Foi em Novembro de 2012 e a ideia era, basicamente, a de acenar com a promessa de descida de impostos, uma vez aceite - como condição - proceder a um «ajustamento» do Estado Social à suposta capacidade fiscal do país. Sucede, porém, que desde então se preparou um programa de cortes na função pública, nas pensões e nas despesas sociais, que atingirá os 4 mil e setecentos milhões de euros até ao final de 2014. Mas, então, e a descida de impostos? Pois, quanto a isso, esperem sentados: Passos Coelho assegurou que o governo está a trabalhar para aliviar IRS até 2015, mas não se compromete com a sua efectiva descida (ao contrário do IRC, claro).
Ou seja, primeiro eram as «gorduras do Estado Social». E como estas demonstradamente não existiam, passou-se para a tese de que o Estado Social - não sendo afinal gordo - precisava de se ajustar para reduzir o esforço fiscal do país. Quando do que se trata (como sempre se tratou) é de assegurar, acima de todas as coisas, os recursos necessários para alimentar o sorvedouro dos juros agiotas. De uma dívida que é tanto mais impagável quanto mais exaurida se torna a economia, às mãos dos loucos que nos governam com a cumplicidade irresponsável de Belém.
1 comentário:
Saudações... Adorei o post! Continuem publicando de modo a informar a nossa sociedade!
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