segunda-feira, 16 de outubro de 2017
Quando o ideólogo se veste de académico
Este economista e professor universitário é bem conhecido por todos os que estudam os sistemas de pensões. Vende a sua reputação académica às seguradoras para que os Fundos de Pensões possam alargar o seu negócio em Portugal (ver aqui).
O seu objectivo é ganhar apoio na opinião pública, e nos partidos do centrão, para a absoluta necessidade de desmantelar o actual sistema de segurança social por solidariedade entre gerações e substituí-lo por um sistema-'cada um por si' em que os Fundos de pensões alargam substancialmente o seu mercado. Esta é uma das "reformas estruturais" que a UE quer impor, apesar de ter sido um fiasco em inúmeros países. A Suécia é um caso exemplar em que o risco é totalmente transferido para os pensionistas com cortes automáticos nas pensões sem necessidade de qualquer decisão política. Os cortes estão incorporados na mecânica do sistema, tal como em Portugal no caso do chamado "factor de sustentabilidade". Entretanto, os custos da gestão dos Fundos é muitíssimo superior aos do sistema tradicional de solidariedade entre gerações enquanto os riscos não são inferiores, longe disso (para saber mais sobre estes assuntos, ver aqui).
Claro, o desemprego e a demografia são factores de risco do sistema tradicional. O que poucos percebem é que estes riscos só se tornaram reais após a institucionalização da política económica ordoliberal que, na UE, é condição de sobrevivência da "moeda única".
A subida eleitoral da extrema-direita, agora com provável acesso ao poder na Áustria, é uma consequência deste projecto europeu que insiste, usando a cegueira ideológica promovida pela finança e pelos media, na urgência desta "reforma estrutural" pró-Fundos de Pensões. Jorge Bravo está a trabalhar para os seus financiadores e o Público é o seu palco. Sem contraditório.
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27 comentários:
Tal como o Jorge disse, a insustentabilidade advém da realidade económica que os neoliberais criaram.
À população de Portugal (como um pouco por toda a Europa) tem lhe sido dito que “não há alternativa”, que o empobrecimento é inevitável, isto tem efeitos psicológicos enormes, leva à desmotivação, desmoralização e até depressão dos indivíduos que compõem a sociedade.
Gerigonço, as doenças psiquiátricas têm uma prevalência de 30 % em Portugal! Algo perfeitamente inusitado!
Não dar tréguas a estas coisas que não olham a meios para obter os seus fins.
Perderam a vergonha, porque também sabem que o caudal mediático está a seu favor.E de que forma
Que fazer?
Denunciar sempre, denunciar sempre, denunciar sempre.
Construir canais de informação paralelos.
E não hesitar em apontar o nome aos bois. Neste caso a Jorge Bravo e ao Público. E espalhar o que os move e como se movem
O famoso sistema de solidariedade entre gerações já tem um défice de quase 14 mil milhões de euros. Existe uma diferença de 13,7 mil milhões de euros entre as contribuições sociais (23,6 mil milhões) e as prestações sociais (37,1 mil milhões). Esse défice é coberto pela carga fiscal, sobre o trabalho e as próprias pensões inclusive.
O Público tomou mesmo o freio nos dentes.
Numa correria épica, junta o "observador" David Dinis ao João Tavares.
David Dinis foi convidado pelos sociais-democratas Alexandre Relvas e António Carrapatoso há cerca de três anos para dirigir o primeiro projecto digital de comunicação em Portugal, o jornal electrónico “Observador”, um santuário de pafistas e de neoliberais ressabiados e profundamente empenhados na revanche sonhada. Foi depois encaminhado para a direcção do Público. Recompensado financeiramente. E promovido a porta-voz da quadrilha.
Tavares é apenas um medíocre capataz, levado ao colo por essa mesma direita, com assento privilegiado naquele pasquim.
Leia-se o noticiário e as notícias do Público. Esta denúncia de Jorge Bateira é preciosa porque passaria despercebido esta jogada conluiada dos interesses privados com o ideólogo de serviço e o Público em serviço.
O noticiário internacional desta folheca é simplesmente abjecto.
Negar um euro a este pasquim é um dever. Por ele entra toda a vaga mediática parida por Relvas e colaboradores numa tentativa de repetir o êxito que tiveram na promoção de Passos Coelho.
Por aqui passa a reorganização da canalha que assaltou o país em nome da troika e do ir além da troika. Sonham com os ventos da crise internacional que se adivinham. E preparam armas.
E põem o país a ferro e fogo. Em Braga há já dados que indiciam o envolvimento de extremistas de direita.
As 500 ignições num dia levam a pensar que não hesitarão perante nada
"O famoso sistema de solidariedade entre gerações já tem um défice ...as contribuições sociais ... e as prestações sociais..."
De como Pimentel volta a mostrar a sua ignorância. E de como utiliza essa ignorância para cumprir propósitos pouco claros. Como o deste Jorge Bravo
"Com o objetivo de confundir e enganar a opinião pública nos ataques que fazem ocultam que no sistema de Segurança Social existem dois regimes. E depois afirmam ou insinuam que a Segurança Social só se tem aguentado devido ao aumento significativo das transferências do Orçamento do Estado. Isso é uma grande mentira visando a manipulação da opinião pública, como vamos mostrar utilizando os dados oficiais.
Para se poder analisar com rigor esta questão é importante, portanto, ter presente que existe na Segurança Social dois regimes com sistemas de financiamento completamente distintos.
Um, denominado regime contributivo dos trabalhadores por conta de outrem e, o outro,
designado por regime não contributivo que abrange nomeadamente os beneficiários da
pensão social, do complemento solidário para idosos, da ação social, etc.. O regime
contributivo é financiado exclusivamente pelas contribuições das empresas e dos
trabalhadores, enquanto o regime não contributivo, por abranger pessoas que não
descontaram para a Segurança Social mas que não possuem meios mínimos de
sobrevivência sendo, por essa razão, obrigação de toda a sociedade providenciar esses meios. É por esta razão, que este regime é financiado através de impostos dando origem a transferências do Orçamento do Estado".
A marosca continua.
"O Tribunal de Contas divulgou, em Set.2016, o seu parecer sobre as Contas do Estado de
2015. E nele há um capítulo dedicado à análise das contas da Segurança Social. Na pág.
269, encontra-se o Balanço da Segurança Social referente aos anos de 2013, 2014 e
2015.
Entre 2001 e 2015, as dividas à Segurança Social aumentaram de 831 milhões € para
12.404 milhões €, ou seja, 14,9 vezes. Neste período, as dividas aumentaram, em média,771,5 milhões €/ano, o que é um valor enorme. No entanto, o ritmo de aumento variou muito de governo para governo. Foi durante o 1º governo PS de Sócrates, com o ministro Vieira da Silva, que a divida aumentou mais anualmente – 1.158 milhões €/ano – seguindo-se o governo de Passos Coelho/Paulo Portas, com Mota Soares como ministro da Segurança Social, em que o aumento foi de 1.076 milhões €/ano.
A maioria das dividas são de empresas que declaram os descontos à Segurança Social,
mas que depois ficam com o dinheiro, mesmo o descontado aos trabalhadores.
Entre 2003 e 2015, a divida dos contribuintes, que são na sua esmagadora maioria empresas, aumentou em 9.643 milhões € (+863,5%), ou seja, em média de 804 milhões€/ano, embora variando muito de governo para governo (o de Passos Coelho foi aquele que
mais financiou as empresas à custa da Segurança Social, em média 1.083,5 milhões por ano).
Não cabe nem à Segurança Social nem ao Orçamento do Estado financiar as
empresas. Mas o que é estranho e não se compreende é que perante o aumento enorme
da divida das empresas à Segurança Social, que significa objetivamente um enorme
financiamento destas pela Segurança Social utilizando também descontos feitos aos
trabalhadores, com consequências mais graves para a Segurança Social não se verifique
uma reação idêntica, e nada ou pouco se faça para pôr cobro a esta enorme
descapitalização da Segurança Social"
Há (bastante) mais
Não é verdade que o défice no balanço da segurança social se deva unicamente às prestações sociais não contributivas. Estas estão muito longe de atingir 13,7 mil milhões de euros. O principal fator de sustentabilidade num sistema de solidariedade intergeracional é a demografia.
Deixe-se de lérias ó Pimentel
O que não é verdade é a tentativa de confusão entre as contribuições sociais e as prestações sociais.
O que não é verdade são os 13,7 milhões de euros apresentados aí em cima dessa forma à Jorge Bravo
Não vale a pena fugir para afirmações que não se fizeram , embora se registe o silêncio sobre o financiamento das empresas pela segurança social, que contribui objectivamente para a sua enorme descapitalização.
"Apesar da Segurança Social não ter recebido, até ao fim de 2015, 10.760 milhões € de contribuições, sendo 3.506,9 milhões descontos feitos nos salários dos trabalhadores mas que não foram entregues pelas empresas à Segurança Social, estes trabalhadores, quando se reformarem, terão direito a receber a pensão correspondente a todo o tempo que descontaram, incluindo aquele em que os descontos não foram entregues pelas empresas. A Segurança Social é lesada assim duas vezes: actualmente, porque não recebe 10.760 milhões € de contribuições; e depois,quando esses trabalhadores se reformarem pois terá de pagar pensões cujos descontos
não recebeu. E ninguém se incomoda e põe cobro a este escândalo."
POR QUE RAZÃO UMA GRANDE PARTE DAS DIVIDAS NÃO SÃO COBRADAS
O meio utilizado para que tal aconteça é não disponibilizar aos serviços que fazem a cobrança das dividas os meios humanos, informáticos e materiais indispensáveis. Segundo o Tribunal de Contas, em 31.12.2015, existiam 2.504.115 processos de divida ativos. O governo PDS/CDS desmantelou os serviços de cobrança das dívidas existindo agora apenas 140 trabalhadores, o que dá 17.886 processos por trabalhador, o que é inaceitável. O governo atual nada de significativo ainda fez para alterar a situação a não ser conceder perdões de dividas aos patrões (segundo o Tribunal de Contas já estão constituídas provisões para perdoar 5.300 milhões € de dividas).
Há (bastante) mais
Se há dívidas há segurança social, pois que se cobrem. As dívidas fiscais e ao estado devem ser pagas naturalmente. Mas o que dizer que este foi dos governos que mais perdões fiscais efetuou em montante financeiro? O facto de a segurança social não receber os descontos dos trabalhadores que posteriormente receberão uma pensão baseada nesses descontos, concordo que é um escândalo. Mas é o próprio estado a fazê-lo dentro do quadro legal. Desde 2005 que os funcionários públicos são inseridos no regime geral da segurança social e não na CGA, sendo que o estado não coloca no sistema as suas contribuições como entidade empregadora, ou seja, os 23.75%. Consta que terá sido mais um ardil de Sócrates para baixar artificialmente a despesa com salários.
"Se há dívidas pois que se cobrem"?
Pimentel não deve ter lido ou percebido o que está escrito. Mas repete-se.
O financiamento das empresas pela segurança social contribui objectivamente para a sua enorme descapitalização.
Tal é promovido pela própria governação. Governação neoliberal visando incrementar os interesses privados em detrimento dum estado social forte e solidário.
O governo PDS/CDS desmantelou os serviços de cobrança das dívidas existindo agora apenas 140 trabalhadores, o que dá 17.886 processos por trabalhador, o que é inaceitável.E desmantelou porque cumpriu a sua cartilha ideológica ao serviço dos grandes interesses. O neoliberalismo é de facto uma trampa
Este governo ainda não corrigiu a situação. Por isso o ódio que alguns espalham contra os func. públicos se assemelha ao ódio de outros tempos. É sobretudo ideológico. Tem como função deixar o país arder e impedir que o Estado cumpra a sua missão. Na saúde, na educação ou na cobrança das dívidas das empresas privadas e dos privados patrões
De acordo com os dados dos Balanços e Demonstrações de Resultados da Segurança Social constantes dos relatórios do Orçamento de Estado de cada ano, as dividas à Segurança Social aumentaram, desde a entrada da “troika” e do governo PSD/CDS, em 3.957 milhões € pois, entre 2010 e 2013, passaram de 5.963 milhões € para 9.920 milhões €. E desconhece –se que montantes foram abatidos neste valor pelo facto ou de terem prescrito ou porque o governo os ter considerado de pagamento impossível.
No entanto, mesmo em relação aos valores constantes, o governo considerava que uma parcela muito significativa da “Divida Total” seja de “cobrança duvidosa” ou, por outras palavras, que não seja paga. Deixa-se passar o tempo por falta de meios para atuar e depois as empresas devedoras desaparecem.
É neste contexto que terá de ser também avaliado o comportamento de Passos Coelho ede Mota Soares. O primeiro, quando afirmou que se esqueceu de pagar as contribuições para a Segurança Social apesar de nenhum outro português se poder desculpar dizendo o mesmo, ou seja, que não conhecia a lei, e de só as pagar quando foi apanhado pelo serviços da Segurança Social e mesmo assim, segundo alguns media, não pagando a totalidade do que devia ser pago. E Mota Soares quando afirmou que Passos Coelho “foi vitima de um erro da Administração Pública” culpabilizando assim os funcionários públicos pelo incumprimento de Passos Coelho. Tais comportamentos são certamente mais um incentivo para o aumento da fraude e evasão contributiva (muitos dirão que “os exemplos vêm de cima”) o que tem graves consequências na sustentabilidade da Segurança Social, e no combate à pobreza que alastra na sociedade portuguesa fruto de uma politica que tem destruído a economia, o emprego e o tecido social nacional.
A partir de 2012, a Segurança Social teve de pagar as pensões aos bancários – mais de 500
milhões € por ano – já que os ativos dos fundos de pensões foram transferidos
para o Estado, e não para a Segurança Social, para reduzir o défice e pagar dividas tendo,
por isso, essa despesa de ser suportada pelo Orçamento do Estado através de transferências
O regime contributivo, que não é financiado pelo Orçamento do Estado mas sim pelas
contribuições de empresas e dos trabalhadores, tem sofrido um forte impacto negativo dos
efeitos da crise financeira assim como da recessão económica continuada. Entre 2005 e 2007, ou seja, nos dois anos anteriores à crise as receitas de contribuições dos trabalhadores e das empresas para a Segurança Social aumentaram de 10.887,4milhões € para 12.88,1 milhões €, ou seja, subiram em 12,86% (+1.400,7 milhões € apenas em 2 anos), enquanto entre 2008 e 2014, ou seja, em 6 anos de crise e recessão,as receitas de contribuições passaram de 13.016,4 milhões € para 13.281,2 milhões €,isto é tiveram um crescimento de apenas de 2% (+264,8 milhões € em 6 anos), ou seja,quase 6 vezes menos que nos dois anos anteriores à crise (e entre 2013 e 2014, segundoo Relatório do OE-2014 diminuirá de 13.337,5 milhões € para 13.281,1 milhões €). Por outro lado,entre 2008 e 2014, apesar dos cortes significativos nos direitos dos desempregados ao subsidio de desemprego (mais de 2/3 dos desempregados não recebem subsidio de desemprego), a despesa com este subsidio passou de 1.779 milhões € para 2.845,5 milhões €, ou seja, aumentou em 60% no período de crise. O facto do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social, que é alimentado principalmente com excedentes do regime contributivo, ter acumulado no período anterior à crise 11.600 milhões €, o correspondente a 12,8 meses de despesas com pensões, também prova que o sistema de Segurança Social e,nomeadamente, o regime contributivo não é insustentável como pretendem fazer crer os seus inimigos. Portanto, são os próprios dados oficiais que mostram que foi a crise económica e
financeira associada a uma politica de austeridade fortemente recessiva que tem agravado as desigualdades e a miséria, a qual empurrou ainda mais o país para a recessão económica, que está a por em causa a sustentabilidade da Segurança Social, e de todas as funções sociais do Estado e, também, do próprio Estado. Mas disto nem o governo de Passos nem Poiares Maduro, nem os seus defensores na comunicação social, nem os comentadores habituais dos media, falam
Indubitavelmente que a prestação da economia afeta um sistema que está desenhado para a solidariedade intergeracional. Apurar as causas da crise dentro do contexto nacional, levaria a outro debate (não foi Passos Coelho por certo o culpado da crise, considerando o seu mandato temporal). O que se sabe, por qualquer especialista em cálculo atuarial, é que o factor mais importante é a demografia ou o rácio entre contribuidores e beneficiários. Quando a Segurança Social foi estabelecida havia 5 trabalhadores para um beneficiário, hoje, esse rácio julgo que anda perto de 1,2 em vez dos 5 iniciais. Reduzir o problema de sustentabilidade da segurança social às meras dívidas é redutor, pois apenas neste ano, o sistema apresenta um défice de quase 14 mil milhões de euros. Se o governo PSD/CDS retirou pessoal dos serviços da segurança social para fazer cobranças, fez muito mal. Este governo deve reverter essa situação. Têm dados todavia para sabermos quanto dessas dívidas serão de trabalhadores independentes, vulgo recibos verdes? Porque não aplica o estado o mesmo sistema de cobrança que se aplica com o fisco? De referir ainda que os desempregados, também auferem da segurança social e esse tempo conta como descontos para uma reforma futura, o que não tem propriamente lógica do ponto de vista da sustentabilidade financeira do sistema.
Pimentel mais uma vez transvia e desvia.
Foge do que se denuncia desta forma patega e pateta.Apurar as causas da crise é fundamental. Responsabilizar os fautores também. Chamar o nome aos bois idem idem,aspas, aspas.
Mete impressão como alguém que surge aqui a mandar patacoadas para o ar , (em solidariedade com esse aldrabão denunciado aqui por Jorge Bateira?), a confundir ( por ignorância abissal e ou manipulação acanalhada ) contribuições sociais com prestações sociais, a atirar números para o ar de forma mentirosa ( que repete) agora se remete a esta espécie de choradinho aí em cima expresso, a inocentar a governança neoliberal, as negociatas sujas em torno desta questão e até pasme-se , Passos Coelho
Passos Coelho serviu e serve um projecto. Um projecto feito a pensar em interesses privados como o defendido pelo Bravo. Um projecto sujo e bem sujo.
Tão sujo que Pimentel se cala perante o caso sujo de Passos não pagar as contribuições para a Segurança Social apesar de nenhum outro português se poder desculpar dizendo o mesmo, ou seja, que não conhecia a lei
Uma nota:
Quem foi que disse que o problema de sustentabilidade da segurança social se reduz às meras dívidas?
Basta de aldrabices. Passa inevitavelmente por aqui.Mas não se limita aqui.
Mas os bois, as empresas, as negociatas, o esbulho, as manobras para impedir o combate às fraudes não podem ser silenciadas
Presumo que desconheça por completo a situação de milhares de trabalhadores precários, a [falsos] recibos verdes, em que as dívidas à segurança social são um enorme fardo nas suas finanças pessoais. Tiques de pequeno-burguês que por certo vive à conta do erário público. Acabo aqui a minha conversa consigo, porque não gosto de faltas de educação grosseiras e ofensas pessoais.
Mais um detalhe histórico-temporal, para nos situarmos:
"O XIX Governo Constitucional de Portugal (21 de junho de 2011[1] - 30 de outubro de 2015) foi formado com base nas eleições legislativas de 5 de junho de 2011, que o PSD ganhou com maioria relativa. O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, convidou, no dia 6 de junho de 2011, Pedro Passos Coelho a formar Governo com “apoio parlamentar maioritário” e pediu-lhe urgência na sua formação, no sentido de “desenvolver de imediato diligências com vista a propor uma solução governativa que disponha de apoio parlamentar maioritário e consistente”"
"A Crise económica de 2007-2008 é uma conjuntura económica global que se sentiu durante crise financeira internacional precipitada pela falência do tradicional banco de investimento estadunidense Lehman Brothers, fundado em 1850. Em efeito dominó, outras grandes instituições financeiras quebraram, no processo também conhecido como "crise dos subprimes"."
Acaba a conversa Pimentel
Acaba a conversa às 20 e 35
Passados 4 minutos está arrependido
Depois de entradas de leão, saídas de sendeiro.
Em desespero de causa, Pimentel volta-se para os recibos verdes. Não se sabe muito bem a quem se quer dirigir com essa de pequeno burguês. Mas independentemente de tal, volta-se para esse produto típico da sociedade onde vivemos. Os recibos verdes
Parece alguém que apanhado em contra-pé cai à água. E depois sai desta e sacode-se todo, salpicando água para todo o lado.
Pensa que é assim que se limpa?
Antes de irmos aos recibos verdes vamos colocar os pontos nos is sobre os factos históricos.
Pimentel: "não foi Passos Coelho por certo o culpado da crise"
Anónimo: "Mete impressão como alguém que surge aqui a mandar patacoadas para o ar , (em solidariedade com esse aldrabão denunciado aqui por Jorge Bateira?), a confundir ( por ignorância abissal e ou manipulação acanalhada) contribuições sociais com prestações sociais, a atirar números para o ar de forma mentirosa ( que repete) agora se remete a esta espécie de choradinho aí em cima expresso, a inocentar a governança neoliberal, as negociatas sujas em torno desta questão e até pasme-se , Passos Coelho
Passos Coelho serviu e serve um projecto. Um projecto feito a pensar em interesses privados como o defendido pelo Bravo. Um projecto sujo e bem sujo.
Tão sujo que Pimentel se cala perante o caso sujo de Passos não pagar as contribuições para a Segurança Social apesar de nenhum outro português se poder desculpar dizendo o mesmo, ou seja, que não conhecia a lei"
E Pimentel parte para o detalhe histórico-temporal aí em cima indicado.
Mais uma vez a fuga. Querendo inocentar Coelho vem aqui dizer que este tomou posse antes da crise económica.
Não passa. Se Pimentel tivesse lido, percebido ou não tentasse escapar desta forma grosseira, saberia que não se acusa Passos Coelho pela crise referida. Mas não o responsabilizando por tal facto, não se inocenta pelo seu comportamento político e social.
Responsabiliza-se Coelho pelo seu contributo à resposta à dita crise.
Responsabiliza-se pela sua governança ao serviço da troika e mais além do que esta.
Responsabiliza-se pelo estado em que deixou o país.
Responsabiliza-se pelo seu contributo para dar cabo do estado social em geral e pela sua contribuição para a degradação da segurança social.
Responsabiliza-se Passos Coelho pelo seu sujo caso pessoal com a segurança social.
Qualquer ser pode compreender o que se disse e porque se disse.
Não vale a pena esta fita sobre "detalhe histórico-temporal" com que se tenta fingir que não se percebe enquanto se foge para outro porto mais abrigado
"Os trabalhadores a "recibo verde" (como antes eram conhecidos), também chamados "falsos independentes" porque muitos deles são verdadeiramente trabalhadores por conta de outrem já que estão sujeitos a um horário de trabalho, à disciplina patronal e têm um local de trabalho certo, que não gozam dos direitos e da proteção que têm os trabalhadores por conta de outrem, constituem uma das camadas mais exploradas e desprotegidas dos trabalhadores portugueses.
O seu número certo é desconhecido, pois são incluídos pelo INE na categoria genérica de " trabalhadores por conta própria " cujo número atingia, no 3º Trimestre de 2014, 859,3 mil. Estes trabalhadores são certamente muitas dezenas de milhares, estão por toda a parte, enchendo os " call center " das grandes empresas (companhias de seguros, bancos, empresas de telecomunicações, de energia, etc. ) e são utilizados por muitas outras entidades patronais para realizar serviços necessários e permanentes das empresas, já que a fiscalização das ilegalidades neste campo é reduzida para não dizer inexistente.
Os trabalhadores a "recibo de verde" recebem remunerações ainda mais baixas que os restantes trabalhadores e não têm direito nem a férias, nem a subsídio de férias, e quando são despedidos não têm direito a qualquer indemnização. Para além de tudo isto estes trabalhadores ainda são espoliados e perseguidos pelo Estado."
Os chamados trabalhadores de "recibo verde" ou "falsos independentes", sofrem cortes em 2015 no rendimento ilíquido, resultante da retenção do IRS e do pagamento da contribuição para a Segurança Social, que varia entre 37,4% (rendimento ilíquido mensal mais alto de 1500€ em 2014, e de 2000€ em 2015) e 44,1% (no caso de ter um rendimento ilíquido mensal mais baixo de 800€ em 2014 e 650€ em 2015). É desta forma também que o governo reduziu o défice em 2014 e pretende em 2015, que tanto ele e os seus defensores nos media se gabam . Mas é uma situação que atinge o escândalo e a desumanidade que urge alterar rapidamente com medidas como: (1) A contribuição patronal para a Segurança Social (23,75%) deve ser paga pelo empregador, passando estes trabalhadores a contribuir para a Segurança Social com apenas 11% do que recebem como acontece com os restantes trabalhadores; (2) A estes trabalhadores devem ser aplicadas as mesmas taxas de retenção de IRS que são aplicadas aos trabalhadores por conta de outrem. Muitos trabalhadores (24 mil em 2015), pediram para descontar para a Segurança Social sobre um escalão mais baixo, o que a lei permite, mas isso vai determinar que depois tenham benefícios de miséria (subsidio de doença, de invalidez, pensão de reforma, subsidio de desemprego no caso de receber 80% do seu rendimento de uma única entidade o que poucas vezes sucede porque o empregador teria de pagar uma contribuição de 5% para a Segurança Social e ele não quer)"
A quem interessava cortar as pernas à fiscalização laboral e aos serviços fiscais que estudam as grandes fraudes?
Precisamente. Ao governo Passos/Portas e aos grandes patrões
Foi o que fizeram
É o capitalismo no seu melhor
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