sexta-feira, 31 de julho de 2020

Dependências há mesmo muitas


Ficámos a saber que “a auditoria ao Novo Banco pedida pelo Governo à consultora Deloitte, obrigatória após a injecção de capital feita em Maio pelo Fundo de Resolução, devia ser conhecida esta sexta-feira, mas está atrasada.” 

Mais do que o atraso, o verdadeiro problema é a dependência face a estas poderosas consultoras multinacionais para fazer um trabalho que, até por uma questão de confiança, deve caber ao próprio Estado. Mas, já se sabe, o esvaziamento das competências do Estado é todo um negócio, das consultoras aos grandes escritórios de advogados, todo um círculo vicioso criado há muito pelos neoliberais em várias escalas.

22 comentários:

Anónimo disse...

O BPN estava sólido como uma rocha, antes de falir. O BES idem.
Quantas dessas consultoras têm interesses diretos e, principalmente indiretos, nos negócios que "analisam" e supostamente "avalizam"?
A Grécia é o exemplo acabado do desastre que uma consultora pode provocar a um país.
O estado, que compra estes serviços, não conhece, nem quer saber, dos conflitos de interesses que podem estar a inquinar o trabalho de quem contrata.
Nem os erros passados prestam qualquer função de otimização.
Está mal, continua mal.
Quem governa não é quem elegemos.
Essa será a mais importante das lições a tirar da trumpofonia.

Jose disse...

Não basta ter Banco de Portugal e Fundo de Resolução e Ministério das Finanças e Autoridade Tributária e Tribunal de Contas e CMVM e ...?
Está o Estado desfalcado de quadros?
Estão mal pagos?
São incompetentes?

Anónimo disse...

Uma larga maioria de políticos não só não acha que não deve haver independência no escrutínio como acha que este nem deve existir, pensem na dita divida "soberana" o que é feito da auditoria cidadã a essa divida, o "elefante na sala" que todos insistem em não ver, deixem de hipocrisia, na generalidade os políticos mentem e mentem muito e depois é a extrema direita que ganha força com a ignorância do povo,na verdade este "centro" é um dos lados da mesma moeda.

JE disse...

Jose fala em "competências"

Daquelas competências de que andou a cantar o fado a propósito do Governador do Banco de Portugal?

Um treteiro e mais além

JE disse...

Mais uma vez em meia dúzia de linhas, o autor do post põe o dedo na ferida

De tal forma que, perante os factos e os dados ( que JR contextualiza), tanto jose como joão pimentel ferreira chegam a terreiro para defender cada um a seu modo as dependências do Estado

José não percebe.

Nem percebe, tão atarefado está em colocar em causa o Estado, que o que está em causa é a opção pelo esvaziamento das competências do Estado em favor de grandes grupos com grossos interesses económicos

Não se trata por isso ( e especifica-se para ver se agora percebe) do Estado estar desfalcado de quadros, destes serem mal pagos ou de serem incompetentes.

Não. São os "competentes" dirigentes que optam por tal tipo de dependências. Afinal é deste modo que o neoliberalismo se governa e nos governa.

É de facto deste modo que o Capital gosta.Olhem para aí como estão nutridos e luzidios as consultoras e os grandes escritórios de advogados

Jaime Santos disse...

Mas já agora, quem é que garante que os quadros ao serviço do Estado não são susceptíveis à pressão política?

Estou a ler, João Rodrigues, a história de Chernobyl. Um caso claro da incapacidade de técnicos qualificados serem incapazes de dizer não a políticos, com consequências bem mais graves que a implosão do BES ou as negociatas do Novo Banco.

Mais perto de nós, o Banco de Portugal tem demonstrado uma notória incapacidade de regular a actividade bancária e não vale a pena colocar a culpa em Frankfurt porque os técnicos são Portugueses.

Bem entendido, o problema não é a auditoria ser conduzida por privados ou pelo sector público. É garantir que não há conflitos de interesse (os que aconselham não são os mesmos que depois auditam) ou que efectivamente os funcionários públicos são independentes do poder político.

A confiança que o João Rodrigues tem na competência e na independência do aparelho de Estado, olhando para exemplos que conhece bem, roça, com franqueza, a ingenuidade :) ...

Paulo Marques disse...

Jose, pergunta aos teus colegas Xavier e Júdice, pode ser que te respondam.

JE disse...

João pimentel ferreira por variados motivos opta por outro caminho

Desde há muito tempo ( desde a fundação deste blog) tem como mister fazer neste mesmo blog um jogo particularmente sujo.

Com os nicks disponíveis para fazer este seu "trabalho". Uma vezes de forma directa, outras vezes de forma encapotada, outras ainda tentando fazer-se passar pelo que não é, para depois tentar torpedear quando necessário o debate sério e consequente.

Não há oportunidade em que o não tente. Desde 2007.

Vangloriar-se-á deste seu "trabalho" nos sórdidos antros que frequenta

Parece que a aposta que fez e que lhe tem arrecado proveitos está cada vez mais difícil

JE disse...

Com efeito os anónimos de 31 de Julho de 2020 às 15:07 e de 31 de julho de 2020 às 20:04 são "anónimos" marca JPF

O "rebolucionarismo" está presente. A ver se passa. Não o "rebolucionarismo" mas o seu autor

Quando se analisa um pouco melhor, o que se vê á a vacuidade aflitiva dum que coleciona frases feitas. Cheio de preciosidades como estas:

-"A Grécia é o exemplo acabado do desastre que uma consultora pode provocar a um país."

A culpa é da "consultora", Tudo o resto é para entrar nas histórias da carochinha dos branqueadores sistémicos.A começar no apagar do papel da União Europeia, ou do FMI, ou das contradições do processo de integração europeia, desenhado em função dos interesses dos que JPF nem quer ouvir denunciar


- "O estado, que compra estes serviços, não conhece, nem quer saber, dos conflitos de interesses que podem estar a inquinar o trabalho de quem contrata.Nem os erros passados prestam qualquer função de otimização."

Trata-se tão somente de conflitos de interesses. Que inquinam. A que se acrescentam os erros passados. Mais a sua optimização.
Ah e a ignorância do Estado. Sobretudo de quem governa o estado.São uns ignorantes e até nem querem saber

Eis uma espécie de conversa para boi dormir.Releia-se a meia dúzia de linhas do autor do post para se compreender que estamos num outro nível


- "Quem governa não é quem elegemos."

Mais outra tirada a atestar o carácter rebolucionário da coisa. JPF elegeu passos coelho. E cavaco. Agora vem para aqui lastimar-se que estes não governam

Quem se governa sabemos nós quem é. E sabemos como são eleitos estes "governantes" Também com a ajuda da manipulação franca e da mentira abjecta


- "Essa será a mais importante das lições a tirar da trumpofonia."

Eis a marca rebolucionária avançada assim tão a despropósito, mas que tem o peso de trump. Um passaporte certo para ficar do lado certo da coisa.
Trumpofonia ou pimentalofonia.Ou ferreirofonia. Ou aoniofonia.

Ou idiotofonia. Cita-se ( desta forma idiota) trump. Assim não se repara nesta delegação de competências do Estado e do que isto significa de facto: a dependência face a estas poderosas consultoras multinacionais, o esvaziamento das competências do Estado,os negócios privados fomentados pelos governos, a mão invisível dos mercados e a mão quase visível dos neoliberais em várias escalas.

JE disse...

JPF volta depois em versão "anónimo" das 20 e 04.

Para mostrar que é outro, utiliza o que aprendeu num curso na Suécia. Rasura os pontos finais.

Mas o seu conteúdo denuncia-o

Retoma um diálogo consigo próprio. Repesca o "escrutínio", quando o único que falara em tal fora o "anónimo" das 15 e 07, ou seja, ele próprio. Atrapalhado com a denúncia de JR, chuta a bola para a dívida cidadã. Eis o "elefante na sala". No comentário anterior o passaporte para a etiqueta de rebolucionário era trump. Aqui é a dívida cidadã

E continua: "na generalidade os políticos mentem e mentem muito". E assim JPF papagueia o vocabulário de um candidato a Ventura, com este discurso generalista tão típico desta gentalha

E continua: "a extrema direita que ganha força com a ignorância do povo,na verdade este "centro" é um dos lados da mesma moeda"

Só mesmo um tipo com a "qualidade" de JPF poderia escrever estas imbecilidades. Como quem quer que o levem a sério

esteves ayres disse...

Depois quando vão à falência (por ruinosa gestão), as empresas privadas - de imediato recorrem ao estado ( o que neste momento esta acontecer), mas antes, não querem (dizem mal do Estado) estado - Sabemos quais são os seus principais defensores e representantes confederações, associações patronais e partidos políticos (PS/PSD/CDS/Chega/Liberal)… Se existirem dúvidas consultem os seus programas eleitorais...

Anónimo disse...

Excelente o texto.
É pena deixarem este «Jose» comentar.
Este é o tal que em vez de escrever «Telescola», escreve «tele-escola».
É mais um incompetente e saloio armado em intelectual.

Anónimo disse...

Porque motivo JPF quer proibir josé de comentar?

É uma oportunidade para tornar as coisas mais claras e para permitir expor a podridão que reúna por aí. E quem a apoia

Anónimo disse...

A ingenuidade ?

Quem nomeia o pessoal que agora Jaime Santos poe em causa é quem negoceia a nossa independência nacional com Bruxelas
Começamos a ver um padrão

O neoliberalismo e os seus vassalos. Obrigado pela pista

JE disse...

Jaime Santos já antes se rendera à "vitória" do neoliberalismo. Parece que o keynesianismo do pós-guerra tinha "falido" (segundo as suas próprias palavras) com a "dupla crise petrolífera dos anos 70" (textual). Pelo que JS tinha mudado de clube

Independentemente desta "justificação" dada por JS para a "vitória neoliberal", importa aqui realçar o abraçar desta causa por JS. Como convertido e logo em ortodoxo

O perfil fundamentalista é tal que JS não tem vergonha de vir buscar um livro sobre Chernobyl ( as leituras de JS) para branquear, veja-se bem, a "implosão do BES ou as negociatas do Novo Banco". Ao mesmo tempo dá a benção do hipotecar das funções do Estado aos grandes escritórios de advogados e às grandes consultoras

Mau sinal. Quando JS arrasta o debate para o lado e para o passado, desta forma tão mimosa. é porque não está interessado que se discuta o aqui e o presente. Uma forma de fuga que para além de cobarde, auto-justifica todo o percurso de JS. E que revela que JS não se detém em nada


JE disse...

Volta assim JS à lenga-lenga do Banco de Portugal.

Se quiser voltamos a enumerar as ligações entre as administrações do BdP e os banqueiros dos bancos privados. E vice-versa. Também se podem apontar quem foram os responsáveis pela nomeação daquelas chefias. E podemos ver que foram os mesmos que nos encomendaram as almas à UE e ao Euro. Sob apaluso entusiasta de JS

Há aqui qualquer coisa que não joga. Dirá JS que "não vale a pena colocar a "culpa em Frankfurt porque os técnicos são Portugueses". Ora bem. Tais "técnicos" ( a forma como estas coisas empurram a trampa para o lado, é degradante) nomeados pelos responsáveis políticos que hipotecam a nossa soberania serão mesmo "portugueses"? Quem nos vendeu aos interesses do eixo europeu e do grande Capital são portugueses?

Melhor dizendo. Estas grandes jogadas,entre corruptores e corruptos passam muito para lá das fronteiras nacionais. A UE é neste momento o fiel depositário dos grandes interesses neoliberais. Os consultores e as grandes firmas de advocacia governam-se de acordo com o "quem dá mais". E JS candidamente,que não vê qualquer inconveniente em que um português sirva Bruxelas ( é ele que afirma que até gosta das suas grilhetas) vem agora empurrar o ónus do nacional para quem é nomeado pela governança neoliberal?

Há aqui qualquer coisa que não joga

JE disse...

A forma tenaz e rebarbativa como JS defende o status quo, está explícita nas suas palavras

O caso BES e o caso NB. Os múltiplos escândalos que envolvem os negócios privados. Os casos EDP e PT. Tudo casos que conduziram ao "estado a que isto chegou". JS defende que sejam escrutinados por esses mesmos interesses privados". Já que "o problema não é a auditoria ser conduzida por privados ou pelo sector público".

Não?

Não basta de facto garantir que seja o Estado a controlar as auditorias de processos fundamentais para o interesse nacional. Passa pelo cumprimento de outras condições, incluindo o dar meios aos seus funcionários para cumprirem de forma independente e adequada a sua missão

Mas passar para a mão de privados a responsabilidade de tais auditorias?
Para a mão de grandes consultoras multinacionais o que constitui o interesse nacional?

Onde cabe aqui o fadinho dos "técnicos serem portugueses"? Ou aquilo era só treta de JS para justificar a governança do país por interesses que vão muito para além dos nossos interesses? Ou para tapar a responsabilidade dos outros pelos negócios nacionais? Como sucedeu com os submarinos de Portas?

Ou será que JS cumpre a via sacra de defender o esvaziamento das funções do estado até neste capítulo, das auditorias, ditas supranacionais, assim ao jeitinho das multinacionais?

É assim o "mercado" a funcionar? Dentro dos segredos das negociatas entre as empresas a funcionar? Dar à mão invisível o poder sobre as questões que atravessam a nossa soberania nacional e que são os nossos interesses como país e como Nação?

Já não basta comprometer a nossa soberania à UE, temos que agora estar dependentes das multinacionais do ramo?

A confiança que JS tem na competência e na independência destas ditas multinacionais de consultadoria e nas grandes empresas de advogados, olhando para exemplos que conhece bem, roça, com franqueza, a ingenuidade. Mas parece que vai mais além do que isso

Havia um primeiro-ministro português e quadro de topo da UE que tinha umas relações particularmente de competência e de independência com a Goldman-sachs. Aposta-se que ele subscreveria entusiasmado estas auditorias privadas tão ao gosto de JS

JE disse...

Uma última nota por agora

( deixe-se para lá os estertores censórios de pimentel ferreira sobre jose e a sua tele-escola, perdão telescola, ou qualquer outra sua idiotice)


Há todavia um campo,denunciado por JR, que JS cala duma forma curiosa

Tem a ver exacta e directamente com a área dos "negócios". Com o "mercado" a funcionar

São os "negócios" entre o Estado e estes grandes tubarões aqui referidos. É a transferência da nossa riqueza para a mão destas empresas. São os montantes despendidos pelo Estado, para que o "mercado" sorria a estes mercados tão privados

Quando do nosso dinheiro vai directamente para a mão invisivel destas consultoras privadas? Pagas por nós, ainda por cima facultando-lhes quantas vezes informação que revendem a terceiros?

Jose disse...

O Nunes da tele-escola faz uma incursão anónima apelando à censura; pode também aparecer como UNKNOWN na sua formulação mais cosmopolita.

Anónimo disse...

João Pimentel Ferreira a demonstrar que ainda é mais desprezível que o outro
É obra

Anónimo disse...

O incompetente e saloio do dito «Jose» também ataca no blog «Manifesto 74».
É preciso ler o seu último comentário para nada perceber acerca daquilo que tenta dizer.
Cromo como este, é muito difícil de reclamar.
O mais certo é ter de o gramar em cada caixa de comentários.
Bom trabalho!

JE disse...

Não gosto nada dos termos,mas foram estes os usados por joão pimentel ferreira:
"O incompetente e saloio" do dito «João pimentel ferreira» ataca em tudo o que é blog

E começam-se a ver os seus verdadeiros objectivos

O resto da conversa do dito é conversa para boi dormir