As contas certas de Fernando Medina traduzem-se nisto: segundo as previsões do Governo, os salários reais diminuirão 0,8%, em 2022, e a produtividade crescerá 3,5%, o que significa que a transferência do trabalho para o capital será de 4,3%. A diferença entre os crescimentos da produtividade e dos salários reais dá-nos a perda de peso do trabalho no rendimento nacional, correlativa dos ganhos do capital.
Neste século, e no que às redistribuições de rendimento do trabalho para o capital diz respeito, não se encontra nada que se pareça: o valor mais próximo é o de 2012, com 2,7%. Costa fará pior do que Passos.
A ortodoxia ordoliberal continua a ter um notável enviesamento de classe.
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