segunda-feira, 15 de maio de 2023

Poluição ideológica


Luís Marques Mendes é consultor da Abreu Advogados desde 2012, exercendo também o cargo de Presidente do Conselho Estratégico da sociedade e integrando o Grupo Angolan Desk. Antes de integrar a Abreu Advogados, exerceu advocacia durante os anos oitenta, atividade profissional que veio a interromper para exercer, durante duas décadas consecutivas, cargos de natureza política, parlamentar e governativa (...) Já depois de abandonar a vida política, e antes de integrar a Abreu Advogados, foi administrador em várias empresas ligadas ao setor da energia. Atualmente, fora da vida política ativa
[risos], é membro do Conselho de Estado designado pelo Presidente da República e comentador de política nacional e internacional num grande canal de televisão português. 

Apresentação na Abreu Advogados.

Paulo Portas é Vice-Presidente da Confederação de Comércio e Indústria de Portugal, para além de Presidente do Conselho Estratégico da Mota Engil para a América Latina. Desempenha também cargos de administração no board internacional de Petroleos de Mexico (Pemex) e faz ainda consultoria estratégica internacional de negócios, sendo para efeito founding partner da Vinciamo Consulting. Dá aulas de mestrado Geo Economics and International Relations na Universidade Nova e na Emirates Diplomatic Academy; dirige seminários sobre internacionalização e risco político para quadros de companhias multinacionais e é ainda presença frequente na televisão em comentários de política internacional e speaker da Thinking Heads em conferências. Foi ministro da Defesa, ministro dos Negócios Estrangeiros e Vice-Primeiro Ministro de Portugal. 

Apresentação na Llorente&Cuenca, “a consultora líder na Gestão de Reputação, Comunicação e Assuntos Públicos em Portugal, Espanha e na América Latina”.  

Ao domingo à noite são emitidas quantidades particularmente elevadas de poluição ideológica televisiva, em sinal aberto, uma concessão pública, o que implica deveres. 

A economia política marxista mais simples explica este monopólio de facilitadores dos grandes negócios das direitas: as ideias dominantes são as da classe dominante, sem contraditório. 

A economia política neoclássica, para lá do mau manual, também pode ser mobilizada por analogia: se assumirmos a hipótese de que as preferências têm de ser (in)formadas, podemos estar perante externalidades negativas, em que a poluição ideológica incontida prejudica precisamente o tal processo de (in)formação. 

As prescrições são claras: regular e taxar, diria a economia política neoclássica; alterar as relações de propriedade, diria a economia política marxista. Dado o estado de demissão da ERC e do Governo, que chegou a subsidiar estes grupos, qual é a saída para este estado de coisas? 


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