sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Basta


Basta sensatez. A Caixa é pública, a sua administração é pública, não deve haver acumulação de fontes de rendimento, os vencimentos têm de ser um pouco menos altos do que nos outros bancos para ajudar a regular o mercado, e o património tem de ser declarado. Simples. Devia ser, pelo menos.

Pedro Lains tem razão, mas a sensatez escasseia num tempo ainda dominado pelo empresarialmente correcto, pelo romance dos homens providenciais da gestão, parte da ficção neoliberal para justificar a concentração de rendimentos no topo. Entretanto, Lains apela a que se explore a pista europeia para identificar a fonte política do problema do governo da banca pública, obrigada a comportar-se como se fosse privada. No detalhe deste sensato apelo, creio que subestima a resiliência do espírito da troika, que vai muito para lá do FMI e da própria direcção-geral da concorrência: o desgraçado Consenso de Bruxelas, que resgatou o Consenso de Washington, está inscrito na lógica do euro.

6 comentários:

Anónimo disse...

Mais uma vez lapidar.

Entretanto Hollande, a França e a Comissão Europeia.

Durão Barroso e Junker metidos até ao pescoço nas mixórdias que nos são apresentadas como se de coisa limpa se tratasse.
O próprio PSD a pedir justificações, sabendo que a coisa está a ficar demasiado óbvia e necessitando de espaço para continuar o mesmo trabalho mas fingindo distância.

Espécie de cartel de proxenetas a sacudir a água do capote e a dizer que isso de proxenetismo era mesmo só com o chefe

Jose disse...

A ideia é que o Estado não nacionaliza; faz OPAs no mercado.

Posta a coisa nesta base só falta que o Governo ponha 10% do capital em bolsa e logo prometa fazer uma OPA em 2018 para impedir que o Jerónimo e a Catarina recolham a um hospício.

Anónimo disse...

O Jerónimo e a Catarina? E ainda por cima num hospício?
Herr jose dobre a língua por favor. Não chegámos ainda à estrebaria argumentativa.


Isto é apenas o nível do debate trazido a debate por herr jose? Parece saber muito de OPAS, mercados e bolsas. Mais do que a aritmética ou que as ligações entre Pinochet e Friedman. O que não deixa de ser suspeito

Herr jose , o trabalho de patrão perito era também desta índole? Uma espécie de palhaço a debitar os cantando e rindo para que se entretenham com as palhaçadas do "servidor cívico"?

Jose disse...

Cuco, distraí-me e não te servi a versão 'd e v a g a r i n h o'.

O acordo Governo/Administração Caixa é o seguinte:
O Estado é o acionista único de uma empresa que está no mercado em concorrência com os privados agindo como privado. Esse é o argumento que permitiu carregar a caixa de dinheiro sem ser ajuda do Estado.
O acionista é de direito público e a empresa de direito privado.
Vai dizer ao Jerónimo e à Catarina que a Caixa foi privatizada! Não se diz, mas é o que se teria de dizer se não fosse a farsa geringonçosa.

Pode uma empresa ser pública sem gestores públicos? Não.
Logo não tendo gestores públicos não é pública! O acionista é que é de direito público.
Confuso? Não, tão só geringonçoso.

Aleixo disse...

Nem querendo questionar a sensatez ou não da "coisa", defendo que o desempenho de cargo de nomeação política, não pode prejudicar o cidadão, que se disponibiliza.

Quanto a mim, a alteração das regras de remuneração dos gestores da CGD, foi errada. A treta de um "mal estar"...uma questão de mercado...dos mais competentes...não passou de...TRETA!
...mais aquela treta, de achar que tudo passa a legítimo, se fôr assumido! Tá bem...tá!
É o que eles querem!

Anónimo disse...

Mais uma vez herr jose anda à volta com os cucos, espécie de marca, quem sabe se senil, a traduzir processos psicológicos complexos mas seguramente pessoais

Pelo que se agradece alguma contenção por parte de herr jose. Algum pudor, ao menos

Quanto à substância do discurso de herr jose não se percebe nem o alcance nem o propósito. Foi-lhe aconselhado a dobrar a língua e a não usar estrebaria argumentativa. Foi sublinhado o seu conhecimento suspeito sobre as OPAS, mercados e bolsas, mostrando o enviesamento mental e intelectual do fulano. Foi inquirido directamente sobre a sua ignorância da aritmética e das ligações Pinochet / Friedman, temas pungentes que revelaram o descalabro intelectual e cívico por parte do sujeito em causa.

E em resposta a tudo isto temos um discurso perfeitamente ao lado,macaqueando um qualquer comentário dum qualquer neoliberal a salivar pelo lucro dos banqueiros e por uma banca ao serviço dos privados?
Tendo como justificação e desculpa essa UE pos-democrática e de trampa?

(Herr jose ainda não percebeu ou prefere fazer estas figuras tristes?

A banca devia ser toda nacionalizada. Para a colocar ao serviço da economia e do país e não ao serviço dos banqueiros que rapinam os lucros e que nos fazem pagar os prejuízos).