domingo, 4 de junho de 2017

Estranhas coincidências

Imagem retirada da Wikipedia - "UK electoral polls

Apesar da suspensão da campanha, o primeiro atentado de Manchester não inverteu a ascensão do Partido Trabalhista. A campanha prosseguiu, Theresa May desapareceu defitivamente em combate, faltou a um debate essencial na BBC. E as sondagens continuaram a dar o Partido Conservador em queda. A última sondagem de ontem, dá os dois primeiros partidos com uma diferença de um ponto percentual de diferenta - repito: 1 ponto percentual! - quando há 15 dias tinha 20 pontos de diferença.

E não é que a poucos dias das eleições no Reino Unido surgem dois novos atentados no dia da final da Taça dos Campeões entre o Real Madrid e Juventus (na Ponte de Londres e em Borough Market)?

As forças policiais dizem que conseguiram responder em 8 minutos à primeira chamada de alarme e matar os terroristas, antes mesmo de conseguiram se fazer explodir, até porque não tinham quaisquer explosivos consigo.

Supostamente, após o atentado na ponte feito com uma carrinha branca, os três homens deixaram-na e seguiram para o Borough Market onde esfaquearam pessoas. A descrição feita pela documentarista Gabriele Sciotto, ao The Guardian (2:20), conta que a reacção policial foi muito rápida. Viu três homens a 20m de si e estava um polícia em Borough Market a tentar assustá-los. Os três homens correram na direcção de Gabriele porque estavam a ser perseguidos pelo polícia. Foram para a Stoney Street em direcção ao Wheatsheaf pub. Eram três. "De repente, montes e montes de polícias surgiram da outra direcção. Houve muitos gritos. 'Stop, no chão, no chão', coisas destas. Então a polícia começou a disparar". E os homens foram atingidos. Um deles ainda se movia. "Os polícias estavam assustados". Mais tarde, disse-se que a polícia disparara em resposta a tiros. 

Mais tarde (ver entrada às 12:49), os depoimentos contradizem-se. Lewis Bennett, 39 anos, no mesmo site do The Guardian, afirma que um dos atacantes foi morto por um polícia num bar, depois de ter esfaqueado diversas pessoas. Outra testemunha diz que ouviu tiros às 1h15, quando todas as declarações policiais (entrada às 4:43) dizem que "responderam pronta e corajosamente" confrontando  os três homens que foram atingidos e mortos" e outra entrada (4:46), dá os homens como mortos às 22h16.

Noutra entrada (7:51). diz-se que às 23h a polícia chegou e disse para que as pessoas as seguissem com as mãos na cabeça.

Nunca há sobreviventes nestes atentados. E a campanha vai de novo ser suspensa.

Num video posto no The Guardian (veja-se no link acima), vê-se jovens, cidadãos comuns, a caminhar pelas ruas com as mãos na cabeça, como se se tivessem rendido. "Porque puseram as mãos na cabeça?". "Não sei" responde um dos jovens. "Todos estavam a pôr..."

22 comentários:

José Neves disse...

João Ramos Almeida,

A insinuação do título é grave. Tanto mais que não se baseia em nada a não ser a sua desconfiança. Parece insinuar que a polícia já sabia que o atentado ia acontecer. Baseado em quê?

Morei em Londres e tenho família em Londres e ninguém acredita que o corpo de polícia em Londres se prestasse a qualquer manipulação com fins eleitorais.

Julgo que é jornalista, esta peça do ponto de vista jornalístico é altamente especulativa, irresponsável e eticamente lamentável.

José Neves


Anónimo disse...

Segundo a Sky, a polícia pediu às pessoas que saíssem dos bares e restaurantes com as mãos na cabeça. É provável que só os primeiros tenham ouvido a ordem da polícia, e os restantes tenham mimetizando o gesto.

Anónimo disse...

Não se diz "mãos na cabeça", diz-se "mãos atrás da cabeça" ou "mãos na nuca". Só percebi de que se tratava quando vi as fotografias.

Nem o acrescento do estarem como que "rendidos" ajudou, pois podia ser um sentido figurado. Andarem com as mãos na cabeça num desespero rendido.

Anónimo disse...

"Aí está o indizível na campanha para eleições gerais na Grã-Bretanha. As causas da atrocidade em Manchester, na qual 22 jovens adolescentes foram assassinados por um jihadista, estão sendo cuidadosamente suprimidas dos jornais e noticiários, para proteger os segredos da política exterior britânica.

Questões críticas – como porque o serviço MI5 de segurança mantinha "activos" terroristas em Manchester e por que o governo não alertou o público quanto à ameaça que havia – permanecem sem resposta, temporariamente afastadas pela promessa de uma "revisão" interna.

O suposto suicida-bomba, Salman Abedi, era membro de um grupo extremista, o Libyan Islamic Fighting Group, LIFG [Grupo de Combate Líbio Islâmico] que prosperou em Manchester e foi cultivado e usado pelo MI5 por mais de 20 anos.

O LIFG foi proscrito pela Grã-Bretanha, incluído na lista de organizações terroristas, porque luta por um "estado islâmico linha-dura" na Líbia e "é parte do movimento extremista islamista mais amplo, inspirado pela al-Qaeda".

A 'pistola fumegante' – prova indesmentível – é que quando Theresa May era Secretária de Assuntos Internos, os jihadistas do LIFG foram autorizados a viajar pela Europa sem serem perturbados, e encorajados a abraçar "a batalha": primeiro, para derrubar Mu’ammar Gadaffi na Líbia; e depois a engajar-se em grupos filiados à al-Qaeda na Síria.

O ano passado, o FBI teria incluído Abedi numa "lista de terroristas a vigiar" e alertou o MI5 que o grupo dele estava à procura de um "alvo político" na Grã-Bretanha. Por que não foi preso e a rede em torno dele impedida de planear e executar a atrocidade do dia 22 de maio?

Essas questões surgem por causa de um vazamento do FBI que demoliu a conversa sobre "um lobo solitário", que prosperou logo depois do ataque de 22 de maio – daí a reclamação, em tom de pânico, de extraordinária indignação, que Londres dirigiu a Washington e as desculpas de Donald Trump.

A atrocidade de Manchester levanta a pedra da política externa britânica, para revelar o seu pacto com islamistas furiosamente extremistas, especialmente a seita conhecida como wahhabismo ou salafismo, cujo principal protector e banqueiro é o reino saudita de petróleo – e principal comprador de armas britânicas"

Esse casamento imperial vai até a 2ª Guerra Mundial, e os primeiros dias da Fraternidade Muçulmana no Egipto. O objectivo da política britânica era deter o pan-arabismo: estados árabes desenvolvendo-se segundo o secularismo moderno, afirmando a própria independência do ocidente imperial e assumindo o controle dos próprios recursos. A criação de uma Israel rapace foi concebida para acelerar esse projecto. O pan-arabismo foi logo depois esmagado; e até hoje a meta é dividir para conquistar"
(cont)

Anónimo disse...

"Em 2011, segundo o Middle East Eye, o LIFG era conhecido em Manchester como os "Manchester boys". Em oposição implacável contra Mu’ammar Gadaffi, foram considerados de alto risco, e vários deles estavam sob prisão domiciliar por ordem do Home Office, quando começaram as manifestações anti-Gadaffi na Líbia, país forjado a partir de incontáveis inimizades tribais.

De repente, aquelas ordens foram suspensas. "Me deixaram ir, sem perguntas" – disse um membro do LIFG. O MI5 devolveu-lhes os passaportes e a polícia antiterrorismo no aeroporto de Heathrow recebeu ordens para deixá-los embarcar sem entraves.

O derrube de Gaddafi, que controlava as maiores reservas de petróleo da África, tinha sido planeada em Washington e Londres. Segundo a inteligência francesa, o LIFG fez várias tentativas para assassinar Gadaffi nos anos 1990s – financiadas pela inteligência britânica. Em Março de 2011, França, Grã-Bretanha e EUA aproveitaram a oportunidade de uma "intervenção humanitária" e atacaram a Líbia. Em seguida chegou a OTAN sob o disfarce de uma resolução para "proteger civis".

Em Setembro passado, o inquérito feito pela Comissão Especial para Assuntos Exteriores da Casa dos Comuns do Parlamento concluiu que o então primeiro-ministro David Cameron havia levado o país à guerra contra Gaddafi apoiado em uma série de "pressupostos errados" e que o ataque levara "ao crescimento do Estado Islâmico no Norte da África". A comissão dos Comuns citou o que chamou de "lamentável" descrição feita por Barack Obama do papel de Cameron na Líbia: a "shit show".

A verdade é que Obama foi protagonista do "shit show", empurrado por sua secretária de Estado e belicista obcecada Hillary Clinton, e com a mídia acusando Gaddafi de planear um"genocídio" contra o seu próprio povo. "Sabemos .... que se esperássemos mais um dia", disse Obama, "Benghazi, cidade do tamanho de Charlotte, poderia sofrer um massacre que teria reverberado pela região e mancharia a consciência do mundo."

A história do massacre foi inventada por milícias salafistas que estavam sendo derrotadas pelas forças do governo líbio. Disseram à Reuters que haveria "um verdadeiro banho de sangue, massacre semelhante ao que vimos em Rwanda". A comissão dos Comuns depois da investigação afirmou: "A ideia de que Mu’ammarGaddafi teria ordenado o massacre de civis em Benghazi não encontra apoio nas provas existentes".

A Grã-Bretanha,a França e os EUA efectivamente destruíram a Líbia como estado moderno. Segundo os seus próprios registos, a OTAN registou 9.700 "saídas para bombardeamentos", dos quais mais de um terço contra alvos civis. Incluíram bombas de fragmentação e mísseis com ogivas de urânio. As cidades de Misurata e Sirte foram bombardeadas até serem convertidas em monte de ruínas.A Unicef, a organização da ONU para crianças, noticiou que uma alta percentagem das crianças mortas "tinham menos de 10 anos de idade".

Anónimo disse...

Mais que "dar origem" ao Estado Islâmico – o ISIS na verdade tem raízes nas ruínas do Iraque, depois da invasão de Blair e Bush em 2003 – esses monstros medievais passaram então a ter todo o norte da África como base. O ataque também disparou uma onda gigantesca de refugiados que procuraram a Europa.

Cameron foi celebrado em Trípoli como um "libertador" ou imaginou que tivesse sido. As multidões que o saudavam incluíam aqueles secretamente fornecidos e treinados pelos serviços secretos britânicos, e inspirados pelo Estado Islâmico, como os "Manchester boys".

Para os norte-americanos e britânicos, o verdadeiro crime de Gadaffi foi a sua independência iconoclasta e seu projecto para abandonar o petrodólar, um dos pilares do poder imperial dos EUA. Gaddafi já tinha um plano audacioso para criar uma moeda comum africana lastreada em ouro, estabelecer um banco pan-africano e promover a união económica dos países pobres com recursos naturais valiosos. Fosse isso acontecer ou não, a simples ideia era intolerável para os EUA, quando se preparavam para "entrar" na África e subornar governos africanos com "parcerias" militares.

O ditador caído fugiu para tentar salvar a vida. Um avião da Força Aérea britânica localizou o comboio no qual viajava, foi sodomizado com uma faca por um fanático que a imprensa ocidental descreveu como "um rebelde".

Tendo saqueado o arsenal líbio de $30 bilhões, os "rebeldes" avançaram para o sul, aterrorizando cidades e vilas. Entrando no Mali subsaariano, destruíram a frágil estabilidade do país. Os franceses, sempre prestativos, enviaram aviões e soldados para sua ex-colônia "para combater a al-Qaeda", ou a ameaça que ajudara a criar.

Dia 14/10/2011, o presidente Obama anunciou que estava enviando forças especiais para Uganda para se engajarem na guerra civil lá em curso. Nos poucos meses seguintes, tropas norte-americanas foram enviadas para o Sudão do Sul, o Congo e a República Centro-africana. Com a Líbia protegida, houve uma invasão do continente africano por tropas norte-americanas, que passou praticamente sem ser noticiada.

Anónimo disse...

"Em Londres, o governo britânico encenou uma das maiores feiras de armas do mundo. Nos stands, o principal 'argumento' de propaganda era o "efeito demonstração na Líbia". A Câmara de Comércio e Indústria de Londres organizou um evento intitulado "Oriente Médio: Vasto mercado para empresas de defesa e segurança do Reino Unido". O anfitrião foi o Royal Bank of Scotland, grande investidor em bombas de fragmentação, que foram vastamente usadas contra alvos civis na Líbia. A publicidade para a grande orgia das armas do banco falava de "oportunidades sem precedentes para empresas de defesa e segurança do Reino Unido."

No mês passado, a primeira-ministra Theresa May estava na Arábia Saudita, vendendo mais de £3 bilhões em armas britânicas, que os sauditas usaram contra o Iémen. Instalados em salas de controle em Riad, conselheiros militares britânicos assistiram ao bombardeio saudita, que matou mais de 10 mil civis. Já há agora sinais claros de fome generalizada. Morre uma criança iemenita a cada dez minutos, por causas evitáveis – diz a Unicef.

A atrocidade em Manchester dia 22 de maio foi produto dessa violência de estado que não tem limites, aplicada a locais remotos, grande parte da qual é patrocinada pelos britânicos. Os nomes e a realidade da vida das vítimas praticamente nunca chegam a ser notícia desse lado do mundo.

Essa verdade luta para se fazer ouvida, como lutou para ser ouvida quando o metro de Londres foi bombardeado dia 7/7/2005. Ocasionalmente, alguém rompe o silêncio na rua, como o morador do leste de Londres que se intrometeu à frente de uma equipe de televisão e da repórter da CNN. "Iraque!" – disse ele. – "Nós invadimos o Iraque. Esperávamos o quê?! Vamos! Digam a verdade!"

Num grande encontro de mídia do qual participei, muitos convidados importantes diziam "Iraque" e "Blair" numa espécie de catarse, por tudo que não se atreveram a dizer profissionalmente e publicamente.

Mas, antes de invadir o Iraque, Blair foi avisado pela Comissão Conjunta de Inteligência de que "a ameaça da al-Qaeda aumentará na sequência de qualquer acção militar contra o Iraque (...) A ameaça mundial, de outros indivíduos e grupos terroristas islamistas aumentará significativamente".

Assim como Blair trouxe para dentro da Grã-Bretanha a violência do "shit show" encharcado de sangue que ele e George W Bush encenaram, assim também David Cameron, com o apoio de Theresa May, consumou seu crime na Líbia e esse horrendo dia seguinte, com todos os mortos e mutilados na Manchester Arena dia 22 de maio.

Agora a conversa volta, como sempre. Salman Abedi agiu sozinho. Bandido menor, batedor de carteiras, nada além disso. A extensa rede revelada a semana passada pelo vazamento norte-americano desapareceu. Mas as perguntas não.

Por que Abedi pôde viajar livremente pela Europa até a Líbia e voltar a Manchester apenas poucos dias antes de cometer seu crime horrível? Terá o MI5 informado Theresa May de que o FBI o estava rastreando, como parte de uma célula islamista que planejava atacar um "alvo político" na Grã-Bretanha?

Na actual campanha eleitoral, o líder trabalhista Jeremy Corbyn fez uma cautelosa referência a uma "fracassada guerra ao terror". Como ele sabe, jamais houve guerra ao terror, só e sempre foi uma guerra de conquista e subjugação. Palestina. Afeganistão. Iraque. Líbia. Síria. Agora se diz que o Irã é o próximo. Antes que tenhamos outra Manchester, quem terá a coragem de contar essa história ?

John Pilger

Jaime Santos disse...

Por uma vez, João Ramos de Almeida, explique exatamente o que quer sugerir, porque eu não estou a ver bem o filme. Que a polícia britânica sabia que os atacantes preparavam o ataque e não interveio antecipadamente? Que de algum modo as forças de segurança e o Governo estavam em conluio com os atacantes? Sabe a quantidade de gente que teria que ficar calada para que um tal crime passasse sem ser denunciado? Se tem provas apresente-as, se não tem, pelo menos tenha a coragem de atirar a pedra sem esconder a mão... Caso contrário, é mesmo melhor ficar calado, até por respeito às vítimas...

Anónimo disse...

Desculpe, mas essa nota sugere algo que é grave demais para ser apenas sugerido. Que haja discordância entre as testemunhas parece-me algo normal nessas circunstâncias. Sugere que a polícia estava a par de que haveria um atentado naquele local para tentar suster a queda do Partido Conservador nas sondagens? Não acha que é uma hipótese de uma gravidade gigantesca para um resultado incerto, sobretudo se qualquer comentador da web pode fazer esse tipo de acusação gratuita, sugerindo que estaria havendo um complot do conhecimento até do bobby da esquina? Eu sugiro uma outra versão: o seu cometário visa retirar os méritos à campanha do Corbyn.

Anónimo disse...

Um post corajoso de João Ramos de Almeida a colocar questões pertinentes bem complementado com um texto de John Pilger.

Das alminhas que aqui se escandalizam com as reflexões de JRA nunca se lhes ouviu qualquer piu sobre as atrocidades e destruição praticadas e/ou financiadas no Iraque, Afeganistão, Líbia, Síria, Palestina ou na região dos Grandes Lagos, e outras Primaveras, sempre com o fito do controle geoestratégico e económico desses territórios pelos suspeitos do costume.
Comentários hipócritas e cínicos como estes metem nojo.

Jose disse...

Primeiro um Brexit.
Depois o medo do Brexit.

Raquel Sousa disse...

Subscrevo na íntegra o comentário anónimo das 23:32h. Acordem! Há muitos interesses em jogo e jogam-se agora.

mafranco disse...

As teorias da conspiração totalmente irresponsáveis a fazer o caminho do costume entre os apaniguados tb do costume. Está-se mesmo a ver a polícia inglesa a fazer fretes eleitorais, para além do maquiavélico plano que supõe a sua execução. Depois admiram-se de não terem qq credibilidade...

Anónimo disse...


Primeiro o Brexit.

E o medo de Jose pelo dito cujo.

Isso mesmo. Essa estória de sair das rédeas da Alemanha mete medo. Sobretudo aos joses desta vida.

A inquietação pelo Brexit com todas aquelas cenas um pouco histriónicas que acometeram o jose está por ai espalhada.

Que agora volte ao tema significa o quê ? Que continua a ter medo? E a amaldiçoar a expressao da vontade democrática do povo do RU?

Filipe Martins disse...

Uma crónica indigna deste blogue. Se é para semear suspeitas e insinuações mais vale ir ler o Correio da Manhã.

Anónimo disse...

mafranco e Filipe Martins têm tanta credibilidade como os bandalhos saqueadores Bush, Barroso, Blair e Aznar e, as suspeitas e insinuações, perdão, a afirmação categórica de que o Iraque possuía armas de destruição massiva. Um atentado todos os dias no Iraque e nos territórios assaltados pela UE e EUA, milhões de deslocados e refugiados, milhares a morrerem no Mediterrâneo e estes papagaios continuam a repetir o que lêem no Correio da Manha.

Anónimo disse...

"Une enquête « sensible » sur le financement du terrorisme au Royaume-Uni pourrait ne pas être publiée (The Guardian)
Jessica Elgot
Une enquête autorisée par David Cameron sur le financement et le soutien étrangers des groupes jihadistes pourrait ne jamais être publiée, a déclaré le Ministère des Affaires Etrangères britannique.
L’enquête sur le financement de groupes extrémistes opérant au Royaume-Uni fut commandée par l’ancien Premier ministre et est censée se concentrer sur l’Arabie saoudite, désignée à maintes reprises par les dirigeants européens comme source de financement des jihadistes islamistes.
L’enquête a été lancée dans le cadre d’un accord avec les Démocrates Libéraux en échange de leur soutien aux raids aériens britanniques contre l’État islamique en Syrie en décembre 2015.
Tom Brake, le porte-parole des Affaires étrangères des DL, a écrit au Premier ministre pour lui demander de confirmer que l’enquête ne sera pas mise au placard.

The Observer a rapporté en janvier de l’année dernière que l’unité d’analyse de l’extrémisme du Ministère des Affaires Etrangères britannique avait reçue comme directive du Premier Ministre d’enquêter sur le financement à l’étranger de groupes extrémistes au Royaume-Uni, et de montrer les résultats à Theresa May, alors Ministre de l’Intérieur, et à Cameron.
Cependant, 18 mois plus tard, le Ministère des Affaires Etrangères a confirmé que le rapport n’avait pas encore été complété et a déclaré qu’il ne serait pas nécessairement publié, en qualifiant son contenu de « très sensible ».
Une décision serait prise « après l’élection du prochain gouvernement » sur l’avenir de l’enquête, a déclaré un porte-parole du Ministère de l’Intérieur.
Dans sa lettre à May, Brake a écrit : « En tant que Ministre de l’Intérieur à l’époque, votre ministère était particulièrement impliqué dans la rédaction du rapport. Dix-huit mois plus tard, et à la suite de deux horribles attentats terroristes commis par des citoyens nés au Royaume-Uni, ce rapport n’est toujours pas achevé et publié.
« Ce n’est pas un secret que l’Arabie Saoudite, en particulier, fournit des fonds à des centaines de mosquées au Royaume-Uni qui adoptent une interprétation Wahhabiste très dure de l’Islam. C’est souvent dans ces institutions que l’extrémisme britannique prend racine ».
Le contenu du rapport pourrait s’avérer sensible aussi bien sur le plan politique que juridique. L’Arabie saoudite, qui a été une source de financement pour les prédicateurs et les mosquées islamistes fondamentalistes, a reçu la visite de May plus tôt cette année.
En décembre dernier, un rapport divulgué du service de renseignement fédéral de l’Allemagne a accusé plusieurs groupes du Golfe de financer des écoles religieuses et des prédicateurs salafistes radicaux dans les mosquées, le qualifiant de « stratégie d’influence à long terme ».

Jose disse...

Cuco, sempre a retorcer o óbvio:

A cretinagem votou sim ao Brexit, agora temem pelo futuro e tratam de pendurar-se nos manás prometidos pelos trabalhistas; a rota segura para a miséria.

Não te preocupes comigo Cuco, que estou e estarei bem.

José M. Sousa disse...

Quanto à polícia britânica não me pronuncio, mas quanto aos serviços secretos, já existem precedentes de relações perigosas. Convém recordar o citado neste artigo do Guardian de há dois anos: https://www.theguardian.com/uk-news/2015/jun/01/trial-swedish-man-accused-terrorism-offences-collapse-bherlin-gildo

Anónimo disse...

O que debate é a situaçao no RU.

Pede-se desculpa mas nao se debatem as amizades ou as tentativas de amizade de quem quer que seja. A vida privada é do foro pessoal e ninguem tem nada com isso. Mas o sitio indicado para as inquietações do jose devem ser mais as páginas de anúncio do Correio da manhã não?

Posto isto passemos a coisas sérias.

Anónimo disse...

Pasme-se

A "cretinagem votou sim ao Brexit"

Quem não vota no que este tipo quer é "cretino". Será por isso que este tipo gostava da União Nacional?

Tinha o problema das "cretinagens" resolvido.

Este é o espelho da mediocridade também intelectual duma direita pesporrenta e agora neoliberal. E com toda a certeza profundamente anti-democrática.

Anónimo disse...

Parece que quem votou no Brexit vota agora em Corbyn. Para proteger os "manás"...

Quem nos protegerá destes manás tão patetas como inverosímeis?

O apoio ao Brexit continua. Quer May quer Corbyn afirmaram respeitar a vontade do povo.

A inquietação pelo Brexit com todas aquelas cenas um pouco histriónicas que acometeram o jose está por ai espalhada. Há registos escritos e registos insultuosos sobre o tema

Parece que uma das justificações possíveis para esta afirmação tão gritantemente idiota seja mesmo o receio pelas consequências do Brexit.
E como se vê continua a amaldiçoar a expressão da vontade democrática do povo do RU.

Confere