terça-feira, 27 de maio de 2025

Onde estavam?

Alguém questionava há dias, conhecidos que eram já os resultados eleitorais, por que razão tinham «os portugueses de estar a levar quase todos os dias com a opinião de pessoas que representam hoje 2% dos eleitores?», associando as fotos de Daniel Oliveira e Carmo Afonso e acrescentando que «no domingo ficou demonstrado que a sua opinião não nos interessa nada» (vamos presumir que o «nós» não passa, sejamos otimistas, de um «eu magestático»).

Parafraseando uma canção infantil, é um comentário muito engraçado. Num país há muito escandalosamente dominado pela direita nos espaços de comentário político (como mostra um estudo recente do MediaLab-ISCTE), é espantoso que apenas agora - quando a direita tem maioria no parlamento - alguém venha exigir um reflexo da representação parlamentar na constituição de painéis de opinião, advogando - nestes casos - o silenciamento.


Para quem há muito denuncia o défice de pluralismo na comunicação social (que não é exclusivo das televisões), impeditivo de um verdadeiro debate e da existência de contraditório, nunca esteve em causa a supressão de opiniões. Mas antes, como é óbvio, um maior equilíbrio e, sobretudo, a garantia de representação e acesso ao confronto entre diferentes pontos de vista e perspetivas, sejam quais forem as configurações parlamentares saídas de eleições.

2 comentários:

Os Positivos disse...

Quadro "Comentadores políticos identificados entre 15 e 31 de maio de 2023" (pag.75), "Joana Amaral Dias" (pag.76), conotação "Esquerda".

Anónimo disse...

Duas das maiores agências de "rating"preferem governo da AD com apoio do PS.

"Diario de Noticias"