terça-feira, 6 de julho de 2010

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

Ferro Rodrigues, pré-OCDE, sobre o Pacto de Estabilidade e Crescimento, em 2003:

"Segundo Ferro Rodrigues, os governos da União Europeia deverão encontrar "uma solução para o PEC, de forma a que seja um instrumento de crescimento em vez de recessão e que permita a convergência real entre os países mais pobres com os mais ricos".

Para Ferro Rodrigues, o novo PEC deverá "dar um maior peso ao equilíbrio da dívida pública face ao critério do défice" e "observar que a qualidade de despesa é feita por cada Estado-membro".

Ou seja, segundo o líder socialista, importa "diferenciar o investimento público da despesa corrente primária". (Público, 10/12/2003)


Ferro Rodrigues, pós-OCDE, sobre o Programa de Estabilidade e Crescimento, cujo objectivo é um défice de 3% em 2013, conforme o pacto de Estabilidade:

Apesar de Ferro frisar, como Soares, que os "grandes responsáveis" pelo "monstro" da crise são a ausência de regulação e a especulação, o embaixador na OCDE admitiu que Portugal não tem outra escolha se não "seguir as orientações europeias dominantes: consolidação orçamental credível e rápida, primado das exportações face à procura e paragem do endividamento externo".

Mas o ex-líder socialista notou que os planos de austeridade não devem escamotear a equidade social. E alertou: "As medidas que têm sido tomadas eram inevitáveis e com o número de desempregados que temos era imprescindível multiplicar os cuidados com a equidade social." Querendo dissipar quaisquer ilusões, afirmou: "A verdade é para se dizer: nos próximos anos o crescimento dos salários e a queda do desemprego não estarão no primeiro plano das políticas económicas." (Público, 06/07/2010)

1 comentário:

Anónimo disse...

Mete dó ouvir o Ferro Rodrigues e outros ditos socialistas a dizer e a fazer coisas que qualquer politico de direita assina por baixo.
Esta é uma das razões pelas quais nunca iremos ter um país mais justo e mais fraterno onde a solidariedade não seja palavra vã, como aconteceu logo a seguir ao 25 de Abril e se manteve durante algum tempo.
O PS e os seus dirigentes passados e actuais disso se encarregaram( e melhor ainda do que o PSD),sempre, porém, apregoando o contrário.
São as novas realidades a que temos de nos adaptar, dizem eles.
É a inevitável(?) globalização dizem outros.
É a mentira, a aldrabice, a trafulhice, a manipulação, a corrupção, o compadrio e a fraude feitos homens politicos sem vergonha, dirão outros e são muitos.