Quanto à pergunta de Medeiros Ferreira, confesso que, nas actuais circunstâncias, não sou a melhor pessoa para responder. Aposto por algumas reacções - sim, ainda estou a pensar na posta de LA-C - que se continuará a aplicar, na maior parte dos casos, a velha máxima de John Kenneth Galbraith: «tal como é convencionalmente ensinada, a Economia é em parte um sistema de fé, cujo propósito não é tanto revelar a verdade, mas mais fortalecer a confiança dos que dela comungam nos dispositivos sociais estabelecidos». Os dispositivos sociais mudam. Enfim, talvez alguma coisa mude. Teremos inovações genuínas e recuperações, mascaradas de novidade, na mais policiada das ciências sociais. Muitas teorias «refutadas», quais espectros, regressarão. Aqui tudo se transforma e muito se recupera. O«progresso» nas ciências sociais é coisa bem complexa.
Sobre este tema, relembro o que aqui se escreveu nas últimas semanas: Da crise de realismo ao realismo da crise; Valentes asneiras; O debate entre economistas não é fácil; O debate não pode parar; Pensar como um economista?; Um avanço no debate: três (quase) acordos e um desacordo; Pluralismo no ensino da economia; A responsabilidade dos economistas como engenheiros de mercado; Negócio do costume ?; Os economistas produziram a crise ? (I, II e III); Fracasso institucional, fracasso da Economia dominante e fracasso moral !.
Para pensar a questão colocada e alargar a reflexão , sugiro a leitura do texto do Professor Isidoro Moreno - Catedrático na Universidade de Sevilha publicado em A Nossa Candeia e a que podem aceder em: anapaulafitas.blogspot.com
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