«Os prazeres chegam-nos diretamente de Deus, não são católicos ou cristãos, ou outra coisa qualquer. São simplesmente divinos. (...) A Igreja condenou o prazer vulgar, desumano, bruto, mas, por outro lado, sempre aceitou o prazer humano, simples, moral. (...) O prazer de comer existe para nos manter saudáveis pela alimentação, tal como o prazer sexual existe para que o amor seja mais bonito e para garantir a perpetuação das espécies. (...) Os prazeres de comer e do sexo vêm de Deus.»
Citado num livro do jornalista italiano Carlo Petrini, o Papa Francisco acrescentaria, com uma santa benevolência, ter havido no passado algum «excesso de zelo» nestas matérias por parte da Igreja, devido a «uma interpretação errada da mensagem cristã». Eu já não me lembro de quem é que hoje comentava que foi preciso esperar 2000 anos para ouvir uma figura de proa da Igreja dizer o que Francisco disse. Mas não se surpreendam se, entretanto, surgir um qualquer manifesto ou abaixo-assinado, subcrito por uma centena de pessoas (na sua maioria certamente católicas), a condenar estas declarações.
30 comentários:
«sempre aceitou o prazer humano, simples, moral»
Veremos quem diz não ser verdade e porquê.
Habemus *papam* (acusativo)
Afirmações materialistas.
Todos os ossinhos reaccionários no corpo do José se insurgem contra estas declarações do papa Francisco, mas como o José ainda não leu em lado nenhum argumentos contra elas não sabe o que há-de dizer(além de ameaçar que alguém se há-de opor porque não consegue ficar calado). Contudo, assim que esses argumentos forem escritos, então o José apropriar-se-á deles e e virá a correr aqui repeti-los como se fossem os seus. Se houver reino dos céus e for para os pobres de espírito como os cristãos julgam, então o José tem lugar garantido.
Parece-me que há muita confusão em muitas cabecinhas cristãs e outras que condenam aspectos do comportamento humano que na verdade fazem simplesmente parte daquilo a que os teólogos chamam a Economia da Criação.
Como bem explica Francisco, foi Deus que quis que os animais sentissem prazer sexual. E nem a verdade do evolucionismo se opõe a tal conclusão porque o processo de criação é sustentado, evolução incluída, continuamente pela Divindade.
Aquilo que a Igreja condena é simplesmente a perversão desses aspectos e aí fá-lo de acordo com uma doutrina com que nem todos concordam.
Supor-se que o prazer possa ter origem na vontade de uma outra entidade não é Cristianismo, é Maniqueísmo... Faz lembrar os fundamentalistas que acreditam que o Sars-Cov2 é uma invenção demoníaca...
Por último, caro anónimo das 11:00, sinto-me por uma vez obrigado a vir em defesa do José. Quem de nós, afinal, usa argumentos originais?
Mas que dá gozo vê-lo ranger os dentes e simplesmente dizer 'ides ver, ides ver', lá isso dá...
"Mas não se surpreendam se, entretanto, surgir um qualquer manifesto ou abaixo-assinado, subscrito por uma centena de pessoas (na sua maioria certamente católicas), a condenar estas declarações"
Esta frase que encerra o texto tem, simultaneamente, um tom profético e um toque humorístico.
Tiro na mouche. Até antes de o ser já o era. Temos já candidatos a fazerem filinha pirilau para o tal manifesto antecipado por Nuno Serra. Jose citará o amigo íntimo de Salazar, o cardeal Cerejeira. E JPF jurará que este está vivo, porque foi avistado a descer na segunda derivada de Passos.
Coisas de "moralistas" (i)materialistas
Quem acha que isto não é uma posição standard da Igreja desde o início foi muito mal ensinado. Vão lá ler Sto. Agostinho, por exemplo, e encontram a mesma mensagem. O prazer é visto como algo bom quando subordinado a fins considerados como bons, dado existir para servir esses fins. É isto que o papa está a dizer.
O "tomas" faz daquelas afirmações tão tão tão taxativas que parece que não é o "tomas"
Há uma posição standard na igreja? Há posições standard na igreja? E reconhecem-se como? Pelo carimbo régio, papal ou por uma norma europeia? Do Vaticano ou da Holanda?
E esse conhecimento sobre Santo Agostinho vem de onde? Do mesmo sítio de onde vêm as aldrabices habituais?
E é necessário vir o "tomas",um perito eclesiástico holandês,vir dizer o que vem dizer sobre o que o papa está a dizer?
Mas a que propósito? Então isto não é um "standard"? E os standards precisam do "tomas" vir dizer que estão muito mal ensinados quem não sabe os standards desde o início? Da Igreja que não de Santo Agostinho? Ou de Francisco?
Mais outro
Respeito muito este Papa mas reafirmar uma Verdade inerente à basica condição Humana é um lugar tão comum que só choca os mais papistas que o Papa.
É uma não notícia ouvir o Papa a dar o "aval divino" a algo tão natural como a sede.
Por "standard" refiro-me a uma tradição de pensamento ético que resulta da teoria de direito natural, e que formou a base do pensamento da generalidade dos padres e doutores da Igreja Católica. Pode lê-los directamente.
O prazer é derivado de um "telos" e prosseguir esse "telos" é o que é bem. Na medida em que o prazer impele o indivíduo a prosseguir esse "telos" é bom, e virtuoso. Na medida em que o prazer se encontra desligado ou vai contra esse "telos" é mau, e vicioso. Os prazeres "humanos, simples, morais" são os do primeiro tipo. Veja-se também depois a referência ao fim da manutenção do próprio corpo por via da alimentação, e da perpetuação da espécie por via do sexo.
De resto, não entendo as constantes referências à Holanda. Deverá estar a falar noutra pessoa.
Não percas tempo tomas.
O censor é hiperactivo.
O "tomas" acha que estou a falar no "tomas"
Já lá vamos
Definição de standard- "tradição de pensamento ético"
Faltam apenas os códigos de barras
Deixemos para lá as excitações de jose, o cultor de censores, daqueles de barba rija , de botas e com poder
Concentremo-nos nos disparates de "tomas" que não sabe o que diz. Ou melhor que aldraba da forma como "tomas" o faz
Faz lembrar aqueles arremedos à pseudo-filósofo de joão pimentel ferreira
Eis aqui, montado não na segunda derivada de Passos Coelho, mas noutras cousas mais esquisitas:
O prazer (hedoné) como fim (télos)é coisa de Epicuro. "A doutrina de Epicuro entendia que o bem reside no prazer, e, por isso, foi uma doutrina muitas vezes confundida com o hedonismo.O prazer de que fala Epicuro é o prazer do sábio, entendido como quietude da mente e o domínio sobre as emoções e, portanto, sobre si mesmo. É o prazer da justa medida e não dos excessos. É a própria Natureza que nos informa que o prazer é um bem. Este prazer, no entanto, apenas satisfaz uma necessidade ou aquieta a dor. A Natureza conduz-nos a uma vida simples. O único prazer é o prazer do corpo e o que se chama de prazer do espírito é apenas lembrança dos prazeres do corpo. O mais alto prazer reside no que chamamos de saúde. Entre os prazeres, Epicuro elege a amizade".
Cavalgar isto com Santo Agostinho é da mais pura ignorância, cabotinice, desonestidade ou tudo isto.
Na história do pensamento ocidental, os dois autores que mais ampla e profundamente trataram o tema do Prazer foram Aristóteles e São Tomás de Aquino Face à concepção claramente positiva desses dois autores há a assinalar o pessimismo da maioria dos autores clássicos gregos e latinos, pessimismo esse que, sobretudo por influência do estoicismo, marcou muitos dos autores cristãos, nomeadamente Santo Agostinho.
Quando Santo Agostinho se tornou católico tornou-se defensor da afirmação da procriação e da negação do prazer. Na realidade, depois de convertido ao catolicismo, o Agostinho que emerge parece ser outro bem diferente do que fora, e se torna irredutivelmente celibatário e apologista da virgindade.
Compare-se com a inenarrável colecção de disparates de joão pimentel ferreira, perdão "tomas"
Mais outro
Uma posição standard da igreja?
Ahahahah
Não existe "afirmação da procriação e negação do prazer", mas, sim, união e inseparabilidade entre os dois. O que preocupava Sto. Agostinho não era o prazer, mas antes a luxúria. Nisto referia-se, inspirado no seu passado, ao estado de paixão carnal em que as pessoas deixavam de ser mestres de si mesmas, perdendo controlo do seu próprio corpo e mente. Para Sto. Agostinho, o prazer se temperado e orientado para o seu fim natural não era algo mau mas antes algo bom, e paixão carnal era algo mau usado para bons fins.
Sto. Agostinho era apologista do celibato, que considerava superior ao casamento. No entanto, afirmava ao mesmo tempo que o casamento era algo bom.
Mais uma vez o nosso "tomas" insiste na aldrabice. Que não respeite aquilo que os outros possam pensar é lá com ele.Agora que não respeite o que andou a dizer é que é pior
Vamos relembrar o que este "tomas" disse?
"Quem acha que isto não é uma posição standard da Igreja desde o início foi muito mal ensinado"
Só mesmo classificar como de idiotice esta de se falar em "standards" da Igreja. É não saber qual o significado de Standard. E não saber minimamente o que são nem as Igrejas nem o conjunto dos crentes
Confrontado com a asnice o que faz o "tomas"? Aquilo que costuma fazer,como aliás aqui é notório. Foge para a frente. E como?
Acrescentando estas pérolas:Por "standard" refiro-me a uma tradição de pensamento ético blablabla e mais blablabla e o direito natural.E depois acrescenta esta frase demolidora "Pode lê-los directamente."
Fui à procura dos "standards da Igreja". Não os encontrei em lado nenhum. Até cheguei a perguntar a um amigo sacerdote. Ele fez uma pausa e disse: "lá estás tu com o teu pensamento apócrifo"
A frase é mesmo demolidora: porque revela que estamos perante um aldrabão de feira
Continua o pobre "tomas" num esforço ( também já habitual) para reformular o que disse com aquele à vontade dos neoliberais do Independent
(Façamos aqui um parentesis para citar Vicente Ferreira num seu artigo recente:
"O Economist funcionou desde o início como porta-voz da versão dominante do liberalismo, sendo que o anonimato dos artigos e a posição política assumida o tornam mais uma revista do que um jornal, o que se expressa no tom confiante e incisivo dos artigos – não por acaso, um editor aconselhava os recém-chegados à redação a escrever “como se fossem Deus”.
Ficámos a saber onde o "tomas" pimentel ferreira vai buscar aquela espécie de acertividade tão característica do género. Às feiras e ao Independent)
O que diz "tomas" inicialmente?
"Vão lá ler Sto. Agostinho, por exemplo, e encontram a mesma mensagem"
Não encontramos a mesma mensagem, não senhor. O que encontramos no palavreado do "tomas" é uma série de aldrabices, pintadas e retocadas para passar como verdades. Comum bastante neste "tomas" pimentel ferreira
Passemos de largo a tentativa de meter o Epicurismo aqui a martelo ( fazendo-o passar por Santo Agostinho). Vamos directamente ao ponto que mostra a desonestidade de "tomas".
Diz "tomas" pimentel ferreira:
"Não existe "afirmação da procriação e negação do prazer", mas, sim, união e inseparabilidade entre os dois. O que preocupava Sto. Agostinho não era o prazer, mas antes a luxúria...blablabla e mais blablabla..."Para Sto. Agostinho, o prazer se temperado e orientado para o seu fim natural não era algo mau mas antes algo bom, e paixão carnal era algo mau usado para bons fins".
Fim de citação
O faro apurado dos “cães de Deus” concentrou-se a partir de certa altura ( e até se especializou) na busca do sexo como pecado ( por isso as palavras de Francisco são de certa forma "revolucionárias" e inquietam tanta beatice carunchosa)
São muito conhecidos os anos “mundanos” da vida de Santo Agostinho, antes de sua
conversão ao cristianismo, na sua vertente católica. Quando Agostinho era maniqueísta ( concebendo a realidade sob um ponto de vista dualista, com dois princípios opostos)
fez a afirmação do prazer e a negação da procriação; depois, quando se tornou católico, tornou-se defensor da afirmação da procriação e da negação do prazer (Cito a fonte RANKE-HEINEMANN).
O que "tomas" pimentel ferreira diz?
"Não existe "afirmação da procriação e negação do prazer". Baseado nele próprio
Mente tomas pimentel ferreira. Mas mente como um neoliberal do Independent. Mente negando o que é verdade. E depois despejando uma série de blablabla como que a ocultar as bojardas que diz.
A doutrina da Igreja considerava o celibato sacerdotal superior ao casamento, mas a mulher era um perigo constante para os que proferiram votos de castidade. Nada se quer tanto como aquilo que se evita, e isso invade o pensamento a todo instante. Seja como for, para essa doutrina, o prazer deve ser evitado. Especialmente para quem vive em castidade e “no deserto”, os pensamentos solitários exigem combates “espirituais” terríveis e incessantes, como mostra o quadro “As Tentações de Santo Antão”, de Hieronymus Bosch. Santo Agostinho endureceu esse entendimento de negação do prazer pelo prazer e chegou a afirmar que é condenável e vergonhoso praticar o coito com a própria esposa e ao mesmo tempo impedir a gravidez.
Embora os filósofos gregos, de um modo geral, concordassem com a importância da
busca do prazer, com os estóicos e neoplatónicos o prazer tornou-se suspeito e torna-se clara a preferência dessas escolas de pensamentos pelo celibato, pela abstinência e pelo ascetismo rigoroso. Tal ideia foi absorvida pela Igreja e não poderia deixar de influenciar Santo Agostinho.
Saliente-se que a transição de Maniqueísta para Católico não foi fácil para Agostinho. Nem a da castidade . No seu livro Confissões escreve que a sua oração contínua era a de pedir a castidade a Deus, mas no seu íntimo sentia uma voz que também pedia a Deus que não tivesse muita pressa em torná-lo casto. Ou seja, continuou postergando sua decisão de ser casto. Um dia,no entanto enquanto orava, pedindo a castidade “para amanhã e sem pressa”, ele relata que a graça de Deus o tomou, fortalecendo-o na decisão de ser casto e de não tocar em mulheres
Depois desse momento tornou-se apologista firme da castidade. No pensamento de Santo Agostinho, o coito somente era permitido com a justificação da gravidez como finalidade; a relação sexual é um ato passível de culpa se não se tiver em vista a procriação. Teve enorme influência a orientação dos Padres da Igreja que viam o casamento como “concessão” à fraqueza humana, em razão do pecado. Em razão disso, com os grandes padres da Igreja – como Santo Ambrósio, São Jerônimo e Santo Agostinho – triunfou a noção estóica da procriação como o primeiro e único fim legítimo do casamento.
"Tomas" pimentel ferreira aonio eliphis rezará também para que se torne honesto?
Mas daqui a um ror de tempo, sem pressas...
Não tenho duas horas para lhe responder. As principais fontes do que lhe disse são o "Confissões" e o "De bono coniugali" de Sto. Agostinho. Com base neles, continuo a afirmar que não fez afirmação da procriação sobre o prazer, mas antes a afirmação da indissociabilidade dos dois, e que, relativamente ao prazer, o problema não é o prazer, mas o pecado (e vício) da luxúria, com ênfase para a perda de auto-controlo. As palavras do papa Francisco não são, por isso, revolucionárias, porque em momento algum ele dissocia o fim da reprodução do ato sexual (e consequentemente do prazer). Muito pelo contrário, afirma-o.
Nada do que disse é epicurismo. Não falei de prazeres moderados, nem do prazer como fim, mas sim de prazeres orientados para fins. Referi-me ao prazer sempre como algo derivado, sujeito a algo superior. Mas a associação ao estoicismo é, naturalmente, legítima, visto que foi em grande medida por influência desta tradição que a lei natural entrou no catolicismo, nomeadamente pela sua associação a S. Paulo.
Esteja à vontade para citar pensadores católicos que afirmem que prazer ou sexo sejam pecado.
Por standard, referi-me a uma tradição no pensamento da Igreja, afirmada, inclusive, por múltiplos papas. Já referiu autores suficientes para não poder dizer que não existe.
Por fim, não sou nenhum pimentel ferreira ou holandês, ou outra invenção na sua cabeça.
"Tomas" pimentel ferreira continua com os mesmos tiques.
Aprendidos nas feiras e no Independent. A corrigir o tiro quando isso lhe é possível. E a dizer as mesmas asneiras com o desplante dum de feira e dum do Independent.
Há antecedentes? Há e muitos.
Uma vez queria convencer-nos que "jardin", utilizado na derradeira frase do "Cândido" de Voltaire ("mais il faut cultiver notre jardin"), se poderia traduzir por "quintal", como estava numa" tradução que ele possuía". E em defesa da sua tese argumentava que "Ademais cultivar o quintal é mais adequada que cultivar o jardim"
Com isso arrumou-se logo a um canto. Porque nessa citação não se tratava do “cultivo” tradicional, da horta e do quintal". Tratava-se de outra coisa, mais profunda e bastante mais ampla.
Com isto JPF mostrava aquilo que era.
Mas o pobre não desistia:
"O dicionário da Porto Editora Francês-Português por acaso admite a tradução quintal/horta para "jardin". Em qualquer caso a responsabilidade não é minha, é do tradutor"
Ainda hoje estamos á espera que nos explique como um dicionário francês-português admite a tradução quintal/horta para jardin.
A que propósito vem tudo isto?
Porque tal como nunca lera o Cândido de Voltaire, este "tomas" também nunca leu o "Confissões" e o "De bono coniugali" de Sto. Agostinho.
Teve azar "tomas" pimentel ferreira.
Teve uma pressa danada de arranjar "standards" ( parece que citar autores que dizem coisas diferentes contribui para a definição cabotina da palavra "standards"- só mesmo do pimentel ferreira, lolol)
Para o comprovar citou Santo Agostinho. "Vão lá ler Sto. Agostinho, por exemplo, e encontram a mesma mensagem" Teve mesmo azar. Podia ter citado outros,mais "benignos". Mas não.Foi logo embatucar em Agostinho. Agostinho tido como um dos mais sólidos negacionistas do prazer, que até considerava
que "o coito somente era permitido com a justificação da gravidez como finalidade"; e que "a relação sexual é um ato passível de culpa se não
se tiver em vista a procriação".
Pobre"tomas". Continua a dizer o que ele ( tomas pimentel ferreira) pensa do que pensa ter lido nas obras de Agostinho. Que nunca leu
O que ele pensa que leu e as suas interpretações mais o blablabla adjacente é lá com ele. É a prova provada das fundações Feiras/Independent que reinam nos seus escritos
Porque ( a ver se é desta) esta frase "depois, quando se tornou católico, tornou-se defensor da afirmação da procriação e da negação do prazer" não é minha. Tem autor.
E já foi citado: Quando o Santo era maniqueu fez a afirmação do prazer e a negação da procriação, depois, quando se tornou católico, tornou-se
defensor da afirmação da procriação e da negação do prazer (RANKE-HEINEMANN, 1996,p. 93).Toda a papinha feita.
Não se tratam das idiotices da reescrita histórica do pensamento de Santo Agostinho. São citações independentes em versão "ipsis verbis"
Será que é desta que o coitado se deixa de dourar a sua ignorância com a sua própria ignorância ( parece que nem ler sabe) e com uma série de paleio ao lado para ver se passa?
Dizer que o coito só permitido tendo a gravidez como finalidade não é a negação do prazer. É, sim, o que já disse antes várias vezes: a indissociabilidade do prazer e da finalidade de reprodução. O "blablabla adjacente" talvez seja a parte que insiste em não perceber. Leia-o de novo.
Outra nota. Já lhe disse que não sou quem julga que sou, portanto não faço a mínima ideia do que está a falar em metade da resposta. E peço menos acusações, insinuações de intenções e ad hominems, sff.
Mais uma vez a confirmação.
Só mesmo alguém como joão pimentel ferreira para fazer estas cenas. Por um lado a fazer finca pé nas idiotices que patenteia. Por outro a tentar apagar todas as asnices que foi debitando ao longo do tempo. Com o toque pitaresco ( n vezes repetido ) de continuar a tentar negar quem de facto é. A falta de memória fá-lo esquecer as cenas macacas que já usou, auto-copiando-se até à exaustão. E à gargalhada a condizer
"Tomas" como já se disse teve azar. Muito azar. Claro que o seu azar é fruto dilecto da sua ignorância e da sua desonestidade. São palavras fortes, eu sei, e meço-as bem
Tudo isto começou por um post límpido de Nuno Serra. Pelo menos era o que aparentava. A questão foi tal que, até mesmo jose ( que depois reagiu pavlovianamente), deu sinais do incómodo pelas palavras do papa:
" o prazer sexual existe para que o amor seja mais bonito e para garantir a perpetuação das espécies"
Quem não vê nisto uma outra porta, uma lufada de ar fresco, merece os adjectivos que merece e não vamos perder tempo a enumerá-los. A situação é de tal forma clara que o autor do post continua. Segundo o "jornalista italiano Carlo Petrini, o Papa Francisco acrescentaria, com uma santa benevolência, ter havido no passado algum «excesso de zelo» nestas matérias por parte da Igreja, devido a «uma interpretação errada da mensagem cristã».
Isto são factos. Documentados. Pobre "tomas", convertido em negacionista patético
Acrescentará Nuno Serra que alguém "comentava que foi preciso esperar 2000 anos para ouvir uma figura de proa da Igreja dizer o que Francisco disse."
Mais factos.
Só mesmo um tipo com o quilate de um joão pimentel ferreira para tentar negar o óbvio. Desta forma tão mas tão tão, que se deixa à criatividade de quem lê, o completar esta frase.
JPF , vulgo "o tomas" ficou irritado. Crispado. O motivo de tal irritação derivará do facto de Francisco, o actual Papa, ter ousado ir mais longe e ter reclamado uma outra leitura do prazer. Isso irrita um aldrabão como JPF, já que tudo o que tenha uma nesga de contestação ao status quo, defendido pelas suas hostes, o põe aos pulinhos.
Mas há um outro motivo mais sério e mais plausível para ter reagido de forma tão destrambelhada, disfórica, crispada, idiota ... e com tanto azar para ele
Nuno Serra é magistral na parte final: "Mas não se surpreendam se, entretanto, surgir um qualquer manifesto ou abaixo-assinado, subscrito por uma centena de pessoas (na sua maioria certamente católicas), a condenar estas declarações"
Foi isto, foi este o gatilho, para o destempero do neoliberal JPF, oculto sob o anódino "tomas", vir à superfície desta forma tão, tão, mas tão.
Eis a correlação óbvia, salutar, irónica, oportuna, com as mais de 100 personalidades portuguesas que assinaram um manifesto contra a obrigatoriedade da disciplina de Educação para a Cidadania. Aí reunidas a fina flor do entulho, a brigada de reumático, os travestis de vários quadrantes, a segunda derivada de Coelho, os inimigos do serviço público e da cidadania esclarecida e participada. Com o apoio histérico de coisas como o observador e de medíocres imbecis como jmt
E os comentários que o pobre coitado do jpf derramou por não sei quantos blogs, sob não sei quantos nicks, a defender esta nova coqueluche arregimentada de tal manifesto...
Foi demais para o pobre. E saltou desta forma, feito boneco a pular como uma mola, de dentro da sua caixa de papagaio do observador
Merece menção a inqualificável utilização da palavra "standard" por parte do"tomas"
Começa assim:
"Quem acha que isto não é uma posição standard da Igreja desde o início foi muito mal ensinado"
Continua assim:
"Por "standard" refiro-me a uma tradição de pensamento ético que resulta da teoria de direito natural, e que formou a base do pensamento da generalidade dos padres e doutores da Igreja Católica. Pode lê-los directamente"
Acaba assim:
"Esteja à vontade para citar pensadores católicos que afirmem que prazer ou sexo sejam pecado"
Diacho.Então a posição standard da igreja é a tradição que formou a base do pensamento da generalidade dos padres e doutores da Igreja?"
Mas então os outros pensadores católicos que afirmam o contrário? Em que standards vão ser incluídos? Haverá um standard A e um standard Não A para a igreja? E podemos até lê-los directamente? Aos standards e aos outros standards que dizem exactamente o oposto?
Sim. É admitido o direito à gargalhada
Queríamos ao menos uma prova,uma citação, alguém que corroborasse esta tese desmiolada e desaustinada, apresentada pelo "tomas"
Não temos.
Teve um imenso azar, este pobre "tomas"
Foi logo embatucar em Agostinho. Agostinho tido como um dos mais sólidos negacionistas do prazer, que até considerava que "o coito somente era permitido com a justificação da gravidez como finalidade"; e que "a relação sexual é um ato passível de culpa se não
se tiver em vista a procriação".
Para Agostinho, "o amor apropriado ocorre quando se nega o prazer egoísta e se subjuga o desejo corporal em homenagem a Deus".
Considerava, por exemplo, que a ereção masculina era um pecado, apesar de involuntária.
Acreditava que o pecado havia entrado no mundo porque o homem (o "espírito") não havia controlado a mulher (a "carne")
"Tomas" nesta altura do campeonato não saberá o que fazer. A erecção será prazer se conduzir à procriação? Mas é pecado. O que fazer pensará involuntariamente "tomas"
Estas angustias que afectam o pobre.
Mas o melhor ainda está para vir.
No seu desespero de tentar dizer alguma coisa, "tomas" insiste:
"Dizer que o coito só permitido tendo a gravidez como finalidade não é a negação do prazer"
Ele e o coito. Ele de acordo com Agostinho. Tomas seguirá as prédicas de Agostinho sobre a permissão para o coito?
A que se agarra o pobre "tomas" pimentel ferreira? Ao coito permitido e à "indissociabilidade do prazer e da finalidade da reprodução"? Com erecção pecaminosa ou sem erecção?
Teve um imenso azar.
Se tivesse lido com um mínimo de atenção o dito por Francisco,citado por Nuno Serra, veria que aquele foi muito mais longe do que esta idiotice da procriação e do prazer
Cita-se:
" o prazer sexual existe para que o amor seja mais bonito e para garantir a perpetuação das espécies"
O prazer sexual existe para que o amor seja mais bonito. Não está acorrentado nem à procriação nem aos vagidos de quem anda com o prazer pela trela da procriação
Eis os "standards da igreja" a cumprirem a figura de parvo que sempre lhes coube
Pobre "tomas".Ele e Santo Agostinho ( mas este é bem melhor e um dia poderemos dizer porquê). Irmanados no prazer que não o é e na procriação que não o sendo, é-o, de acordo com a teologia própria de "tomas". Porque este também não voltará a pecar, como Agostinho prometera
Parece que não teve mais descendência. Tirando os seus múltiplos nicks
"Já que o coito - diz Morgado -
tem como fim cristalino,
preciso e imaculado
fazer menina ou menino;
e cada vez que o varão
sexual petisco manduca,
temos na procriação
prova de que houve truca-truca.
Sendo pai só de um rebento,
lógica é a conclusão
de que o viril instrumento
só usou - parca ração! -
uma vez. E se a função
faz o órgão - diz o ditado -
consumada essa excepção,
ficou capado o Morgado."
Natália Correia
(Quase tudo dito)
Acho curioso o facto de eu ler no que o JE cita aquilo que eu disse, e de o JE ler precisamente o oposto. Vejamos a última frase que cita: "o prazer sexual existe para que o amor seja mais bonito e para garantir a perpetuação das espécies". Daqui conclui que disse que o prazer não está associado à procriação, citando apenas a primeira oração. Algo escapou aqui.
Não estou a dizer que a posição de Sto. Agostinho é igual à do Papa Francisco, mas sim que a tradição de direito natural está vincada no que disse, e que a dita indissociabilidade está lá. Quanto ao que se entende pela dita indissociabilidade, há várias visões, sendo o poema que cita uma caricatura reles da mais extrema.
Aguardo, em resposta, um tratado a acusar-me de ser quem não sou, de não ter lido este ou aquele autor, ou a alegar que estou em desespero por ser incapaz de responder à sua esgrima verbal.
Algo escapou de facto aqui.
Tal como em algumas feiras. Sobretudo nos escribas do Independent
"Tomas" dixit:
" continuo a afirmar que não fez afirmação da procriação sobre o prazer, mas antes a afirmação da indissociabilidade dos dois"
Falso. Agostinho fez afirmações sobre o prazer,sobre a procriação e dissociou-os. Em Santo Agostinho triunfou a noção estóica da procriação como o primeiro e único fim legítimo do casamento. Para este "o coito somente era permitido com a justificação da gravidez como finalidade"; e que "a relação sexual é um ato passível de culpa se não se tiver em vista a procriação"
Tomas Dixit:
"Não existe "afirmação da procriação e negação do prazer"
Falso. Existe essa mesma afirmação. Textual. Na Holanda há quem tente negar a realidade. O pior é que lhe manquejam as fontes. Parece que as principais fontes do que disse são o "Confissões" e o "De bono coniugali" de Sto. Agostinho. Quando a aldrabice vai ao ponto de fazer-se passar por leitor de Santo Agostinho estamos conversados.Mas ao menos era bom apresentar alguém que corroborasse o lido em Agostinho, por alguém que nunca o leu.
Para Agostinho,"o amor apropriado ocorre quando se nega o prazer egoísta e se subjuga o desejo corporal em homenagem a Deus". E considera a ereção masculina como um pecado.
Agora deixemos o pobre "tomas" às voltas com o pecado da erecção, com a culpa do prazer, com a procriação culposa, com a subjugação do desejo corporal e com outras actividades da área do sado-masoquismo. Do "tomas"
Algo escapou aqui com efeito
Mais uma vez a aldrabice em forma de vendilhão de feira, com aquela "sabedoria" própria dum plumitivo do Independent
João pimentel ferreira, aliás "tomas", na versão 28 de setembro:
"Não estou a dizer que a posição de Sto. Agostinho é igual à do Papa Francisco"
"Tomas",aliás joão pimentel ferreira, na sua versão de 14 de Setembro, quatorze dias antes de vir tentar reescrever os factos ( é habitual neste morgado):
"Quem acha que isto não é uma posição standard da Igreja desde o início foi muito mal ensinado. Vão lá ler Sto. Agostinho, por exemplo, e encontram a mesma mensagem."
Afinal a posição standard da igreja não era tão clara.E fomos ver Santo Agostinho e não encontrámos a mesma mensagem.
Ah, espera. Afinal o "tomas" mudou de ideias e agora diz que a posição de Agostinho e de Francisco não é igual.
Ah, espera,mas a mensagem era a mesma
Ah,espera, as visões estão a atormentar o pobre "tomas". É o direito natural a infiltrar-se assim.
Só mesmo alguém como joão pimentel ferreira para fazer estas cenas. Por um lado a fazer finca pé nas idiotices que patenteia. Por outro a tentar apagar todas as asnices que foi debitando ao longo do tempo. Com o toque picaresco ( n vezes repetido ) de continuar a tentar negar quem de facto é. A falta de memória fá-lo esquecer as cenas macacas que já usou, auto-copiando-se até à exaustão. E à gargalhada a condizer
A Natália Correia estava inspirada. Bravo
Enviar um comentário