha.

JS disse...

Esquerdas e Direitas políticas têm o seu lugar, tempo e utilidade, política.
Desde os Nacionalismos de regiões aos Centralismos imperiais, há lugar, tempo e utilidade, política, para tudo.
São apenas tons de argumentação política utilizados ... em curiosas misturas.
Estrategicamente preponderá ou um ou o outro. Podem excluir-se mutuamente ou fundir-se indiferenciando-se.

Veja-se, hoje, na Catalunha, num curiosos texto de Craig Murray:
"...Yet in the Spanish General Election, Arrimadas’ party got only 11.6% of the vote in Catalonia. The right wing nationalist Spanish parties, the fascist Vox, the Francoist PP and Arrimadas’ foreign security service (1) promoted Citizens, got a pathetic 20.1% of the vote between all three, in a stunning Catalan rejection of Spanish nationalism....".... "...For example a small but significant number of Socialist Party supporters of PM Pedro Sanchez, also support Catalan Independence....".
...
Por seu lado no Reino Unido a PM T. May (direita?) e a seu encomendado "Brexit só em nome" tem os dias contados. O "nacionalismo" Escocês por seu lado, estrebucha. Porquê?.
Outro, muito diferente, "Brexit" UK, se avizinha. Segundo as últimas sondagens o novo partido, o "Brexit" de Nigel Farage, está a ultrapassar convincentemente direitas e esquerdas no RU, com a sua bandeira "nacionalista" Reino Unido vs "you lot" União Europeia!.

(1)- "The Citizens Party started life as an astroturf effort to help counter the left-wing and anti-EU populism of Podemos. To that end it was funded and assisted by the German foreign intelligence service, the BND. It remains a favourite tool of foreign intelligence services, particularly MI6 which of course sees the links between Catalan and Scottish nationalism. Hence the peculiarly active link between Ciudadanos and MI6’s print media mouthpiece, the Guardian."

Pedro disse...

Assim se prova que a extrema esquerda é igual à extrema direita.

Eu digo que o PSD é de extrema direita e o esquerdalho doz que estou a defender o PSD.

Vocês são todos fake.

Anónimo disse...

Sim, o Pedro ê um defensor acérrimo do PSD

Ê apenas um provocador a arranjar espaço de manobra.
É assim como a May que agora é pintada com um ponto de interrogação sobre a sua postura ideológica

Num comentário vindo da Holanda

Ahahah


Anónimo disse...

Todos fake?

O Zeca Afonso mandaria aquela parte coisas assim como este troll tipo fake

Anónimo disse...

Um extremista escondido com o rabo de fora