E eis que acontece o que estava previsto.
Mais um atentado em França - sempre em França. Os mesmos responsáveis políticos fazem declarações guerreiras, com a mesma eficácia das anteriores. No dia da Liberdade, Hollande prolonga o estado de emergência por mais três meses e declara que vão prosseguir as iniciativas militares no Iraque e na Síria. "Continuaremos a fustigar quem nos ataca no nosso próprio solo", é uma triste resposta de Hollande que não tem tido qualquer pejo de agir fora do "seu" solo. Desde 2001, que ouvimos estes peitos cheios de ar que, a coberto de agendas bem mais obscuras, redundam em centenas de milhares de mortos e milhões de refugiados.
Ao mesmo tempo que se espalha a destruição no exterior da Europa - ainda vista como uma bolha de segurança para as pessoas que vivem nesses países atormentados e que são atraídos para a paz como por uma forte luz - os cidadãos europeus vão apanhando com os estilhaços da guerra feita fora de casa. E vão assistindo - repita-se, assistindo - a uma sociedade cada vez mais fechada e militarizada, repleta de Green-zones e Fun-zones.
Se a União Europeia se desconstrói e desmorona como um prédio a implodir em câmara lenta, muito se deve a toda à sua política monetária/cambial e à sua política externa, entregue aos seus Estados membros sob a forma de venda de armamento, apoio militante a facções nos terrenos circundantes, incursões militares. Tudo acompanhado internamente por uma subida da extrema-direita em diversos países e uma desconfiança em crescendo.
Se o objectivo foi premeditado, tem sido um sucesso.
sexta-feira, 15 de julho de 2016
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4 comentários:
A França esta´ feita num oito, pelos vistos passou a ser o alvo principal a abater.
Napoleão andou la´ por Palmira, foi verdade. Mas François Hollande tem pouco de Napoleão.
A cede imperial deste Sr. Hollande e´ só cede, nada mais. De resto, tem de prestar vassalagem ao TIO SAM como quaisquer “europeísta convicto”.
Esta coisa de andar a fazer guerra em terra alheia tem os seus custos. Dói ver que as vitimas deste absurdo sortilégio guerreiro são precisamente pessoas inocentes. Maldita Guerra! De Adelino Silva
Obrigado Durão Sachs Barroso!
A grande aposta dos radicais é mobilizar os suicidas para morrerem matando.
Eis a força de uma civilização fracassada, a bandeira de uma cultura bloqueada na idade média.
A grande aposta dos radicais?
Quais radicais? os radicais de extrema-direita que governaram Portugal até ao 25 d eAbril de 1974?
Ou os radicais paridos no ventre da intervenção ocidental no Iraque e que se tem prolongado pela Líbia e pela Síria?
Uma má notícia para este das 13 e 31. Não é a civilização que está fracassando.O que fracassa é o império e os seus múltiplos contactos.
É o capitalismo estúpido
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