segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Da economia política (inter)nacional


Um dos gráficos mais impressionantes dos últimos tempos (através do indispensável boletim do historiador Adam Tooze): o sector público chinês pesa hoje mais no PIB mundial do que o Japão. É por estas e por outras que é preciso continuar a atirar barro à muralha, tentando aprender duas ou três coisas para lá da vulgata liberal, até para evitar novas guerras frias.

6 comentários:

Jaime Santos disse...

E uma pergunta que vale também a pena fazer é qual o peso real da dívida pública chinesa, em particular a das províncias. E outra, qual o peso da banca-sombra na Economia Chinesa?

Não esquecer que até bastante tarde poucos foram os que perceberam os problemas que afligiam a economia soviética...

Anónimo disse...

Jaime Santos continua igual a si mesmo.
É daqueles que sempre apostou que o crédito que é o motor do desenvolvimento da China acabará por fazer colapsar o sistema. E assim, a bancarrota está já ali ao virar da esquina.Isto há quantos anos? 10? 15?
Para exemplo dos néscios europeus a China continua a desafiar os profetas da desgraça.
A leitura da newsletter de Tooze é essêncial de facto para se compreender que para se competir eficazmente com a China a EU precisa da mesma coragem para limitar o poder das suas anquilosadas estruturas oligárquicas que Xi teve para restringir os oligarcas chineses. E isso é muito claro no texto.
Passei só para matar saudades.
Abraços, e uma palmadinha nas costas do Jaime Santos.
LOL
S.T.

JE disse...

Uma excelente ideia também esta de trazer à superfície alguns dos também excelentes textos de João Rodrigues sobre a China

(Adivinha-se a gula de Jaime Santos e os seus sonhos húmidos. Adiante)

Bem (re)vindo ST

Paulo Marques disse...

Não sei, Jaime, maior ou mais pequena que a dívida pública Japonesa ou do BCE e o seu zero de influência na economia real?
E quanto mais é que aceita vender para descobrir?

Anónimo disse...

O que se torna cada vez mais evidente e iniludível é o êxito das empresas chinesas de capitais públicos, que são geridas com a mesma eficiência das empresas privadas.
Isto vem contrariar a tese de que na competição pela eficiência os privados fazem milagres.
Outro mito que cai por terra é de que um estado autoritário é inevitavelmente ineficiente.

Anónimo disse...

Não é só isso
É a direcção dos bens como bens públicos e ao serviço do público
Quanto a eficiência mais o autoritarismo ou menos o autoritarismo não cola. É como o disparate dos milagres dos privados