terça-feira, 8 de abril de 2014

CDA: «Reestruturar ou Empobrecer - Não há saídas limpas» (I)



Comentários síntese de Ana Drago, Hugo Santos Mendes, João Cravinho e José Castro Caldas, no final da conferência promovida pelo Congresso Democrático das Alternativas no passado dia 2 de Abril.
Entretanto, o Manifesto dos 74 vai ser entregue, sob a forma de petição (que pode ser subscrita aqui), amanhã, 9 de Abril, à Presidente da Assembleia da República.

7 comentários:

Jose disse...

Perderam a aposta na desgraça irremediável e crescente.
Pegam na dívida e, sem coragem para pedir perdão, fazem da reestruturação que está e estará em curso abandeira contra um empobrecimento que já não está em curso.

Eminentes treteiros em ridícula prova de vida!!!!

Anónimo disse...

O facto é que a dívida não é sustentável.

A austeridade falhou.

A economia continua em recessão e 2014 não será excepção.

Mesmo assim querem continuar a mascarar a derrota que sofreram e tentam enganar o povo.

Não vão conseguir.

Anónimo disse...

Perderam a aposta?
Mas que aposta?
A desgraça irremediável e crescente é um facto que só alguns filiados na organização da direita extrema têm o despudor de desmentir.

Pedir perdão?
Jose achará que todos têm o seu carácter de pusilânime personagem, com a coluna vertebral rastejante face à troika e ao capital?

A que ponto vai o ódio de classe dum burguês salazarento que baralha e dá as cartas sem ter o mínimo respeito pela verdade dos factos e dos números

Jose não argumenta. Propagandeia.O que o assemelha a um misto de relvas e maduro

Anónimo disse...

A propósito dessa imendsa falta de verticalidade dos saudosos salazarentos e afins leia-se o magnífico discurso de Alexandra Lucas Coelho lido na face do representante do PR na altura da atribuição do magnífico prémio literário que ganhou:
"O Portugal que durante 40 anos Salazar achou que era seu, pobre mas honesto-limpo-obediente, como agora o governo no poder quer Portugal, porque acha que Portugal é seu.

Estou a voltar a Portugal 40 anos depois do 25 de Abril, do fim da guerra infame, do ridículo império. Já é mau um governo achar que o país é seu, quanto mais que os países dos outros são seus. Todos os impérios são ridículos na medida em que a ilusão de dominar outro é sempre ridícula, antes de se tornar progressivamente criminosa.
...

Este prémio é tradicionalmente entregue pelo Presidente da República, cargo agora ocupado por um político, Cavaco Silva, que há 30 anos representa tudo o que associo mais ao salazarismo do que ao 25 de Abril, a começar por essa vil tristeza dos obedientes que dentro de si recalcam um império perdido.

E fogem ao cara-cara, mantêm-se pela calada. Nada estranho, pois, que este presidente se faça representar na entrega de um prémio literário. Este mundo não é do seu reino. Estamos no mesmo país, mas o meu país não é o seu país. No país que tenho na cabeça não se anda com a cabeça entre as orelhas, “e cá vamos indo, se deus quiser”.
... gostava de dizer ao actual Presidente da República, aqui representado hoje, que este país não é seu, nem do governo do seu partido. É do arquitecto Álvaro Siza, do cientista Sobrinho Simões, do ensaísta Eugénio Lisboa, de todas as vozes que me foram chegando, ao longo destes anos no Brasil, dando conta do pesadelo que o governo de Portugal se tornou: Siza dizendo que há a sensação de viver de novo em ditadura, Sobrinho Simões dizendo que este governo rebentou com tudo o que fora construído na investigação, Eugénio Lisboa, aos 82 anos, falando da “total anestesia das antenas sociais ou simplesmente humanas, que caracterizam aqueles grandes políticos e estadistas que a História não confina a míseras notas de pé de página”.

De

Jose disse...

Para quem não saiba, a questão da austeridade não está resolvida.
Isto quer dizer que haverá a depuração de uns tantos obervatórios e institutos, algumas cómodas sinecuras, e só quando os serviços deixarem de ter por principal ocupação ocupar quem neles trabalha, se poderá falar em Estado útil.
Nada que se faça por iniciativa deste país de treteiros, mas toda a esperança está nos credores!
A dívida que sustentou o festival socialista é agora o grande motor do progresso desta sociedade de comediantes para quem governo é matéria de 'sensações' de 'sensibilidades' e óbbviamente de 'enorme responsabilidade social' algo assim como 'tudo é devido a todos'.

Anónimo disse...

A Alexandra Lucas Coelho tem razão.
A direita neoliberal que nos governa é duma mediocridade atroz.
O salazarismo miserável persiste nas esquinas esconsas dos swapps, dos roubos de salários, nos roubos de pensões, nas sinecuras dos relvas dos coelhos e dos boys de serviço
Jose é o comediante de serviço, um treteiro a tentar mostrar que o alemão é a língua que venera e que o o pau e a pancada são as respostas adequadas às sensibilidades e à responsabilidades sociais de quem quer que seja.
Deutschland uber alles diria o jose no século passado se pudesse.Agora diz quase o mesmo mas ainda duma forma envergonhada

De

Dias disse...

A austeridade “não está resolvida”, nem pode acabar, neste vão ensaio do pagamento da dívida. Não tenho dúvidas sobre isso. E o papagaio Marcelo, naquele seu sorriso cínico, também não…

Passos Coelho bem pode usar a novilíngua do governo – o não aprofundamento dos cortes, acenar com aumento do salário mínimo ou com a baixa de impostos, que ninguém, sensato, faz fé. Por duas razões: Primeiro, porque tecnicamente o pagamento é inviável, segundo, porque as pessoas estão escaldadas com a duplicidade e a mentira.
Ainda há outra questão que também não está resolvida: a pronúncia do TC sobre a constitucionalidade de medidas que o governo foi tomando, na sua fuga para a frente. Porém, há um aspecto que me parece óbvio: o Estado não pode romper contratos! Aguardemos.

É exactamente por estas e por outras, que em boa hora, apareceu o Manifesto dos 74. O descalabro está à espreita. Nem de propósito, soube-se hoje que o crédito malparado bateu recordes. Aqui: http://www.destak.pt/artigo/191582-credito-malparado-na-habitacao-atinge-novo-maximo-em-fevereiro.

Saídas limpas?!