"De acordo com os dados do Banco Mundial, Portugal apresentava em 2016 a sexta taxa de fertilidade mais baixa do mundo. As previsões do INE apontam para que a população do país se reduza em mais de 2,5 milhões de habitantes até 2080, caso as tendências recentes se mantenham. Segundo os dados da OCDE, entre os países com economias mais avançadas Portugal é dos que gastam menos com políticas de apoio à família. Face a estes dados, a conclusão parece óbvia: é preciso que o Estado dê mais incentivos financeiros aos portugueses em idade reprodutiva para que tenham mais filhos.
A conclusão parece óbvia, mas não é. Há três perguntas que importa responder antes de dar o debate por encerrado: (1) O país precisa de manter os níveis de população actuais? (2) Aumentar o número de nascimentos é a solução para os desafios demográficos? (3) Os incentivos financeiros à natalidade são a política adequada? As respostas são: não, não e não."
(O resto do meu artigo no DN de ontem pode ser lido aqui.)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
51 comentários:
Examinando a questão do binómio qualificação/imigração:
Há uma contradição flagrante entre aquilo que deve ser um objectivo primordial de Portugal enquanto nação que é a qualificação da sua população residente (sem distinção entre "nativos" e imigrantes) e a absorção de grandes quantidades de imigrantes porque estes na sua maior parte têm baixas qualificações.
É que até nas questões de imigração o sacrossanto "mercado" está contra os nossos interesses:
Os imigrantes qualificados procurarão rentabilizar as suas aptidões em países que paguem melhor lá mais para o centro da Europa. Portugal ficará com os "restos" perpetuando o seu atraso estrutural.
Os nascidos em Pt criam vínculos de solidariedade que são uma barreira (relativa) à emigração para o centro da Europa, enquanto que as condicionantes financeiras actuam muito mais fortemente sobre uma população de imigrantes, fazendo uma triagem por aptidões: Os menos qualificados ficam, os mais qualificados re-emigram para o centro.
Além disso, onde está a necessidade de mão de obra, sobretudo com baixas qualificações?
Não é precisamente nessa faixa de baixas qualificações que o desemprego é mais agudo?
Qual é a vantagem de receber imigrantes que ainda vêm deprimir ainda mais o mercado de trabalho?
Não está em causa qualquer componente xenófoba, mas criem primeiro uma economia de PLENO EMPREGO e depois pensem em absorver imigrantes para colmatar déficits demográficos.
Portanto, lamento muito, mas ao contrário do que postula RPM no seu artigo, a imigração não é solução de espécie alguma para Portugal.
S.T.
As visões apocalípticas do impacto da demografia nos recursos são um dos sonhos/pesadelos de certas "elites" dissociadas socialmente e que perfilham uma ideologia catastrofista.
Um exemplo eloquente aqui:
https://medium.com/s/futurehuman/survival-of-the-richest-9ef6cddd0cc1
Será mesmo esse o caminho que uma suposta esquerda quer trilhar?
S.T.
«O Estado não precisa de interferir nas escolhas íntimas de cada um.»
Uma juventude metida nos copos e nas passas é uma escolha íntima cada vez mais visível.
Acasalamentos para cumprir programas de viagens turísticas é uma escolha íntima que constrói parentalidades tardias e pouco produtivas.
Acrescentar ao orçamento da cultura só acrescenta a um modelo de insatisfação crónica num progressismo de repúdio à tradição e à família.
Promover a imigração é a grande solução: entram directamente no mercado de trabalho, ainda fazem filhos, acham-se no paraíso e é bem provável que muitos vão morrer longe.
1) Não
2) Podemos importar imigrantes, nada contra!
3) Não, mas ajuda!
PS: ST continua na mesma, a cada posta a citar blogues e sites "de referência", os quais nem se dá ao trabalho de sequer ler.
Julgo que a questão não é o estado dar incentivos para que se tenham mais filhos, a questão FUNDAMENTAL é o estado respeitar os direitos de quem trabalha, é os estado ter uma verdadeira politica de desenvolvimento económico.
A-Silva
O binómio qualificação/imigração levantado pelo S.T. é interessante.
Se a imigração afeta positivamente sobretudo as contas financeiras a curto prazo, impondo potencialmente algumas pressões negativas na produtividade a longo prazo, então não é óbvio que o problema da sustentabilidade da segurança social estaria a ser aliviado, já que o aumento da produtividade é muito importante para garantir essa sustentabilidade.
Se assim for, então a imigração seria um fator de gestão de curto prazo das finanças públicas (e não um fator de alivio de longo prazo). Então convém não perder o horizonte de longo prazo, já que a maldita produtividade tem andado bastante estagnadinha nas últimas duas décadas.
E não basta falar dos constrangimentos existentes. É preciso dizer já o que se vai fazer depois de estarmos libertos desses constrangimentos. É preciso planeamento.
Dizendo apenas, como outros autores deste blog o fazem, que saindo do euro, as coisas vão ficar muito melhores a longo prazo, é muito insuficiente. É preciso tratar do problema da dívida, é preciso olhar para os setores de atividade económica e ver quais são aqueles que devem emergir e aqueles que devem estar mais contidos, para bem do mal definido bem público.
E não, não devemos pagar para que as pessoas tenham mais filhos, devemos pagar (ainda que principalmente por outras vias além dos incentivos monetários) para as pessoas que querem ter filhos os tenham.
Com que base é que afirma que o excesso de população humana é hoje um sério problema ambiental à escala global? Quem são os que estão a mais neste espaço global?
Como é que um economista dito de esquerda aponta as alterações demográficas como a causa de uma suposta insustentabilidade financeira de um sistema reciproco?
Desculpe a franqueza mas achei lamentável este seu artigo.
Sem querer ser nacionalista lembro no entanto que os povos devem ser dotados de um salutar sentido de auto-preservação.
A memória histórica é boa conselheira no que toca à política e à antropologia.
Lembro que as tribos dos primeiros povos da América do Norte foram dizimados primeiro pela fome com a quase extinção do bisonte e depois pela doença com cobertores infectados com varíola e outras doenças.
Como vai ser com os portugueses? Começa-se por lhes subtrair o controle do seu sistema bancário, incentiva-se a colonização empresarial por capitais do centro da Europa.
Destrói-se modos de vida e meios de sobrevivência.
Incentiva-se a emigração dos mais aptos que vão integrar os quadros do novo império germano-franco mas em posição minoritária e subordinada. Não como patrões mas como serventuários.
Se o povo resistir a isso tudo que meios de genocídio "suave" passarão a ser empregues?
Portugal não é a Grécia? Ou será que só estamos um bocadinho atrasados?
http://www.greekcrisis.fr/2018/07/Fr0679.html#deb
Pelo menos temos a vantagem de não ter vizinhos como a Turquia...
S.T.
Ao anónimo do post de 18 de julho de 2018 às 16:00
Note-se bem que a minha objecção se estende também ao curto prazo. Em minha humilde opinião a economia portuguesa não tem condições para aproveitar de imediato os eventuais benefícios de um afluxo de mão de obra. Se temos excesso de mão de obra "nativa" que não aproveitamos, que iríamos fazer com ainda mais mão de obra?
Eventualmente só no médio prazo é que poderia haver vantagem na mão de obra imigrante, tal como o RPM explica. Mas ainda assim condicionada a um andamento muito positivo da economia que eliminasse a "folga" de mão de obra excedentária que por enquanto temos.
Aliás, de toda a EMU só a Alemanha e a Holanda podem tirar benefícios do afluxo de imigrantes. E ainda assim prejudicam os países periféricos.
Como? É simples!
Na medida em que os imigrantes geram uma pressão para a baixa dos salários nos países do centro da EMU, baixa também a inflação nesses países, tornando ainda mais difícil a recuperação da competitividade aos países periféricos que se vêm forçados a acompanhar a tendência deflacionista da Alemanha. A competitividade torna-se assim uma espécie de cenoura à frente do focinho do burro que por mais que puxe a carroça nunca a alcançará.
Isto é, mesmo sem porem sequer um pé em Portugal os imigrantes com destino à Alemanha prejudicam-nos. Não é fantástico?
Recordam-se de Krugman ter dito que para se equilibrar a zona Euro em matéria de competitividade só havia duas maneiras: Ou gerar mais inflação no centro do que na periferia, o que tem sido liminarmente recusado pela Alemanha; ou gerar deflação na periferia, que foi o caminho preferido, apesar de Krugman ter explicitamente prevenido que seria o pior, pela recessão que induziria.
S.T.
A lógica que nos querem impôr com a invocação da crise demográfica é infantilmente simples:
Haaa, coisa e tal, como as novas gerações activas e contributivas são menos numerosas que as que caminham para a reforma o esforço per capita activa é muito maior. Vai daí vai ser necessário instituir o sistema de capitação individual dos descontos para se evitar a ruptura da SS.
E esta lógica, claro está, é ouro sobre azul para a privatização dos fundos de pensões.
E esta é a taluda a que o sistema financeiro privado almeja: Dar o bote ao sistema de pensões gerido pelo estado e baseado na solidariedade geracional.
Percebem qual é o esquema?
S.T.
12 e 44?
Independentemente do conteúdo que ficará por abordar no momento, há algo que não pode passar.É esta referência desbocada e espantosa a ST. Segundo o sujeito das 12 e 44, este ST continua na mesma, "a cada posta a citar blogues e sites "de referência", os quais nem se dá ao trabalho de sequer ler".
Isto é de uma presunção incrível. Como afirma este tipo tal coisa? Nada tem demonstrado tal comportamento por parte do comentador citado ( concorde-se ou não com ele). Pelo que as suspeitas de estarmos perante aquela espécie de energúmeno ( com um pedido de desculpas a RPM) que anda por aí em tudo o que é espaço mediático a pregar a governança de Coelho e os postulados de Myses. Um tipo de uma centena ou mais de nicks, como ulisses ou aonio eliphis ou joao pimentel ferreira.
Um "anónimo" diz por aí:
"Dizendo apenas, como outros autores deste blog o fazem, que saindo do euro, as coisas vão ficar muito melhores a longo prazo, é muito insuficiente. É preciso tratar do problema da dívida, é preciso olhar para os setores de atividade económica e ver quais são aqueles que devem emergir e aqueles que devem estar mais contidos, para bem do mal definido bem público."
Mais uma manipulação(zita) que não pode passar. A eventual saída do euro é um assunto sério e que não cabe no pronto-a-vestir feito a despropósito pelo referido "anónimo". Tal como o problema da dívida. Pelo que não se compreende a chamada de atenção para estes temas e ainda menos os disparates superficiais e um pouco manhosos sobre o mergulho ( ou não ) dos sectores económicos blablabla.
Argumentário pobre.
entretanto na Alemanha é normal casais com boas carreiras conseguirem ter 3 e 4 filhos e nós vamos caindo na esparrela de nos extinguirmos enquanto povo.
a questão atual não se põe sequer no estado financiar quem tem filhos, põe-se com o facto de ter filhos ser extremamente oneroso para um cidadão normal. Começando pela indisponibilidade de creches quase 3o mundista (por exemplo países de leste supostamente menos avançados têm uma oferta bem superior à nossa). Criar uma rede nacional de creches não é sequer apontado como uma prioridade pela maioria dos políticos.
Outro exemplo crasso. Nas atuais discussões sob habitação é extremamente mediatizada a questão dos idosos que vão ficar sem casa mas o espaço mediático dado a quem vai ter um filho e não consegue arranjar uma casa em condições nunca é falado. É totalmente subalternizado. Porquê? É um problema menor? Porque é que um idoso de mais de 65 anos (o que é incrível porque deve ser uns 20% da população portuguesa) têm proteção acrescida no arrendamento com a atual suspensão dos despejos e quem tem filhos em idade escolar não tem direito a esssa mesma proteção?
Ser mãe/pai de classe média em Portugal deve ser das situações em que se tem mais obrigações e menos direitos e o resultado é obvio. Ninguém ainda se dedicou a sério a estudar a situaçao de desigualdade de quem opta por ter filhos face a quem não tem em Portugal mas acho que seria um estudo sociológico com bastante interesse.
Existe um problema grave de que enfermam todos os economistas, pensam que a sua vã "ciência" lhes permite fazer previsões sociológicas gerais! Tem-se visto o rol de catástrofes que têm deixado para trás! Mas a sua arrogância não diminui!! Fique a saber o autor do post, que a população actual já não é sustentável, consome 1.6 planetas. Fique a saber que as previsões mais sérias contam com aumento populacional, por contribuição dos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. O aumento do padrão de consumo da China terá uma contribuição decisiva. Agora Ricardo, quantos biliões quer eliminar para a sustentabilidade ser conseguida? Por favor diga ao povo Chinês que não poderá ter um padrão de consumo igual ao padrão ocidental! São argumentos de quem não viu bem o filme... Aqui há tempos alguém dizia que era uma sorte, no blogue, começarem a aparecer livros realmente importantes, como o Colapso de Jarde Diamond, a serem discutidos. Realmente com livros sérios o nível do debate sob muito. Agora recomendo "A Estranha Morte da Europa" de Douglas Murray, para nos deixarmos de moralismos bacocos, e vermos a realidade como ela realmente é! Também pode ler Submissão» de Michel Houellebecq, antes que matem este autor...
João Pimentel Ferreira volta em força
Também temos a solução Macedo, que o Vítor subscreve: os velhos que morram o mais depressa possível depois de já não contribuírem para a burguesia.
Mais uma vez o Vitor Pimentel Ferreira a falar nos países do leste como exemplo. Já o fez ali ao lado no observador
E mais uma vez com reminiscências daquele criminoso passista, deputa do do PSD, que veio falar sobre a geração e a peste grisalha
Caro anónimo das 22:54,
Precisamente por causa destes assuntos serem sérios é que são referidos. Portanto, o seu propósito é falar de coisas que estão todas ligadas, como a pertença de Portugal à UEM, a sustentabilidade da SS e a produtividade.
Pronto a vestir? Pedir mais planeamento quer dizer mais o voltar à costura (do vestido) do que propriamente vestir algo já pronto a vestir…
Pode ser superficial, mas um grande disparate seria a economia portuguesa continuar em modo de quase piloto automático do liberalismo económico vigente.
Se ainda acha que estou a dizer um disparate, então queira fazer o favor de iluminar a sala.
Disparate?
Isso e muito mais Conversa para boi dormir típica de quem foi apanhado com as calças na mão
A assobiar para o lado,da forma também típica
Sr.º Paulo Marques então o srº acha que a defesa dos direitos dos pais e dos jovens viverem e terem família em POrtugal se opõe aos dos mais idosos é isso? Na minha opnião a curto prazo até poderá ter razão, provavelmente para se dar mais direitos aos mais jovens talvez se tenha que cortar nos dos mais velhos mas eu acredito que a melhor defesa dos mais velhos será sempre a promoção da criação de novas famílias portuguesas e que os jovens portugueses não tenham que emigrar para terem mais facilidade em constituir família.
Agora a verdade é que a política em Portugal se precupa mais com a manutenção de direitos como o de receber pensões acima de 1600 euros por inteiro (que são só o dobro do salário médio) do que com as grávidas que continuam a ser despedidas ou a não ter os seus contratos renovados. Situações como a falta de direitos a maternidade/paternidade das pessoas que trabalham a recibos verdes, empresas unipessoais, trabalho temporário e bolseiros são praticamente ignoradas.
Lá está o Vitor Pimentel Ferreira com o discurso do ódio face aos mais velhos
E a dizer as tralhas que estes tipos andaram a debitar, anos a fio, nos anos de chumbo da maldita governação
Com os resultados que se conhecem
Dividir ê preciso e este Pimentel Vitor Ferreira é o que mais tenta
Agora este rancor aos mais velhos acompanhado deste lambe-botas aos mais novos, esquecendo que quem explora os mais velhos é quem defende a precariedade laboral e a flexibilidade no trabalho é que não pode passar
A eliminação dos grisalhos ainda não foi aprovada para desgosto da horda neoliberal
O que a conversa fiada do Sr Vitor esconde é a tentativa de eliminar a memória e os direitos conquistados por gerações anteriores sob pretexto de "melhorar" as condições de vida das novas gerações, o que é manifestamente falso.
Melhores condições de vida conquistam-se, não se transferem num "negócio" de soma nula.
Não é preciso andar a roubar as reformas aos velhinhos nem os velhinhos têm "direitos a mais".
É a degradação das condições de vida dos que entram no mercado de trabalho que devem ser detidas e não fazer-se o nivelamento por baixo que o Sr. "Vitor" preconiza.
As novas gerações têm é direitos a menos e sobretudo falta de oportunidades devido ao famigerado euro.
Ponham os vossos olhinhos nos populistas "de direita" da Legha, que aparentemente estão a implementar políticas sociais "de esquerda". Confuso? Realmente parece que anda tudo baralhado. LOL
Blogpost de Jacques Sapir:
https://www.les-crises.fr/russeurope-en-exil-les-virages-a-gauche-par-le-nouveau-gouvernement-italien-par-jacques-sapir/
S.T.
Ainda quanto ao titulo do post, parece-me que "pagar às pessoas para se reproduzirem" é uma maneira pouco simpática de enquadrar o problema.
A economia da substituição de gerações alterou-se substancialmente com todas as mudanças culturais, sociais e cientificas desde a revolução industrial. E é nesse contexto que urge introduzir correcções que estabilizem a população dos países sem recurso a migrações em massa que são sempre acompanhadas de convulsões profundas.
É ingénuo esperar que importar grandes massas de seres humanos com cultura e religião diferentes seja inócuo para os que os recebem. Bem basta quando cataclismos naturais a isso o obriguem.
No caso, a imigração do Médio Oriente (Síria e Iraque), Ásia (Afeganistão) e África Sub-Sahariana não é fruto do acaso. É um fenómeno de engenharia social que tem por objectivo desestabilizar as sociedades europeias e facilitar o controle das populações europeias pelas elites globalistas.
Quem ainda acredite em contos da carochinha multiculturais melhor faria em ler alguma coisa de geopolítica e geoestratégia. Aí se pode sentir nas várias teses o pulsar dos objectivos de longo prazo das grandes potências. Mas para se navegar em alto mar é preciso ter instrumentos e sobretudo conhecimento. E não se ficar pela espuma das idiotices que os mé(r)dia nos querem fazer engulir diáriamente.
S.T.
Direitos para o vitor pimentel ferreira é ter pensões de 1 600 euros?
O cheiro da cobiça de quem quer as pensões para a alçada dos privados?
Mas se ganham 1 600 euros,não foi por terem descontado para isso? Com o seu salário?
Este tipo, vitor pimentel ferreira, quer roubar os outros, fazendo demagogia barata tal qual um mafioso a julgar-se com direito ao saque?
Mas com que direito se advoga desta forma inqualificável o roubo puro e simples?
Pensará que está a falar lá no Observador ou no seu trio habitual com o aonio eliphis?
Entretanto este pimentel ferreira ganha mais de 12 000 euros mensais como examinador de patentes.
Este vitor é uma fraude ( um pedido de desculpas pelo tom forte)
Taxativo afirma: "Sr.º Paulo Marques então o srº acha que a defesa dos direitos dos pais e dos jovens viverem e terem família em POrtugal se opõe aos dos mais idosos é isso?
Será que não percebe ou finge não perceber que quem acha isto é o próprio vitor? Que não percebe ou finge não perceber que Paulo Marques se opõe de tal forma a esta ideia, que confronta este vitor com uma eventual solução defendida pelo mesmo vitor?
Que os velhos morram o mais depressa possível?
É o próprio vitor a achar que " defesa dos direitos dos pais e dos jovens viverem e terem família em POrtugal se opõe aos dos mais idosos". Ele próprio o confirma logo de seguida:"Na minha opnião a curto prazo até poderá ter razão, provavelmente para se dar mais direitos aos mais jovens talvez se tenha que cortar nos dos mais velhos"
E agora tenta empurrar para outrem o odioso duma posição insustentável de eugenia abjecta, que inspirou e inspira nazis?
Há mais.
Quem roubou salários e pensões foi precisamente quem fez o convite à emigração dos jovens. Passos Coelho, a face mais visível do cumprimento das políticas neoliberais, usava aquele tom truculento, pesporrento e caceteiro ao falar no assunto e ainda por cima gozava com os "coitadinhos" que não queriam sair da sua zona de conforto.
A realidade é tramada.
A emigração dos jovens é filha dilecta da mesma cambada que arruinou a vida de tantos portugueses. Que afectou os mais velhos ao ponto de estes terem deixado de poder ser o sustentáculo das gerações mais novas ( daí a emigração). As consequências dos efeitos de tão criminosas políticas aí estão, visíveis para todos. Miséria e fome, despedimentos e roubos. De salários, de pensões, de dias feriados. Os despejos singraram sob a batuta de Cristas.
E agora vem este tipo, este "vitor", querer vender como saída para a presente situação, o saque aos mais velhos, o roubo de pensões legitimadas pelos descontos dos trabalhadores?
Vem vender como saída para os que são cilindrados pelo neoliberalismo, as grávidas que continuam a ser despedidas ou a não ter os seus contratos renovados, a maternidade/paternidade das pessoas que trabalham a recibos verdes, empresas unipessoais, trabalho temporário e bolseiros, a todos estes que são esmifrados pelas políticas neoliberais, vem vender como saída o saque aos mais velhos?
Eis um processo abjecto de virar faixas etárias umas contra as outras. Fazer a apologia ao roubo dos mais fracos, "esquecendo" que, no que diz respeito às pensões, são os patrões que devem milhares de milhões de euros à segurança social (que é duplamente prejudicada por este verdadeiro assalto).
Mas há mais. Durante os anos de chumbo da governança de Passos quem foi mais prejudicado foram os que menos tinham. A pobreza aumentou. A miséria também. Mas houve quem ficasse beneficiado, quem viu aumentar as suas fortunas, quem tenha feito bons negócios à custa da pilhagem dos nossos recursos, quem tenha visto os seus prejuízos serem cobertos pelo erário público e pelos empréstimos leoninos dos credores. Houve também quem se apropriasse da riqueza produzida na periferia, dum euro que servia e serve o centro europeu e os grandes desse mesmo centro
E é aos mais velhos, aos reformados e pensionistas, aos que ganham 1 600 euros de pensão, que este tipo vem agora fazer um apelo ao seu roubo, rasurando todos os outros que de facto vivem à tripa forra e que constituem o topo da pirâmide?
Este tipo é uma fraude. Mas é mais do que isso. E o "isso" é mesmo perigoso
Não Sr.º S.T. o que a conversa "fiada" do Vítor pretende é que esses direitos "conquistados" se estendam a todas as gerações e não apenas à geração do 25 de Abril. E que esses direitos realmente sejam "conquistados" e não "impostos" às gerações seguintes sob a forma de dívida e de precariedade.
Ou nega que a lógica do sistema de pensões se baseava no crescimento da massa salarial dos trabalhadores o que efetivamente não aconteceu? Ou nega que as gerações atuais têm níveis de precariedade muitos superiores aos da geração do 25 de Abril?
Esses direitos "conquistados" são para todos ou são só para uma certa elite?
Hoje em dia no mundo real um salário superior a 1600 euros é um luxo. Contudo estes trabalhadores descontam impostos e segurança social para benefício de pessoas com pensões muito mais elevadas. Mas isto faz algum sentido? não deveria ser ao contrário? Pensões muito elevadas descontarem para ajudar as pessoas com salários mais baixos?
O "Vitor"-pimentel-aónio-cunhal-cunha-simões, canta muito bem mas não me alegra.
"Esquece-se" que a origem das reduções das remunerações que fazem os 1600 euros "um luxo" tiveram origem no passismo e na doutrina faralhada de redução do défice por cortes salariais.
Com os resultados desastrosos que todos conhecemos.
Esquece-se que a "crise da dívida" teve origem numa concepção errada do euro que entrega o financiamento dos estados a mercados especulativos que colocam os estados à mercê do sistema financeiro globalizado.
Estamos numa pausa criada por Draghi num acto de prestidigitação, mas o problema está longe de ser resolvido.
A "divida" de que fala é uma atoarda ordoliberal de profunda ignorância financeira porque estados com um banco central digno desse nome financiam-se a taxas quase simbólicas porque é a maneira de fazer crescer a economia. A MMT do blog de Bill Mitchel explica.
Por essa situação que descreve agradeça ao famigerado governo da PAF mais a depressão perfeitamente escusada que engendraram de conchavo com os eurocratas de Bruxelas.
Quanto á precaridade, idem, idem, aspas, aspas! Faz parte da receita neo/ordoliberal pelo que estar agora a dar graxa ao cágado é a maior das hipocrisias.
S.T.
As tretas de vitor pimentel ferreira
Diz o vitor:"o que a conversa "fiada" do Vítor pretende é que esses direitos "conquistados" se estendam a todas as gerações e não apenas à geração do 25 de Abril".
Mente vitor pimentel ferreira. O que ele disse é elucidativo.
O que ele quer não é qualquer extensão do que quer que seja. O que quer é ir roubar aos mais fracos , aos mais idosos. É ir roubar aqueles que ganharam o direito à sua pensão.
E acirrando o confronto geracional. Velhos métodos pidescos de dividir para reinar
Diz vitor pimentel ferreira:
"E que esses direitos realmente sejam "conquistados" e não "impostos" às gerações seguintes sob a forma de dívida e de precariedade"
Direitos conquistados conquistaram-nos os trabalhadores à custa de muito suor, sangue e lágrimas. Se vitor pimentel aonio ferreira não gosta do 25 de Abril ele que vá coçar na pata branca do friedman que apoiava os regimes do género do que caiu com fragor
A fraude de ainda invocar Abril como desculpa é demasiado idiota, mesmo para um tipo que repete as idiotices do Observador.
A precariedade foi, é, produto directo do neoliberalismo e foi esticada ao máximo na governação daquele traste do Passos . Ainda nos lembramos daquele imbecil com cara de parvo defender que tinha sido com este que se alcançara a maior luta contra o desemprego.
A dívida foi-nos imposta por muitas e variadas razões. O descalabro da crise do subprime ocorrido em 2007 tem a ver tanto com Abril como a honestidade tem a ver com quem usa múltiplos nicks. Para a dívida concorreram tanto as fraudes dos banqueiros como os processos em uso pela ditadura neoliberal. E teve um papel central o euro e o seu processo de transferir riqueza da periferia para o centro.
Invocar Abril nestas condições é mentir e aldrabar.
E é sintoma duma cretinice espantosa. Na altura do pico da crise dizia-se que andávamos por aí a viver à grande e à francesa,que se vivia acima das nossas possibilidades, que os portugueses eram preguiçosos e tudo o mais que satisfizesse os objectivos da canalha neoliberal.
Como se sabe os países da periferia foram caindo nas malhas da austeridade made in troika. O discurso tornou-se fanhoso e começou a dar ares de cassete cretina.
Qual a justificação para o panorama das pensões nos outros países estar sensivelmente igual à de Portugal?
Foi também por causa de Abril?
Diz o vitor pimnentel ferreira: "Ou nega que a lógica do sistema de pensões se baseava no crescimento da massa salarial dos trabalhadores o que efetivamente não aconteceu"?
O que aconteceu foram as fraudes maciças em relação à segurança social. Os roubos a esta.O não pagamento das prestações por parte de um patronato que assim roubava em dois carrinhos. A não transferência de verbas, consignada na legislação, do Orçamento de Estado para a segurança social
O que aconteceu foi uma crise austeritária comandada pela troika e capitaneada por Passos que aprofundou a crise e que comprometeu ainda mais a segurança social. Os despedimentos atingiram números exorbitantes. Diminuíram-se as receitas da segurança social, comprometeram-se as reformas dos que não arranjavam trabalho e dos que navegavam na precariedade
Ou seja, o que falhou de todo foi este modelo de sociedade em que a riqueza foi sendo cada vez mais absorvida pelos do topo, enquanto a imensa maioria via os seus salários diminuírem ou simplesmente acabavam no desemprego
Ou seja. A tralha neoliberal é responsável por este estado de coisas. E agora vem, invocando a trampa imensa que fizeram, tentar desta forma justificar mais roubos , mais miséria , maior degradação das condições de vida das pessoas
Já não bastava a este vitor pimentel ferreira vir defender teorias eugénicas, repetindo o estribilho daquele deputado do PSD sobre a geração grisalha, como agora quer justificar a continuação do saque neoliberal com as consequências do saque neoliberal pretérito?
Diz vitor piemntel ferreira:
"Ou nega que as gerações atuais têm níveis de precariedade muitos superiores aos da geração do 25 de Abril? "
Mais de 40 anos depois ainda tentam fazer demagogia com algo que lhes está entalado na gargantilha
Por acaso em 1974 as classes trabalhadoras tinham mais peso e o mundo estava mais equilibrado. Mas sobretudo os ventos terríveis do neoliberalismo ainda não tinham semeado a miséria e o caos, a financeirização e a desregulação, que vieram depois a acontecer
Pelo que este choro de pimentel vitor ferreira sobre o presente estado de coisas é apenas o choro hipócrita de quem quer empurrar com a barriga a trampa feita pelos seus.
Diz vitor pimentel ferreira:
"Esses direitos "conquistados" são para todos ou são só para uma certa elite?"
Já foi desmontada a treta enraivecida e demagógica para com Abril
A dimensão dos "direitos conquistados" mede-se pela frase do multimilionário que disse que há uma guerra de classes e que quem a está a ganhar é a dele.
É preciso esfregar na face de vitor pimentel ferreira que a riqueza se está a concentrar numa elite. Mas que essa elite não é a pretensa elite que o vitor nos quer impingir. Os do topo estão a cada dia que passa mais ricos. É esta a verdadeira elite. A referência a outras elites é apenas o registo macaqueado dum discurso propagandista, que já deu frutos ao tempo, mas que hoje esbarra frontalmente com a realidade
Pelo que a repetição das bacoradas que se ouvem quotidianamente no Observador e nos antros afins por aqui não passa impune.
Sorry vitor . Tenho a certeza que a Nadia concorda comigo. E não só nesta questão
Diz o vitor:
"Hoje em dia no mundo real um salário superior a 1600 euros é um luxo",
Ele ganha mais de 12 000 euros como examinador de patentes.. .O que demonstra bem a sua hipocrisia.
Contudo nem é isso que de facto importa. O que importa é esta noção que as classes possidentes querem incutir aos demais que hoje em dia ter 1 600 euros é um luxo.Que ter um emprego é um luxo.Que trabalhar sem subsidio de Natal e de Férias é um luxo. Que o patrão assediar os trabalhadores é um luxo
Qualquer dia será um luxo ter que pagar para trabalhar.
Mas há mais. Naquele registo do luxo associado a tal montante vai a desfaçatez da asneira, a que se associa outra coisa ainda pior. É o silêncio cúmplice, obrigado e conivente face aos verdadeiros detentores do luxo.
Continua vitor a marinar na sua maionese. E é assim que diz o seguinte:
"Contudo estes trabalhadores descontam impostos e segurança social para benefício de pessoas com pensões muito mais elevadas. Mas isto faz algum sentido? não deveria ser ao contrário? Pensões muito elevadas descontarem para ajudar as pessoas com salários mais baixos?"
Há aqui alguma coisa de repugnante.
-Não se sabe se tal deriva da ignorância atroz de como funciona a segurança social.
-Se tal deriva da demagogia animalesca de colocar os pensionistas em regime de caritativos personagens, depois de terem pago a contribuição que lhes foi exigida
-Se tal deriva do ocultar que quem tem o dinheiro não são os pensionistas mas sim o Capital.
-Ou se tal deriva do facto que nunca ocorre a estes tipos perguntas do género " Mas isto faz algum sentido? não deveria ser ao contrário? Os tipos com muita massa, os que ganham tanto como metade da população do globo, os Passos da tecnoforma, os cavacos das acções do BPN, os Portas dos submarinos, os Oliveira Costa do BPN, os DDT do BES,os holandeses e alemães que nos sugam, descontarem para ajudar as pessoas com salários mais baixos?
De facto há qualquer coisa de repugnante.
Como dito já aí em cima, estamos perante uma fraude perigosa
S.T.-pimentel-aónio-cunhal-cunha-simões, quem diz é quem é jacaré...
S.T. a única coisa que saber dizer é que está contra o euro e que o euro é a origem de todos os nossos problemas.
Considera que o Draghi fez uma grande "predistigitação"> quando algo semelhante começou a ser feito pelo FED com uns 10 anos de avanço. Não tem a capacidade de perceber que Draghi não fez presditigitação nenhuma, simplesmente o que fez foi implementar medidas óbvias na altura em que essas medidas beneficiavam a Alemanha e os países mais desenvolvidos, quando no interesse de Portugal e dos restantes países essas medidas deveriam ter sido tomadas muito antes (2010.2011.
Considera que o "luxo" dos salários de 1600 euros começou com Passos> como se o salário médio antes do Passos fosse muito superior aos 800 euros atuais. Como se a grande expansão dos recibos verdes, a criação das empresas unipessoais não tivesse começado muito antes (recibos verdes com o Cavaco, trabalho temporário penso que terá sido Guterres?, empresas unipessoais com o Sócrates)
Depois fala de estados com um banco central digno desse nome> aqui até estamos de acordo. (se bem que ultimamente estados com um banco central digno desse nome, se forem menos alinhados com os USA, tendem a ser invadidos e bombardeados...)
"Por essa situação que descreve agradeça ao famigerado governo da PAF mais a depressão perfeitamente escusada que engendraram de conchavo com os eurocratas de Bruxelas."> relativamente a isto até estamos de acordo.
Também achei piada à afirmação do S.T. nuns comentários acima em que se mostava muito espantado por um partido de direita implementar medidas de "esquerda" como se essa história dos partidos se identificarem como de esquerda ou direita ainda fosse minimamente relevante nos dias de hoje na realidade da União Europeia.
Basicamente a culpa é toda de PAssos e do Draghi e a solução é sair do euro.
O que o senhor S.T não diz é que seria muito provavelmente um dos grandes efeitos da saída do euro (e isto caso as coisas não corressem mal), seria a desvalorização das pensões relativamente ao salário médio. O euro acaba por ser das maiores reservas de valor dos pensionistas pois têm as suas pensões valorizadas em euros e os salários não sobem pelo facto da moeda ser extremamente valorizada. Se as pensões fossem em escudos receberiam valores muito mais desvalorizados. No fundo o que S.T defende é uma forma elegante de desvalorizar as pensões e depois enche a boca de acusações de Pimentel-Aonio.em vez de apresentar os seus argumentos de forma urbana e civilizada.
Vitor pimentel ferreira continua na sua gesta.
A da fuga e a do silêncio. Cala-se que nem um rato perante o que se lhe denuncia
E continua a dizer disparates
E a mentir
Como por exemplo aqui:
"S.T. a única coisa que saber dizer é que está contra o euro e que o euro é a origem de todos os nossos problemas."
Isto é falso e idiota. Falso porque o é. Idiota, porque qualquer leitor deste blog o sabe
Vitor pimentel ferreira tenta de seguida uma estratégia. Uma estratégia para o lado.
E atira a bola para Dragui. Para o FED. Reveste as coisas com a tinta dos tempos idos, pintando-as até como críticas para o seu ai-jesus, a Alemanha e a Holanda. Tretas que são logo desmanchadas nos trechos a seguir. Um euroinómano escondido, a fingir aquilo que não é.
Pois é. A treta da fuga para os braços de Dragui não serve.
Temos depois direito às iniciativas de vitor para se limpar da porcaria que andou a debitar.
As acusações feitas de tentar roubar as pensões dos velhos, de ser participante nas cerimónias eugénicas defendidas pelos que andaram a berrar contra a geração grisalha são demasiado fortes e concretizáveis.
É preciso que vitor pimentel ferreirafala alguma coisa.
Temos então direito a um blablabla manhoso de vitor a criticar a política neoliberal laboral.
Um gozo vê-lo a disparar contra a flexibilidade laboral e contra a política de trampa dos governos do bloco central de interesses. Com alguns "esquecimentos óbvios"
Por acaso o tovarich vitor-pimentel-aónio-cunhal-cunha-simões engana-se em relação à minha apreciação por Dragui.
Se Draghi é culpado de alguma coisa, talvez o seu maior "crime" tenha sido de ter permitido com a sua "prestidigitação" a sobrevivência do euro, que de outra forma e na ausẽncia das medidas que tomou já teria estoirado. Só que como essas medidas não assentam em verdadeiras reformas não oferecem a estabilidade nem soluções a longo prazo.
Apenas faço uma pergunta para quem perceba do riscado:
Que vai acontecer às taxas de juro da dívida pública quando o QE começar a ser "phased-out"?
Quanto ao euro e às reformas, aqui o manguelas nunca pensou que houvesse tantos reformados portugueses a viver no estrangeiro e a fazer compras lá fora. É que são esses que teriam problemas com a redenominação. Mas adiante, siga a marinha!
O tovarich vitor-pimentel-aónio-cunhal-cunha-simões não percebe de facto o que é um banco central "digno desse nome". Tal como não faz a mínima ideia da relação entre moeda e salários. Mas sobre isso deixemos cair um piedoso silêncio.
O tema do post não era demografia?
S.T.
O tovarich vitor-pimentel-aónio-cunhal-cunha-simões é especialista em dar a volta ao que se diz.
Não é de agora a minha afirmação de que há hoje em dia outras linhas de demarcação política que não passam pelo tradicional esquerda/direita. Quem siga os meus comentários está fartinho de saber que a minha posição é populista-e-o-resto-logo-se-vê. Sabe que acompanho as teses de Alberto Bagnai há buéééé de tempo e que Alberto Bagnai fez a opção de concorrer e ganhar um lugar de senador da República Italiana nas eleições deste ano integrado na Legha.
Logo, eu devo ser das pessoas mais surpreendidas por estas medidas... LOL
S.T.
E já agora, tovarich vitor-pimentel-aónio-cunhal-cunha-simões, eu não digo que a discussão esquerda/direita seja irrelevante "nos dias de hoje na realidade da União Europeia".
O que eu digo é que o euro inviabiliza todas as políticas de esquerda na EU. É um bocadinho diferente.
S.T.
Caro S.T.
"Se Draghi é culpado de alguma coisa, talvez o seu maior "crime" tenha sido de ter permitido com a sua "prestidigitação" a sobrevivência do euro, que de outra forma e na ausẽncia das medidas que tomou já teria estoirado. Só que como essas medidas não assentam em verdadeiras reformas não oferecem a estabilidade nem soluções a longo prazo." Então o Sr.º S.T. estava à espera que o presidente do BCE permitisse que o euro acabasse? Considera esse o seu maior erro?
"Quanto ao euro e às reformas, aqui o manguelas nunca pensou que houvesse tantos reformados portugueses a viver no estrangeiro e a fazer compras lá fora. É que são esses que teriam problemas com a redenominação."
POrtugal não é um país minimamente autosuficiente nos itens mais básicos: alimentação e energia. Portanto efetivamente os reformados seriam largamente afetados pela redominação.
"Que vai acontecer às taxas de juro da dívida pública quando o QE começar a ser "phased-out"? "
Vão subir como é óbvio. Obviamente aqui a questão é quando é que o QE será phase out, será daqui a 5, 10 20 anos? Os EUA andam com o QE há 10 anos e está complicado de acabarem com ele...
"O tema do post não era demografia?" Sim. e esta relaciona-se intimamente com os salários, especialmente dos mais jovens.
O tema do post é demografia.
O que assistimos é a eta chuva no molhado do vitor pimentel ferreira
"Se Draghi é culpado de alguma coisa, talvez o seu maior "crime" tenha sido de ter permitido com a sua "prestidigitação" a sobrevivência do euro, que de outra forma e na ausẽncia das medidas que tomou já teria estoirado. Só que como essas medidas não assentam em verdadeiras reformas não oferecem a estabilidade nem soluções a longo prazo."
O que vitor não compreende nesta frase?
Não foi erro. Foi crime
Percebidas estas condicionantes demográficas? Ate´a minha amiga Nádia, que demora por vezes a compreender a peça, já percebeu
Voltando à vaca fria...
...da demografia!
Alberto Bagnai no seu blog chama a atenção para o papel dos "velhos" como consumidores, citando um estudo do McKinsey Global Institute:
O Blogpost:
http://goofynomics.blogspot.com/2018/07/lepensioni-e-limigranti-narrativa-e.html
" LA STORIA:
La narrativa di un popolo che invecchia e si spegne, ma viene salvato e rinvigorito praticamente ed idealmente dal meticciato è dura a morire.
Limigranti servono - recita la narrazione - per pagare Lepensioni italiane. Ciò poiché i (maledetti) vecchi-improduttivi litaliani li dobbiamo in qualche modo "mantenere".
Vecchio italiano = decadenza e debolezza.
Giovane limigrante = salute e forza.
Obiettivamente è una narrativa che fa presa.
LA MORALE DELLA STORIA:
Lepensioni sono l'archetipo della spesa-pubblica-improduttiva: un fardello (al pari, ovviamente, di chi le pretende). La dannazione.
Limigrante è l'archetipo del giovane produttore di surplus: poche pretese, molto vigore. La salvezza.
LA REALTA':
McKinsey & Company è una multinazionale americana della consulenza strategica. Fucina di CEO (Google, American Express, Boeing, IBM, Westinghouse Electric, Sears, AT&T, PepsiCo), si stima abbia di 27.000 dipendenti e più di 10 miliardi di dollari di ricavi (fonte: Wikipedia inglese all'omonima voce).
Nel suo studio "Urban World : The Global Consumers to Watch" (Qui in stampa. Qui in video ) McKinsey ci dice che:
1) i pensionati ed anziani nelle economie avanzate aumenteranno di 58 milioni da qui al 2030. Gli over 60 rappresenteranno il 60% della crescita dei consumi nei centri urbani dell'Europa occidentale.
2) questo gruppo demografico (anziani e pensionati) contribuirà per il 40% alla crescita dei consumi per edilizia, trasporti, e svago negli USA. Ciò senza contare la spesa medica;
3) Nel 2011 in USA gli over 50 hanno acquistato 2/3 delle auto nuove, e gli over 55 hanno contribuito per il 45% alla spesa per il miglioramento dell'abitazione.
4) insieme al lavoratori attivi americani e cinesi questo gruppo (vecchi ed anziani nei paesi sviluppati) genererà il 50% della crescita di consumi globali urbani da qui al 2030. Questi tre gruppi insieme ridisegneranno il consumismo nei prossimi 15 anni. Ciò poiché il 75% dell'incremento dei consumi nel mondo deriverà non da nuova popolazione ma da consumatori che spendono di più.
LA MORALE DELLA REALTA':
Vuoi vedere che da noi il nonno non è una scoria tossica ma invece una preziosa risorsa? Che sarà largamente lui a "mantenere" noi?
Vuoi vedere che i suoi consumi possono aiutarci moltissimo a uscire dal ventennio di massacro eurista ed a ricostruire una adeguata domanda interna ?
Vuoi vedere che la tasca del nonno è meglio riempirla con pensioni più alte?
Vuoi vedere che il rispetto per i propri Anziani e per il proprio Popolo alla fine paga?"
O artigo:
https://www.mckinsey.com/featured-insights/urbanization/urban-world-the-global-consumers-to-watch
O video:
https://www.youtube.com/watch?v=OpT2WHw_i94
Tudo muito "business", só para fazer inveja ao vitor-pimentel-aónio-cunhal-cunha-simões
LOL
S.T.
S.T.-aonio whiskas etc etc
Agradeço a partilha e não tenho dúvidas que o papel dos pensionistas será extremamente relevante. Contudo do ponto de vista da demografia parece-me que o que seria relevante seria analisar a relevância das pessoas em idade fértil enquanto consumidoras...
O trickle down effect em termos de rendimento económico parece-me que já foi largamente desacreditado pela realidade da última década e também não me parece que o S.T. seja defensor dessas mesmas teorias.
Acredito que o trickle down effect em termos etários possa ser ainda menos relevante...
Abracinhos
P.S. achei piada ao "cunhal" ;)
LOL "trickle down", vitor-pimentel-aónio-cunhal-cunha-simões?
Olhe que a vodka é transparente mas não é água! :)
Cuidado que isso afecta as "little gray cells". :)
Ainda não percebeu que o poder de compra dos reformados corresponde às reservas familiares, estas sim verdadeiras poupanças? E que contráriamente ao trickle down que é ficticio, o poder de compra dos reformados do baby boom é bem real e foi constituído antes de o neoliberalismo atacar as classes médias europeias e americanas?
Daí a enorme raiva/inveja com que tentam apossar-se dos sistemas de pensões. E daí que com os seus direitos muito justamente adquiridos a "peste grisalha" seja uma reserva de procura preciosa para relançar a economia.
Homem. não é trickle down, é procura. É ter o dinheirinho líquido ou os valores que permitam às novas gerações escapar ao ciclo de emiseração desencadeado pelo ordoliberalismo.
E é uma carta que ou é jogada agora ou nunca porque pela ordem natural das coisas esses direitos vão-se extinguindo. Claro está que isso implica um relançamento da procura interna em grande escala, mas o governo italiano já está a tratar disso.
Sentem-se confortávelmente, relaxem e apreciem o espectáculo.
Compreende-se que o governo português não tenha peso negocial sequer para secundar a iniciativa italiana, mas como soe dizer-se, se não ajudam pelo menos que não estorvem!
E, "abracinhos"? :D
Até fico com pena da... Nádia?
S.T.
Mas onde é que eu tinha a minha cabeça?
Já me esquecia do sacramental artigo, para estimular as "little gray cells" dos leitores.
Para reforçar aquilo que digo no comentário anterior, um artiguinho do Business Insider:
"Italy's League Pushes for Challenge to EU Budget Rules"
https://www.bloomberg.com/news/articles/2018-07-23/italy-s-league-pushes-for-challenge-to-eu-budget-restrictions
Boa leitura!
(este até é levezinho...)
Como bónus uma coisinha do ZeroHedge:
https://www.zerohedge.com/news/2018-05-30/why-eurozone-and-euro-are-both-doomed
S.T.
"Homem. não é trickle down, é procura. É ter o dinheirinho líquido ou os valores que permitam às novas gerações escapar ao ciclo de emiseração desencadeado pelo ordoliberalismo"
Claro que é procura, ninguém discute isso. Se atribuir um rendimento incondicional substancial a quem tem por exemplo entre 20 e 40 anos também gera procura nessa faixa etária como é óbvio.
Se a geração mais nova conquistar esse direito através da "luta" a "peste em idade fértil" poderia ser também uma fonte de procura e de poupança das familias e dessas coisas todas giras e bonitas que enunciou. E poderia também gerar a raiva/inveja atc etc...Com o diferencial de esse aumento de procura poder ser pela aquisição de bens para os filhos em vez de para os netos.
De qualquer forma uma vez que estamos a falar da questão demográfica em Portugal, que é significativamente diferente dos EUA e mesmo do resto da Europa mais uma vez parece-me que estar a discutir a realidade dos EUA ou mesmo do resto da europa não será muito relevante pois efetivamente do ponto de vista demográfico estão numa situação mesmo muito diferente.
O problema fundamental é o mesmo por todo o mundo. É que antes da revolução industrial um filho era mais mão de obra para o família. Nos dias que correm um filho é um investimento no mínimo a muito longo prazo e de rentabilidade incerta.
Não sei se já repararam, mas as vantagens materiais deslocaram-se da família para o estado, enquanto o investimento continua a pesar na família. E este peso sobre a família é tanto maior quanto menos apoios sociais o estado fornece.
Por exemplo nos USA quem quer estudar é forçado a contrair empréstimos que irá pagar na sua vida profissional adulta. Fará sentido condenar os jovens adultos a uma servidão pelo débito?
Este exemplo é ilustrativo do desconcerto das formas neoliberais de lidar com o extraordinário alongamento do processo de aprendizagem social e profissional pós revolução industrial.
Note-se que intencionalmente estou a abstrair-me de motivações afectivas porque entendo que estas não podem ser motivo de exploração da sociedade sobre o indivíduo ou o casal.
Quando RPM fala nos "casais que querem ter filhos" está de facto, embora de uma forma menos clara a abordar a questão das motivações independentemente da questão financeira.
Idealmente o "ter filhos" deveria ser pelo menos financeiramente neutro, mas está longe de o ser. E os problemas demográficos assentam precisamente aí. Claro está que durante muito tempo os governos acreditaram que bastariam os factores afectivos para manter a fertilidade mesmo quando a desvantagem financeira para os casais era flagrante. Só que com a monetarização de quase todos os aspectos da vida nas modernas sociedades capitalistas os factores afectivos acabam por ser desvalorizados e em consequência a fertilidade cai.
Portanto o "pagar-se para que se tenham filhos" é uma falsa questão. O que deveria ser claramente equacionado é o balanço financeiro do "ter filhos" qualquer que seja o sistema de compensação que se utilize.
E retirar da equação a servidão dos empréstimos para estudantes, que são uma abominação completa.
S.T.
Espera-se que o Vitor esteja a aprender alguma coisita
Senão ainda nos pospega com mais uma treta da sua autoria, em inglês para gáudio do pessoal, daquele sítio de que não me lembro bem, qualquer coisa in vino veritas
Enviar um comentário