sexta-feira, 26 de maio de 2017

A vida continua

http://existentialcomics.com/philosopher/Karl_Marx
Primeira sondagem após o atentado de 23 de Maio em Manchester.

Aparentemente, a carnificina e a consequente mobilização na caça aos homens, os discursos repetidos pela comunicação social de que a "vida tem de continuar", que foi "um atentado à nossa maneira de viver" ou o jargão atemorizador "não podemos ter medo" - e que se seguem a um acordo de 100 mil milhões de dólares de fornecimento pelos Estados Unidos de armamento à Arábia Saudita , mesmo que a campanha militar no Iemen tenha atingido escolas, hospitais, civis, crianças (estima-se em 10 mil mortos e 40 mil feridos!)... -, tudo isso não teve efeito no eleitorado.

Como se pode ver aqui, o Partido Trabalhista continua - até ver - a sua escalada rápida ao encontro dos pontos de Partido de Theresa May.

Depois da vitória do Manchester United, a campanha eleitoral pode prosseguir.

11 comentários:

Geringonço disse...

Obama vendeu mais armas que qualquer outro governo americano desde a Segunda Grande Guerra.

https://www.thenation.com/article/the-obama-administration-has-sold-more-weapons-than-any-other-administration-since-world-war-ii/

Sim, senhoras e senhores, o prémio Nobel da paz e ídolo liberal é responsável por isto!

Claro, o oligarca e fantoche do complexo industrial militar Trump não pode ficar atrás do seu antecessor…

Como pode um país com uma economia assente em pés de barro, com tantos problemas sociais, partes do país deprimidas, com uma classe política tão que usa e abusa de uma retórica reacionária, com uma finança quase reduzida ao casino e um tecido produtivo dedicado à perversidade da guerra não estar em decadência?

Jaime Santos disse...

E como é que isso se traduz em termos de lugares no Parlamento, que é a questão que deve ser colocada? E já agora, o que é que o ataque de Manchester, aparentemente conduzido por um britânico de origem líbia, tem a ver com o negócio de 100 mil milhões de dólares feito entre os EUA e a Arábia Saudita, um dos grandes financiadores do integrismo sunita? Já sabemos que os disparates ocidentais, incluindo as intervenções na Líbia e Síria, muito contribuíram para a situação em curso, agora tentar colar a cuspe o que faz Trump e o que faz May é capaz de ser um bocadinho exagerado, quiçá demagógico... Ainda quero ver o que acontecerá se Corbyn conseguir um bom resultado mas acabar bem derrotado por May que é o que por agora parece provável. Será que teremos o mesmo arrancar de camisas aquando da derrota de Mélenchon? Uma dos grandes defeitos da Esquerda da Esquerda é a sua incapacidade de olhar para dentro para explicar as sucessivas derrotas eleitorais...

Anónimo disse...

O que interessa são os lugares no parlamento....

Ah,já não interessa o respeito pela vontade popular.

Os arremedos do negócio do voto já sao assimilados por quem anda por ai a pregar pela democracia

Bem dizia Engels. Os partidos da ordem afundam-se com a legalidade que eles próprios criam

Jose disse...

Caça ao homem?
Caça à besta, ao falhado filho de uma ideologia de merda, falhada gente de falhada cultura, escória a eliminar.

Anónimo disse...

Hoje a questão que deve ser colocada são os lugares no parlamento.

A 17 de Maio era a vitória a 8 de Junho em toda a linha da direita, tida como certa.

Jaine Santos nao terá consciência que estas trocas e baldrocas dinamitam por completo o seu discurso?

Anónimo disse...

Mais qualificativos para as propostas de Corbyn por parte de Jaime Santos. A 19 de Maio.

" Zero. Puro e simples" " Contrariamente ao programa de um Blair, o de Corbyn é tudo menos radical" ( citando A Rawnsley).

E mais : " o principal problema da esquerda é mesmo incompetência." Façam o trabalho de casa, sim as comtinhas que sao uma chatice, cresçam, apareçam ..."

Agora reduzido a exercicios de aritmética manhosos?

Anónimo disse...

Jaime Santos para quando o deixar de rasgar camisas ? Para quando se torna capaz de olhar para dentro para explicar as sucessivas derrotas eleitorais?

É que em França não foi Melenchon o grande derrotado. Com menos de metade dos votos deste, esteve Hamon, o candidato socialsta,que encaixa muitíssimo melhor nesse papel que quer atribuir a Melenchon

A menos que o candidato de origem fosse Macron e aí já percebemos porque motivo Jaime Santos assume o abandono da sua antiga família política

Anónimo disse...

Coitado do Jose.

Não mete pena este choradinho apressado con que tenta esconder a mediocridade aflitiva, pesporrenta e senil dum Medina Carreira?

Profundamente emparelhados na defesa duma economia das trevas ao serviço dos maiorais de sempre, este Jose e Medina Carreira fazem lembrar uma novel brigada do reumático

Anónimo disse...

Depois dá gozo ver um representante dum patronato objectivamente classificado como inculto, medíocre e analfabeto vir falar em percentagens de doutorados nas empresas.

Nas empresas de mediocres cabotinos salazarentos e caceteiros patrões, que fogem ao fisco e frequentam bordéis tributarios, aceitarem-se assim doutorados que tornariam ainda mais evidente a boçalidade dym patronato desqualificado?

Anónimo disse...

De caça sabe o Jise.

Ele que andou a defender o direito à caça dum moinante do grupo,o Nuno Melo.

Maa tem que ter cuidado con o que diz. O falhado, filho de uma ideologia de merda, gente de falhada cultura e escória assenta que nem uma luva aos pides que defende.


Ha que estudar de facto as ligações destes tipos com o império americano e os seus interesses

Israel poe exemplo já bombardeou a Siria e o Iraque mas nunca o Estado Islâmico.

Porque será?

João Ramos de Almeida disse...

Caro Jaime,
Tem razão. Dei um salto no raciocínio. Não torna a acontecer.

A minha linha de pensamento tinha a ver com a forma de aproveitamento da propaganda oficial, quando se trata de dramatizar e qualificar as brutais mortes daqueles inocentes civis. Mas a propaganda obviamente omite as mortes de milhares de cidadãos de outros países, do mesmo tipo de civis, que as suas armas propiciam, ao ser vendidas a um país defensor de um Islão endurecido, que esteve na base do financiamento daqueles organizações que hoje são considerados terroristas e que nos matam.

Permita-me questionar as boas razões do Ocidente quando lamenta as mortes civis.

E permita-me questionar uma comunicação social que faz bem o seu papel de embrulho desta estratégia, repetindo e repetindo que todos devemos voltar à normalidade, quando não ha qualquer normalidade na nossa vida, acirrada que está por uma política externa curta e violenta. Somos vítimas desta política, somos cúmplices desta política quando votamos nela. Nem que seja por omissão de pensamento.