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"Colagem" com foto oficial e obras expostas na Exposição Arco Lx17 |
Como se verá, o artigo tem três partes: uma, em que elogia a posição de Portugal; outra, em que se mostra compreensivo com a ala dos falcões da UE (abrindo-lhes uma porta: assuma-se o erro, vá lá); e uma terceira em que traça um miniplano de reforma da zona euro.
Não soa isto demasiado estranho?
Mas o que mais se estranha ainda é o Governo poder considerar haver alguma vantagem em ocupar um lugar como esse.
Pelo tom do artigo, parece que o Governo pensa que convencerá a ala radical da política económica europeia de que a política seguida até agora não produz efeitos positivos. Achará, mesmo depois de Varoufakis, que as reuniões do eurogrupo são para discutir economia e não, antes, uma questão de poder?
Nessa posição, o máximo que Centeno vai conseguir é ser a bissetriz de diferentes opiniões e, com isso, será uma desilusão. Vai ter de repetir muitas vezes "reformas estruturais", "esforços adicionais" ou "mais flexibilidade no mercado do trabalho". E contribuirá para enterrar a esquerda portuguesa. Centeno vai estar de mãos e pés atado, sem conseguir uma frente unida dos países críticos. Nesse caso, Centeno teria então sido "comprado" para entrar no clube dos grandes (no clube da frente), tal como sucedeu a Maria Luís Albuquerque. O Partido Socialista arrisca-se, pois, a fazer a triste figura do PS holandês e Centeno a ser o novo Dijsselbloem da política nacional. O PSD e o CDS e a direita europeia agradecerão.
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Se forem estas as ideias de Centeno, é porque já está a adoptar o programa Schauble, embora com os objectivos de Centeno. Vai dar com os burrinhos na água. E, pior do que tudo, nós também.
13 comentários:
«Vai dar com os burrinhos na água. E, pior do que tudo, nós também».
Esta U.E. esta´ em plena mutação depois que os ingleses obtaram pela saída.
O capital ao sentir que esta´ em perigo tudo fara´, ate´ a guerra, para se manter e se possível, melhorar seu privilegio de explorar ate´ a´ exaustão tudo o que a terra da´.
Qual a sigla não sei, mas palpita-me que mais cedo que tarde, vingara´ um novo formato explorador dos povos desta Europa tao cobardemente abastardada.
O Sr. Centeno (e este governo) não passa de mais uma
Marionete manuseada pelo capital financeiro.
Dói muito verificar que por um prato de lentilhas a esquerda deia aval áquilo que sempre contestou. de Adelino Silva
Não seja tão peremptório, João Ramos de Almeida. Por um lado, Centeno e Costa não são ingénuos, por outro lado, ele tem sido capaz de nos surpreender. É provável que funcione? Não. É impossível? Não, não é. Agora, para quem aposta, à Direita e à Esquerda, que não há um meio caminho entre a austeridade do PPE e a saída do Euro e da UE com todas as incertezas que daí advêm, compreende-se o ceticismo. Todos, por razões diferentes, querem fazer da crise uma alavanca para agendas ideológicas radicais. Mas, se Centeno tiver razão, lá se vai a narrativa...
Mais outra marioneta para passear o penacho...
Já não chega, o exemplo do Guterres!?
Caro Jaime,
Não quero fazer da crise uma alavanca, como diz. Acho é que é a crise gerada desde a aplicação desta política de "convergência" obriga a que se opte por alguma alavanca.
Centeno e Costa não sao ingénuos, concordo: apenas têm uma ideia de que é possível reformar o euro por dentro e de preferência colados ao pelotão da frente, quando isso apenas nos trouxe onde estamos.
Uma reforma do euro apenas poderá acontecer se o interesse dos principais países estiver alinhado com essa reforma. Extrema-direita e desemprego? Pode ser. Mas não tenho realmente muita fé. E receio que o PS desbarate o capital conseguido para ceder. E ceder politicamente em Portugal, abraçando um bloco central renovado, após as eleições autárquicas e o congresso do PSD.
Cá estaremos os dois para conversar.
Paz à sua alma!
O pleno emprego, a garantia de emprego, as políticas públicas como determinantes da economia são as bandeiras de esquerda que só significam um Estado falhado.
Crédito (União bancária e garantia de depósitos) e flexibilidade laboral (assistência comum ao desemprego ) são tudo o que se recomenda para incrementar o liberalismo sem grandes angústias sociais.
Com a flexibilidade já praticada pela esquerdalhada e as suas elites agasalhadas em bolsas e investigações sortidas (as bandeiras já estão desfraldadas!), a Geringonça até pode sobreviver.
A superestrutura a cooptar o único governo com políticas ligeiramente desalinhadas. Por outro lado, é perfeitamente compatível com um governo de maioria absoluta do PS, desembaraçado dos chatos à esquerda. Parece que Costa fez a sua escolha e vai apostar.
Olharapo José:
Com tanta crítica à mama do Estado por parte de tanta gente, quase todos, ficas tu e mais uns quantos amigos teus de fora, podias referir do que é que vives, que escolas e hospitais frequentam os teus, se chamas os bombeiros para te levarem a ti e aos teus ao hospital, etc., etc.
Não passas de um reles provocador.
Estado falhado dirá um beato dos mercados em tom esbaforido
Tem saudades do tempo em que o estado salazarento o agasalhava?
Tem saudades do tempo em que Csvaco cobria o caminho daqueles medíocres e muitas vezes corruptos grandes empreendedores? Ou dos tempos de chumbo do camarada-dirigente, Passos Coelho?
As angústias sociais serão o eufemismo encontrado para o massacre social que o liberalismo provoca.
A esquerdalha o termo usado como reflexo primario, a atestar a mediocridade de quem assim o usa como muleta.
Talvez um dia lembrar os impropérios desvairados contra a fórmula governativa democrática encontrada? Por parte do sujeito das 22 e 44?
Ou lembrar as certidões de óbito da dita geringonça, proclamadas e berradas aos 4 ventos?
A memória é uma coisa tramada. Imitaçoes de Passos ou simplesmente obediência servil aos mandamentos da treta dum aldrabão desonesto que já foi primeiro-ministro?
Memória é coisa que a esquerdalhada manipula com toda a facilidade:
- Políticas de Fomento e Condicionamento Industrial, foram o padrão salazarista.
- O orçamento que provavelmente traria o Diabo, foi esquecido, cativado e acrescentado na receita, sempre sem aquela horrorosa prática de rectificativos orçamentais.
E se a geringonça não colapsou é porque a comunada meteu a viola ao saco e, se não
cantou o canto liberar sem desafinar, deu a música de fundo bastante.
Estais perto da mama, e isso é-vos do maior conforto!
O padrão salazarento e herr Jose?
Pensava-se que agora tivesse renegado o perfil de entusiasta defensor do patrioteirismo colonialista e tivesse passado de armas e bagagens para os braços da Alemanha uber alles
O "te arrenego" agora é assim escondido quando se vê confrontado con o seu perfil de enraivecido apoiante da troika austeritaria e neoliberal?
E, indefeso perante o espelho dos seus ditos, berros d impropérios, acoitado perante o falhanço estrondoso do que passou os ultims anos a papaguear, veste de novo a camisola do Estado novo e do PAF e debita estas insanidades absurdas?
Mas este tipo está limitado a isto? A imitar desta forma tão romântica Passos, mais o papão do diabo, motivo de pilhérias incontáveis e de fúrias rancorosas dos aldrabões encartados?
Só com as suas mamas, o seu cavalo e o seu desempenho. Mais a pieguice mostrada com estas " justificações" patetas e patéticas. É a "isto que está reduzido " isto"?
O jose ainda está parvo pelo facto da governança Passos Portas ter dado lugar democraticamente a um novo padrão governativo.
Adivinha-se o desconcerto e a fúria. E a incompreensão e o ódio pela comunada que lhe frustrou a continuação do ajuste de contas sonhado.
E fica-se por esta temtativa anedotica de justificação pela ausência do diabo. E pela lástima chorosa da falta do certificativo em papel timbrado.
A comunada, como diz, cortou-lhe as voltas.
Ainda anda atarantado.
E ninguém seu amigo lhe diz para abandonar este carpir troikista, mais as suas mamas que insiste em não largar
A economia não é uma questão de poder?
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