quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Euro letal

Uma Zona Euro mais pequena “seria mortal para a Alemanha”, declarou hoje o porta-voz do partido de Angela Merkel, Michael Meister. Parece-me que este é um alemão como uma boa percepção do seu próprio interesse.

O problema é que uma zona euro grande, boa para a Alemanha exportadora, isto é, a zona euro tal como existe, é mortal para nós e para mais meia Europa.

Temos então aqui um problema. Gente sensata sentava-se para negociar antes que fosse tudo pelos ares. Mas para que houvesse negociação era preciso que aqueles para quem esta zona euro é mortal recusassem a submissão à outra parte e se articulassem em propostas comuns de refundação da zona euro.

No entanto, aqueles para quem esta zona euro é mortal – a começar pelos portugueses - não têm quem os represente nesta negociação. Na prática, somos todos governados já, pela “outra parte”.

2 comentários:

Diogo disse...

Esta zona euro é mortal, tanto para Portugal como para a Alemanha, porque o problema não é económico, mas financeiro. Quem mexe os cordelinhos não á a «Alemanha exportadora», mas um cartel financeiro que funciona a nível planetário.

A questão que se deve colocar é a seguinte: Porque razão o BCE não compra obrigações directamente aos Estados a juro zero (com limites em função do PIB para não criar inflação)?

Thomas Edison: "Se a nossa nação pode emitir uma obrigação de um dólar, também pode emitir uma nota de um dólar. O que torna a obrigação válida, também torna a nota válida. A diferença entre a obrigação e a nota é que a obrigação permite ao corretor arrecadar o dobro do valor da obrigação mais 20%, enquanto a nota não dá dinheiro a ganhar a ninguém excepto àqueles que contribuem de alguma forma útil para a sociedade. É absurdo afirmar que o nosso país pode emitir 30 milhões de obrigações e não pode emitir 30 milhões de notas. Ambas são promessas de pagamento, mas uma engorda os usurários e a outra ajuda as pessoas."

Amélia disse...

A UE e os seu euro foi um projecto de sonhadores;e...já era.Serviu para evitar guerras no campo militar, como sempre houve ao longo dos séculos entre os estados europeus -depois os tecnocratas tomaram o poder e traíram os sonhos de uma Europa unida.